Crítica: Planetoid #1
Planetoid é uma banda desenhada para os fãs da ficção-científica. Alguns podem conhecer o título que até agora só estava disponível no formato digital. Mas a Image Comics decidiu dar uma oportunidade em papel à obra de Ken Gorin. Neste primeiro número é-nos apresentado o personagem principal – Silas. Um ex-combatente e contrabandista que se despenhou num planeta misterioso, puxado por uma estranha força magnética.[fbshare]
O único amigo de Silas começa por ser Richter, um assistente virtual ao estilo Siri do século XXV. Este Richter tem como missão a transmissão de informação sobre este novo planeta. Um factor importante, já que enquanto Richter transmite essa informação a Silas, nós leitores vamos também tomando conhecimento sobre o planeta onde se vai desenrolar Planetoid.
O planeta é realmente misterioso. As imagens revelam um planeta abandonado, com várias ruínas de explorações de gerações anteriores. Tudo agora são montanhas de aço e outros metais com seres, uns curiosos, outros verdadeiras máquinas assassinas. Só nas últimas páginas ficamos a conhecer o segundo humano da história. Este segundo personagem, tal como Silas, caiu no planeta, encontrando-se preso nele há anos. O final deste primeiro capítulo deixa-nos espaço para muitas aventuras, ação e mistério.
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Ken Garin mostra-se um homem de obra completa. É dele a autoria do argumento, do desenho e da pintura. É realmente impressionante. Garin é mesmo um excelente contador de histórias futuristas e com uma arte acima da média. A única coisa que achei que podia estar melhor trabalhada são as cores usadas nos cenários. Mas Garin consegue criar um mundo maravilhoso e misterioso, que nos prende e faz desejar que o segundo número chegue já amanhã. A única cena de ação deste primeiro número mostra todo o potencial do autor, com transições suaves, que não nos leva a ter de fazer quaisquer esforços para perceber a sequência das pranchas.
Quanto à escrita, é a que se quer de uma BD de ficção-científica: curta e directa para nos dar tempo de contemplar as imagens. Consegue um bom equilíbrio, não desvendando tudo sobre o passado de Silas, fornecendo apenas a informação necessária para sabermos o que se está a passar.
Ficamos com a certeza de que os próximos capítulos vão ser demolidores, onde o personagem Silas se vai expor mais ao leitor. Onde vamos também perceber aquilo que o move. Planetoid vem quebrar um pouco com a monotonia em que o género ficção-científica vive.
Classificação: 8/10
As primeiras 6 páginas (clica nas imagens para ampliar):
Miguel Gonçalves
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Co-criador e administrador do Central Comics desde 2001. É também legendador e paginador de banda desenhada, e ocasionalmente argumentista.
Era formato digital e editam em formato comic book quando podiam ir editar em tpb lolo