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Três jogos para os dias quentes

Com a chegada do pico do verão e com os grandes lançamentos a serem menos recorrentes nesta altura, trazemos-vos três jogos que poderão despertar a vossa atenção.

 

Worth Life – Nintendo Switch – Já Disponível

    Worth Life 

Worth Life é um caso curioso de jogo. Sem grande conhecimento do mesmo decidi aventurar-me nele e tentar descobrir se era a gema escondida que eu previa que fosse.

A realidade é que, desta vez, tinha alguma razão ao pensar que se tratava de uma joia que a maioria dos jogadores não iria prestar atenção. Gosto de o definir como um jogo casual, com algum combate, mas que, ao mesmo tempo também nos dá a possibilidade de irmos plantando e colhendo plantas. Imaginem um Stardew Valley, mas completamente em 2D. Talvez seja uma forma de definir este Worth Life.

Worth Life

A história que nos é contada é relativamente básica, onde fomos selecionados pelo rei para encontrar uma solução para os eventos estranhos que estão a acontecer pelo reino, já que os cristais que protegiam cada região. Para tal, existem vários caminhos que podemos seguir.

Esses caminhos são curiosos, porque tanto podemos ir pela via do herói, em que andamos de espada em punho a lutar contra monstros, como podemos ir por um lado mais pacifico a construir casa para quem precisa, ou até mesmo, a plantar comida para todos no reino. Porém, ao longo da história somos obrigados a proteger aqueles que são mais fracos perante nós.

Em termos visuais também se trata de um jogo bastante atrativo, já que é completamente em 2D mas com um ar bastante fofinho e que poderá atrair até jogadores mais novos pelo quão simples é de se controlar.

Worth Life é um jogo para miúdos e graúdos que irão encantar-se com esta história bastante simples, mas, ao mesmo tempo, intrigante.

Nota Final: 7/10

Little Noah: Scion of Paradise – PC, PlayStation 4, Nintendo Switch – Já Disponível

Little Noah: Scion of Paradise

Little Noah (como irei chamar ao longo desta pequena análise) foi um jogo que nos foi apresentado muito rapidamente numa apresentação da Nintendo, ganhando logo bastante notoriedade, por ter um aspeto bastante simpático e que, não faria de forma alguma, prever o quão irrepreensível conseguia ser.

Estamos em Port Manacloud, uma nação que começou a ganhar poder por causa dos alquimistas que por lá vivem, tal como Noah. Noah, sem querer, descobre umas ruínas que flutuam e, por causa de um mau entendido, acaba por ficar presa nas mesmas. E é aqui que a nossa verdadeira aventura começa.

Se o leitor ainda não percebeu, estamos perante mais um roguelike (sim, outro!) em que aprendermos o que cada inimigo e cada ataque nosso faz é a chave para resolver os nossos problemas. Preparem-se então para uma aventura onde podemos ter que tentar completar o mesmo nível várias vezes, mas onde encontramos sempre um grande chefe final, no final de cada nível para derrotar e é aí que está a chave para tudo: os Astrais.

Little Noah

Os Astrais funcionam como aliados que nos irão ajudar a combater os nossos inimigos, nomeadamente através de combinações de ataques que podemos fazer com eles de forma bastante completa e sem grandes problemas.

Little Noah torna-se assim um daqueles rogueliike que vale a pena explorar, seja pelo seu visual fofo, seja pela forma como o jogo nos explica o que temos de fazer e depois nos deixa nas nossas mãos para o dominarmos.

Nota Final: 9/10

Blade Runner: Enhanced EditionPC, Xbox One, PlayStation 4, Nintendo Switch – Já Disponível

Blade Runner: Enhanced Edition

Blade Runner: Enhanced Edition é a versão remasterizada do jogo de 1997 que tenta expandir a aventura que conhecemos no filme de 1982.

Preparem-se por andar por uma Los Angeles futurística, supostamente ambientada em 2019, cheia de carros voadores e robôs que nos poderão ajudar ou não. Somos um Blade Runner que parte em várias missões. No entanto, estamos perante um jogo desapontante.

Em 1997, o jogo fazia todo o sentido da forma como era jogado nos computadores da altura, agora nem tanto. São controlos demasiado disparatados e às vezes, nem sabemos bem o que estamos a fazer. Os elementos dos filmes estão lá, definitivamente, mas não é o suficiente para agarrar o jogador.

Blade Runner

Posso até admitir que, tentar completar este jogo, foi um absoluto pesadelo para mim, especialmente porque era impossível ler qualquer coisa que estivesse escrita durante a aventura e muitas vezes, o jogador poderá ficar perdido.

Com isto, não quero dizer que não seja um jogo para os fãs da franquia e do jogo original, mas, quem quiser experimentá-lo talvez não tenha a melhor experiência do mundo. Essencialmente nem sequer parece uma remasterização, parece que apenas espetaram o código do jogo em novas plataformas, e deixaram assim o caso arrumado.

Se tiverem 8 a 12 horas para desperdiçar e gostarem do universo de Blade Runner, força nisso. Para os outros, é definitivamente algo que não aconselho especialmente por conta das falhas técnicas existentes.

Nota Final: 3/10

 

Ficha Técnica:

Worth Life
Editora: HAKAMA

Little Noah: Scion of Paradise
Desenvolvedora e Editora: Cygames

Blade Runner: Enhanced Edition
Desenvolvedora e Editora: Nightdive Studios

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