Fantasporto: Programação de 3 a 5 de Março

Nesta 45ª edição que está a decorrer no Batalha Centro de Cinema, os grandes nomes do cinema, muitos dos quais de regresso ao Fantasporto, estão a apresentar os seus mais recentes filmes. É um Festival feito, como sempre, de filmes inéditos em Portugal.  O Fantasporto ganhou também fama como evento de descoberta de novos talentos.

3 de Março

SALA 1 

15.15

River Returns – Masakasu Kaneko – 108’ (Jap) CF/OE- v.o.leg ingl e port

Um rapazinho da aldeia fica encantado com uma lenda que lhe é relatada por um contador de histórias ambulante. Trata-se da tragédia de uma rapariga da sua aldeia que se enamorou de um jovem madeireiro, dois tipos de vida que não se devem misturar, qual Montéquios e Capuletos. Mas o interesse do rapaz é muito e nem o pai o demove de tentar saber que voz é aquela que ouve junto ao rio. A avó do rapaz, sábia, diz-lhe, entretanto, o que fazer como unir os amantes separados à força. Uma belíssima história de amor contada com sensibilidade por Masakasu Kaneko. Prémio Melhor Filme do Festival de Gijón 2024.

Masakasu Kaneko

Realizador e argumentista, nascido em Tóquio em 1978, vencedor do Festival de Karlruhe (Alemanha) pelo seu filme “Ringu Wandaringu” (2021). Realizou também “The Albino’s Tree” (2016) e “Sumire Doll” (2008). “River Returns” é a 3ª longa metragem do realizador e venceu o Prémio Melhor Filme no Festival de Gijón.

17.30

A Game in the Woods – Mike McCutchen – 80’ (EUA)CF-  v.o. ingl e leg. port

Depois da morte do avô, a neta vai com namorada e um amigo descobrir a casa num rancho isolado que este lhe deixou.  Mas cedo o horror se instala.  Todos são apanhados no meio de um jogo de vida ou morte para gente rica que lá decorre. Dentro do clássico padrão dos horrores de “Texas Chainsaw Massacre” e com um toque de Troma- e Lloyd Kaufman faz uma pequena aparição até – o filme tem sangue e tripas em abundância. Selecção do Fantaspoa (Brasil).

Mike McCutchen

Realizador, director artístico e de efeitos especiais norte-americano. É conhecido por “Alita: Battle Angel” (2019) de que foi director do Departamento Artístico. “A Game in the Woods” é a sua segunda longa-metragem, depois de “The Next Kill” (2018), vencedor do Prémio de Excelência Visual no Buffalo Fantastic Film Festival e do Melhor Filme de Animação no Something Wicked Film festival.

19.15

Honeko Akabane’s Bodyguards – Junichi Ishikawa- 116’ (Jap) SR/OE-  v.o.leg ing le port

Ibuki foi encarregado pelo pai da sua companheira de classe de proteger a jovem Honeko mas sem que ela saiba o que se passa. De facto, há um enorme prémio em dinheiro para quem a matar. Mas há também um grupo organizado que procura cumprir as ordens assassinas.  Um desafio para a ultra especializada classe 12, feita de jovens talentosos. A cultura jovem japonesa, dos jogos, manga e artes marciais numa comédia de exageros e acção. Assim é o novo filme do vencedor do Prémio Especial do Juri do Fantasporto 2024, Junichi Ishikawa (“The Floor Plan”).

Junichi Ishikawa

Realizador japonês conhecido por “April Fools” (2015) e “Mixed Doubles” (2017). “The Floor Plan” (agora com novo título, “A Strange House”), recebeu o Prémio do Juri no Fantas 2024.

