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Ronda de Análises: Especial Indie World da Nintendo

Na semana passada decorreu a apresentação Indie World da Nintendo. Nesta ronda de análise temos presente três jogos que estiveram em destaque na dita apresentação, nomeadamente: INMOST, Manifold Garden e Evergate.

INMOST

INMOST

Quando se fala em jogos indie, atualmente, ainda existem bastantes pessoas a “torcer o nariz” relativamente a este gênero que começou a sua insurgência no final da década de 2000. Isto porque, a maioria dos jogos são considerados um pouco abstratos. Neste artigo temos dois jogos assim e, o primeiro deles, é INMOST.

INMOST conta-nos uma história emocional sobre três personagens: uma jovem rapariga, um guerreiro e um homem que busca respostas. Estamos perante um jogo de quebra-cabeças com plataformas que tem uma fronte componente cinematográfica. E essa componente é notável através das secções do jogo, em que este jogo baseado em 16-bits vai mostrando vários contrastes de forma a mostrar as partes mais negras deste aventura (por exemplo, quando vemos trovejar e o cenário muda de cor, é algo incrível).

INMOST

E se em termos gráficos e de história não encontramos nenhum problema, outro pronto fulcral da experiência é mesmo o som. Aliás, logo no início do jogo é nos aconselhado fortemente que utilizemos fones de ouvido para uma melhor experiência. E bem, o facto de os utilizarmos faz logo que sejamos “engolidos” para dentro do jogo e estejamos na pele das personagens. Outra questão que podemos considerar interessante é mesmo a estratégia necessária para eliminar inimigos, já que temos de os atrair para perto de armadilhas ou até mesmo utilizar armas para os atacar, mas sempre com atenção.

Por outro lado, considero uma pena a longevidade do jogo, que realmente é bastante curto já que são apenas entre 3 a 5 horas de jogo. Poderia dar para jogar mais vezes? Sim. No entanto, como se trata de uma experiência única, a vontade de repetir o mesmo jogo novamente pode não trazer grande vontade ao jogador.

Resta concluir que, mesmo com a falta de re-jogabilidade, INMOST é uma experiência única, desenhada de uma forma que vai atrair muitos jogadores. É daqueles jogos para jogar numa noite escura, em que não temos nada para fazer e queremo-nos divertir com uma história emocionante, como se de um filme ou uma série se tratasse.

Nota Final: 8/10

INMOST está disponível para PC, iOS e Nintendo Switch

 

Manifold Garden

Manifold Garden

O segundo jogo abstrato que vos falei na análise anterior é, definitivamente, este Manifold Garden. Estamos perante um jogo de quebra-cabeças e exploração que é capaz de fazer com que o jogador fique um pouco louco e com dificuldades em entender o que se passa ao longo do jogo.

Tudo o que foi dito acima é culpa de uma simples mecânica. Simples no papel, quero eu dizer. Passo a explicar: a base de Manifold Garden são quebra-cabeças em que desafiamos a física e damos asas à imaginação em relação a teorias de espaço e e física que já conhecemos.

Manifold Garden

No entanto, aquilo que devemos considerar realmente fantástico é mesmo o visual do jogo, que acaba por se mostrar um pouco abstrato, mas, ao mesmo tempo é algo que em termos de arquitetura deixaria até o mais séptico de boca aberta. Aqui não estamos a falar de gráficos bonitos (mesmo que ainda o sejam), mas a forma como o jogador pode movimentar os objetos e como cada sala do labirinto em que nos encontramos é especial à sua maneira é algo que me agrada plenamente.

Porém, tenho que dizer que excetuando a beleza a nível arquitetónico e visual, Manifold Garden é facilmente um daqueles jogos que passa despercebido. Especialmente porque brinca com mecânicas reconhecíveis e que ao final de algum tempo acabam por aborrecer. No fundo, podemos dizer que é espetáculo visual, que se torna curto e aborrecido a qualquer momento.

Nota Final: 6/10

Manifold Garden está disponível para PlayStation 4, Xbox One, iOS e Nintendo Switch. PC em Outubro

Evergate

Evergate

Pode parecer que não, mas, Evergate é talvez o jogo mais “comum” que existe neste artigo. No entanto, tem talvez alguns dos elementos que mais gosto me deu ver num jogo.

Evergate é um jogo de plataformas que nos conta a história de Ki, uma alma, que devemos levar de uma ponta ao outro do cenário, atravessando vários portões. Nesses portões viajamos ao longo da vida depois da morte e procuramos revelar as memórias da vida que deixamos para trás, tentando também desvendar a conexão misteriosa de Ki com outra alma.

 Definitivamente estamos perante uma bela história, que também é acompanhada de desenhos feitos à mão, o que torna o jogo ainda mais belo. Aliás, gosto de pensar que é uma mistura entre Ori e Celeste, já que é bastante notável que bebeu bastante inspiração das duas fontes. A juntar a este tipo de grafismo, também convém referir que a música que nos acompanha ao longo da nossa jornada, foi gravada por uma orquestra ao vivo, o que torna o momento ainda mais especial.

Evergate

Por fim, gostaria de falar da mecânica da Soulflame, em que disparamos contra cristais que estão espalhados ao longo do cenário. Os cristais têm poderes misteriosos que nos podem ajudar a superar os desafios para chegarmos perto do portão. No entanto, penso que também podem tornar o jogo um pouco mais complicado porque é preciso uma precisão de mestre para conseguir fazer tudo à primeira.

Resta concluir que, Evergate é um jogo de plataformas difícil, mas, ao mesmo tempo, é um prazer jogá-lo. Isto porque, tanto a construção das personagens e história leva a que o jogador fique envolvido e, claro, a música ajuda bastante, já que é possível passar horas e horas só a ouvir a melodia.

Nota Final: 9/10

Evergate está disponível para PC e Nintendo Switch

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