Jogos: WitchSpring3 Re:Fine – Análise

WitchSpring 3 Re:Fine chegou às lojas como um jogo para todos os fãs de JRPG. Mas será que é assim tão linear como aparenta?

A verdade é que a série WitchSpring nunca foi assim tão conhecida deste lado do mundo, tendo no entanto feito as delicias aos jogadores da Coreia e do Japão, mesmo tendo sido lançado por estas terras. No entanto, sendo um jogo completamente mobile, é completamente natural que a maioria dos jogadores não se tenha sentido confortável a jogar as entradas anteriores desta franquia. Para surpresa de muitos, eis que a terceira entrada chega à Nintendo Switch e sem a necessidade de se ter jogado os anteriores, pois é uma história completamente diferente.

Neste jogo, entramos pela Misty Florest, onde a bruxa Eirudy (que dá o subtítulo ao jogo) vive afastada do resto do mundo…até que conhece na sua floresta um jovem chamado Adrian e acaba mudando a vida dela, colocando o destino dos humanos nas suas mãos. Começa assim uma aventura demasiado previsivel, que, mesmo tendo alguns pontos que acabam por puxar o jogador, na realidade, continua a ser a mesma história do bem contra o mal, em que podemos decidir de que lado vamos ficar. Portanto, uma história demasiado básica e que nem as personagens que vamos conhecendo ao longo do caminho nos safam, porque existe pouca inspiração nas mesmas.

A minha real queixa sobre o jogo, no entanto, acaba por estar na jogabilidade. Controlar a personagem é simples e intuitivo. O problema é quando chegamos às batalhas por turnos. Aí torna-se absolutamente horrendo tentar fazer alguma coisa. A verdade é que não existe nenhum tutorial que nos ensine a jogar de forma decente, já que o jogo está sempre à espera que já saibamos como o controlar. A única grande vantagem deste sistema de batalha é o “Doll Summoning”, em que podemos envocar alguns bonecos para nos ajudar em batalha, dando assim um pequeno incentivo para estarmos a jogar já que existe algo de novo, mas, mesmo assim não é suficiente.

Do outro lado do espectro, temos as vozes e a música. Isto sim, foi feito de uma maneira correta, onde temos vozes em japonês, com texto em inglês bom e que nos irá guiar durante toda esta confusão de jogo. Mas, tenho que assumir que a música é realmente magistral. Adorei cada pedaço sonoro que ouvi e acho que, por vezes, abria o jogo apenas para ouvir a banda sonora, porque não estava realmente a divertir-me. A dobragem também é perfeita, mostrando onde a equipa de desenvolvimento se dedicou.

Resta concluir que, WitchSpring3 [Re:Fine] – The Story of Eirudy é um JRPG básico que poderá servir as necessidades de alguns. No entanto, considero um título a evitar, especialmente se não forem fãs da série.

Nota Final: 5/10