21.30

Dollhouse – Shinobu Yaguchi- 110’ (Jap) CF/OE- WORLD PREMIÈRE- v.o.leg ingl e port

Uma criança desaparece de casa e não há explicação. Os pais da menina buscam-na incessantemente, sem sucesso. Um dia a mãe encontra uma boneca de grande no mercado que a ajuda a compensar a dor da perda da filha. Mas a boneca não é uma qualquer. Quando a mãe fica novamente grávida, a boneca dá sinais de vida.  Mas a nova criança e a boneca vão formar uma ligação que nem os rituais num templo conseguem apagar. O horror japonês mistura-se com as tradições do país, bonecos misteriosos e perigosos e pais em crise.

Shinobu Yaguchi

Realizador japonês nascido em 1967, é conhecido por “Down the Drain” (1993), “Swing Girls” (2004), Prémio de Argumento da Academia japonesa e melhor Argumento no Festival de Yokohama, “Robo-G” (2012), “Wood Job!” (2014), vencedor do Netpac  Award no Festival de Puchon. Dollhouse (2025) é o seu filme mais recente, depois de “Dance with me” (2019).

SALA 2

15.00

Samurai Detective Onihei: Blood for Blood – Tomohiko  Yamashita – 110’ (Jap) SR/OE-v.o.leg ingl e port

O passado volta para atormentar o chefe dos investigadores, Onihei. Este recebe a visita de  Omasa e recusa aceitá-la como espia, apesar da sua ternura por ela.  Mas Omasa não desiste. Quando se torna espia para o bando de ladrões para salvar a vida de uma testemunha da crueldade de Jingoro, o chefe, dá informações a Onihei para evitar mais um banho de sangue.  Mas no mundo do Japão medieval, a luta entre os poderosos e os fracos não é fácil.

Tomohiko Yamashita

Realizador conhecido por “Samurai Detective Onihei: Dangerous Mercy” (2024), “The Fox Dancing in the Dusk” (2019), e “Genjuro’s Deadly Sword: The Return of Shinigami”(2009)

17.30

Lola Magdalena – Joel Lamangan – 120’ (Filipinas) SR/OE- v.o.leg ingl e port

Bem conhecido do Fantasporto que tem apresentados os seus filmes regularmente. Joel Lamangan tem um olhar especialmente terno sobre os dramas humanos em que vivem os que vivem nas margens da sociedade. Desta vez, Lamangan leva os espectadores a um grupo de velhas prostitutas que vivem numa casa deixada pelo falecido amante de uma delas.  E quando as famílias que se afastaram delas, falham, resta-lhes a amizade que as une. Histórias de amor, respeito, sobrevivência, violência e ilusão.

Joel C. Lamangan

O multi-premiado actor e realizador Joel C. Lamangan estudou Cinema e Teatro em várias escolas nas Filipinas e no estrangeiro. Foi actor e encenador no teatro e na televisão, tendo depois interpretado vários papéis no cinema antes de se decidir pela realização, fazendo o seu primeiro filme,” Darna”, em 1991.  De entre os seus muito e notáveis filmes estão “The Flor Contemplacion Story” (1995) que ganhou o Golden Pyramid Award in no Cairo and “Hustisya” que foi exibido em Varsóvia e em Nantes. “Rainbow Sunset” (2018), já exibido no Fantasporto, venceu o Prémio Especial do Juri do Festival Internacional de Houston

19.45

RETRO WOMEN´S REVENGE AND DESIRE IN TAIWANESE CINEMA

The Woman of Wrath– Tseng Chuang-hsiang- 100’- 1984 (Taiwan) – FANTASCLASSICS-v.o.leg ingl

Lin Shih, órfã, é vendida a um carniceiro mal-humorado para ser sua esposa. Presa num casamento abusivo, suporta a brutalidade e o controlo até que, um dia, pega numa faca e planeia a sua libertação. Este filme seminal do Novo Cinema de Taiwan, adaptado da aclamada novela de Li Ang, capta a angustiante viagem de uma mulher em busca de liberdade no meio da opressão, suscitando um debate público e académico duradouro desde a sua estreia.

22.00

Self Driver – Michael Pierro- 90’ (Can)- CF- v.o.ingl leg. port

Um motorista de taxi enfrenta dificuldades financeiras.  O  carro é o seu sítio de conforto e onde procura vencer a adversidade. Até ao dia em que um cliente lhe propõe ganhar muito dinheiro numa só noite, desde que não questione o que lhe mandam fazer. Cedo compreende que entrou num mundo estranho e violento. Um magnífico exemplo de como, com boas ideias e poucos meios se pode fazer um filme vencedor.   Grande interpretação de Nathanael Chadwick neste filme que teve o Prémio de Melhor Primeiro Filme e o Prémio do Público no Fantasia (Canadá) e Melhor Filme de Baixo Orçamento no Fantaspoa (Brasil).

Michael Pierro

Realizador, editor, e argumentista canadiano, é conhecido pelas curtas “Cafeteria” (2006), “Hey, George” (2010) ou “Waking” (2011) ou “Room for Rent” (2017) entre outras. “Self Driver“ (2024) é a sua primeira longa-metragem.

…………………….

16.00

BAR BATALHA CENTRO DE CINEMA

MOVIE TALKS

Debate “Cinema Hoje: As dificuldades reais de financiamento”com O Grupo dos 7

Pedro Farate (Director de Fotografia), Pedro Gil Vasconcelos (realizador e argumentista), Luis Moya (Realizador), Isabel Pina (Realizadora), Luís Diogo (Realizador), Vasco Viana (realizador), Beatriz Pacheco Pereira (Fantasporto) e outros. Um grupo de profissionais de cinema sediados no Norte debatem as dificuldades reais na feitura de curtas e longas-metragens. o Grupo dos 7 foi formado no Fantasporto 2024.

Terça, 4 de Março

SALA 1

15.15

Indera- Woo Ming Jin- 104’ (Malásia) CF/OE- v.o.leg ingl e port

Depois de ter de sair da casa que habitava com a filha, um homem encontra trabalho num lugar remoto onde uma mulher acolhe órfãos e onde a polícia faz incursões frequentes contra os fundamentalistas. Separado da filha e num ambiente que não conhece, o homem procura explicações para tudo o que de estranho acontece à sua volta. Mais um filme de Woo Ming Jin, um dos poucos cineastas malaios a ter presença regular nos maiores festivais da Europa, premiado no Fantasporto 2023 por “Stone Turtle”.

Woo Ming Jin

Realizador e produtor malaio muito premiado internacionalmente, conhecido por “The Elephant and the Sea”, Prémio Especial do Júri do Festival de Turim, “Woman on Fire Looks for Water” (2009), que recebeu uma menção no Festival de Cannes, “Stone Turtle” (2022), premiado no Festival de Locarno e no Fantasporto com uma Menção Especial do Cinema Fantástico, e “The Tiger Factory” (2010) que passou no Festival de Cannes e Menção Especial no Festival de Tóquio.

17.15

Prédio Vazio – Rodrigo Aragão – 84’ (Brasil) -CF- WORLD PREMIERE – v.o.port leg ingl

Após a saída dos turistas, um prédio fica vazio, excepto uma sinistra porteira. A jovem Luna parte numa jornada em busca da sua mãe desaparecida no último dia de carnaval em Guarapari e as suas buscas levam-na para esse antigo edifício. Que na verdade é habitado por almas atormentadas. O horror instala-se. O último filme do mestre do terror brasileiro Rodrigo Aragão.

Rodrigo Aragão

Rodrigo Aragão é um realizador e argumentista brasileiro conhecido pelos seus filmes anteriores “Mar Negro” (2013), “A Noite do Chupacabras” (2011) e “Mangue Negro” (2008). “A Mata Negra” (2019) venceu os prémios de Melhor Argumento no Fantasporto 2019.

19.15

Ranshima Bound – Yoshitaka Kamada – 84’ (Jap)-SR/OE- WORLD PREMIERE- v.o.leg ingl e port

Ao saber que a mãe tinha feito uma tentativa de suicídio e está agora em coma, o filho Yoshio que vive uma vida de pobreza na cidade, vai à terra natal, levando consigo uma prostituta como se fosse sua mulher. Reencontra então o irmão, muito mais bem-sucedido do que ele, e tenta reatar os laços familiares. Uma belíssima história de amor e vida.

Yoshitaka Kamada

Realizador e argumentista japonês nascido em 1964, conhecido por “Yumeno” (2005) e “Abunai Jôji: Kemono no Shitari” (1999), este último vencedor do Prémio Melhor Novo Realizador do Pink Film Awards.

21.15

Sana: Let me hear – Takashi Shimizu- 107’ (Jap) CF/OE- v.o.leg ingl. e port

Homoka vai dar aulas a uma turma de falhados durante o verão. Entretanto lembra o namorado que teve um gravíssimo acidente que o deixou em coma pouco antes. As visões começam e Homoka vê que tudo tem a ver com o que se passara naquela escola muito tempo antes. Uma rapariga matara-se, caindo do tecto da escola. Por que se matou? E que vozes a obcecavam?  Mais um original filme de horror de Takashi Shimizu, realizador dos celebrados “The Grudge” ,  “The Howling Village” e “Immersion “ e que com “ The Suicide Forest Village” venceu o prémio Melhor Filme Fantástico do Fantasporto em 2021.

Takashi Shimizu

O realizador nasceu no Japão em 1972  e é conhecido por “Ju-on” (2002), “The Grudge” (2004), o remake  americano de “Ju-on”,  “ The Grudge 2”  (2006) e  “Howling Village” (2019), selecionado para festivais como Sitges e Neuchatel e apresentado no Fantasporto 2020. “ The Suicide Forest Village” (2021) venceu o prémio Melhor Filme Fantástico do Fantasporto em 2021.  Seguiu-se “Immersion”, apresentado em Antestreia mundial no Fantasporto 2023.

SALA 2

15.00

PRÉMIO CINEMA PORTUGUÊS – COMPETIÇÃO ESCOLAS -94’

ESCOLA ARTÍSTICA SOARES DO REIS

O Elefante na Sala– Maria Lima – 8’17’’

Marina Dourada, em metamorfose devido à perda de memória, transforma-se num peixe e demonstra a sua transformação física e mental.

UNIVERSIDADE DA BEIRA INTERIOR

Natureza Morta-David Figueiredo-  11’ 44’’

Numa casa em decadência, várias figuras místicas e babélicas convivem e vagueiam pelos corredores infindáveis com um propósito misterioso até que o ciclo esteja completo. Com Pedro Marujo, Luís Catarro, Madalena Catarro, João Bicho, Daniela Gaspar e outros.

UNIVERSIDADE LUSÓFONA DE LISBOA

O Compositor– Afonso Lucas, Rodrigo Motty- 17’ 58’’

A inspiração de um músico é sempre um mistério em que apenas os intervenientes conhecem os pormenores. Pode passar pelo sequestro do um aluno favorito depois de um jantar. De nada valem os argumentos de Mauro, o aluno. O compositor vai-se servir da sua dor como inspiração. Com Filipe Vargas e Vicente Gil.

UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PORTO

Rostos de Casa – Sofia Afonso -8’55’’

Numa casa vazia vemos as memórias de um lar, daqueles que outrora aí viveram e encheram a casa de alegria e amor. A realizadora estudou na Escola Artística de Soares do Reis e agora frequenta a licenciatura de Cinema da UCP.

UNIVERSIDADE DO MINHO

Lethes – Filipa Galvão, Maria Teixeira, Sara Santos, Inês Machado- 14’58’’

O amanhã é sempre incerto, e a eternidade apenas existirá depois desta vida. Para já, vivo a exaltar o hoje. Quando as memórias se dissiparem, lembra-te que amei a vida, amei-te a ti, amei-nos a nós. Com José Miguel Braga e Tiago Guimarães.

ESMAD

Umbral – Miguel Andrade- 14’ 11’’

De acordo com Sigmund Freud, as emoções nunca morrem. São enterradas vivas e retornam de formas mais terríveis. Baseando  os seus alicerces na fragilidade humana, o filme ilustra essa premissa, materializando o dilema moral sobre a existência de causa-efeito entre trauma e a prática do crime. Com Daniel Silva, Diana Sá, João Melo e Sara Machado.

ETIC

Um Elefante na Sala – André Lino -16’

Uma celebração pouco vulgar combina a festa de aniversário de Dinis com o funeral da sua avó. O aniversariante é, neste contexto embaraçoso, bombardeado com perguntas inoportunas por parte da família enquanto processa a perda da avó.

17:00

PRÉMIO CINEMA PORTUGUÊS – COMPETIÇÃO – 123’

ANTESTREIAS MUNDIAIS

Gosto de Te Ver Dormir- Hugo Pinto- 7’41’’

Os pesadelos e a paranoia de um rapazinho que vive para o digital. Há outro dentro dele à espera e eles não sabem.  O sangue como culto, a morte como salvação. Ou não. Sou um bom menino, diz ele.  Com Catarina Lima e Diogo Pinto. Este filme também está em competição na secção Curtas de Cinema Fantástico.

Minus the Flesh- Luís Miranda-1’  51’’

Imagens do corpo por dentro, a nossa solidez para além da carne. Luís Miranda é um dos realizadores portugueses que se dedica ao ensino do cinema experimental e já apresentou várias curtas-metragens no Fantasporto como “Portraits” em 2024.

A Parição – Canuto- 14’57’’

A religiosidade não evita a brutalidade e a pobreza que a causa. Numa aldeia do Douro, uma mulher de idade cozinha para o marido que a maltrata. A filha é a única que tenta sair daquele sair daquele círculo de desgraça até que a tragédia surge. Com Helena Dias, José Ruivo, Sandro Ferreira, Tania Pereira, Cristina Pereira e Maria José Fialho.

O Fim Era Apenas o Início- António Aleixo- 17’06 (

Uma mulher sabe que está grávida quando o mundo é um lugar muito perigoso.  Sem saber o que vem a seguir, a inquietação instala-se. Mas, afinal, em 2059, a esperança vai instalar-se. Com Mariana Monteiro, Joana Coelho e Rodrigo Soares.

Picture Break– Pedro Nogueira- 7’ 30’’

Numa sessão para a imprensa, um jornalista chega atrasado. A empregada do cinema avisa que os espectadores não se devem sentir impressionados.  No entanto, a sala de cinema está deserta.  Entretanto, acontece um assalto. E o mistério entra no jogo.Com Rita Duque, Rita Faria, Anthony de Sousa, Iuri dos Santos e Teresa Vieira.

Refração- Inês Albuquerque- 8’52 ‘’

Um homem que vive sozinho num apartamento, descobre de manhã o espelho do quarto de banho partido no chão. Quem é que fez aquilo? Mas os acontecimentos vão-se suceder. E o macabro instala-se.  Com António Pimparel, Mariana Bastos e Beatriz Silva.

A Goiva- Alexandre Amado – 15’

A história da Humanidade por vagas- do caos à criação e à extinção.  A morte das espécies, a busca de novos lugares, a perda da beleza. Apesar das mensagens de aviso, ninguém se importa ou faz alguma coisa. Com Alexandre Amaro, Anabela Freitas, Daniela Ferreira, Diego Garcez e outros.

Viés- Pedro Vaz- 14’  33’’

Um ciclone devia ter-se formado sobre os Açores, mas tal não aconteceu.  Naquele mesmo dia, anos atrás, o pai do meteorologista perdeu-se no mar. Entretanto a superstição e ciência são apresentados como uma combinação difícil. Com Gonçalo Barata e Rosi Fer.

Hat – João Moreira- 13’ 04’’

Uma curta-metragem que tem como base a história de um chapéu deixado num banco de uma estação de comboios e o seu percurso até que é posto na cabeça de uma mulher. O realizador e designer João Moreira utilizou apenas Inteligência Artificial para a feitura do filme. Apresenta ainda no Fantasporto 2025 o filme “IA: A Revolução no Cinema Digital”.

Entrelinhas – Pedro Sena Nunes- 4’

A poesia é a reunião que se aparafusa nas juntas da construção do mundo. Texto de Jorge Listop. Com Ana Maria Antunes e Pedro Sena Nunes. Voz de Frantisek Berlinger. O realizador tem apresentado diversos trabalhos no Fantasporto e foi Menção Especial do Juri do Fantasporto 2022 pelo filme “Fruta Tocada por Falta de Jardineiro”.

Hora de Pôr a Mesa, Éramos Cinco- Paulo A. M. Oliveira – 15’40’’

No Natal, uma noite de tempestade. Um homem lembra o seu passado e como nessa noite de festa os membros da família se reuniam à volta da mesa.  O passar do tempo, a solidão e a nostalgia.  Com Adriano Carvalho, Dinarte Freitas, Luís Menezes, Sofia Raposo, Joana Cabral e Leonor Osório.

19.45

RETRO WOMEN´S REVENGE AND DESIRE IN TAIWANESE CINEMA

This Love of Mine– Chang Yi- 111’ – 1986 (Taiwan) FANTASCLASSICS- v.o.leg ingl

Liang, casada há nove anos e com um filho e uma filha, leva uma vida aparentemente perfeita com o seu bem sucedido marido, Wei-yeh.  No entanto, os seus receios de perder tudo são confirmados quando se reencontra com a sua amiga de infância An-ping e descobre que o marido  tem um caso com a irmã mais nova de An-ping, An-ling. Devastada, Liang confronta An-lin e apercebe-se de que os seus piores receios se tornaram realidade.  Incapaz de lidar com a situação, vê-se obrigada a tomar medidas drásticas. O filme foi considerado uma das principais obras-primas do cinema de Taiwan (1895-1995) pela Variety.

22:00

SESSÃO ESPECIAL

Zinema– Kornii Hrytsiuk – 80’ (Ucrânia) P&P- v.o.leg ingl

Q&A (a confirmar)

Com uma guerra sem tréguas no seu país, o realizador ucraniano Kornii Hrystiuk revisita neste documentário a propaganda russa através dos tempos e como o poder manipula a percepção dos seus conterrâneos. Através de filmes, séries de televisão, filmes para crianças e até da publicidade, a nomenclatura vai moldando a opinião pública e justificando a sua acção bélica na Ucrânia, mas também na Síria e em África. Um excelente documentário que abrange décadas e explica as raízes profundas de uma guerra nos nossos tempos.

Kornii Hrytsiuk

Realizador ucraniano com aclamada carreira, é conhecido pelo documentário “Train Kyiv-War” (2020), vencedor do prémio principal no Festival Internacional de Kyiv. Realizou ainda “Eurodonbass” (2022), “Actors and Actresses” (2020) ou “20/20 Deserted Country” (2018). “Zinema” (2024) é o seu filme mais recente.

16.00

BAR BATALHA CENTRO DE CINEMA

MOVIE TALKS

Apresentação do livro “Variante Mythos – A Morte veio ao Douro” de António Massena

Casos de bullying entre alunos de uma escola pública de Gaia resultam num trágico acontecimento. Alfredo Dias é perseguido por dois polícias, quando é salvo por um morto. Em fuga, passa em casa para ver a “abó” demente, que reza em frente ao altar: uma mesa com fotos de família, uma bíblia e uma estatueta do Snoop Dogg, que ele e o avô restauraram para que parecesse com Jesus Cristo.

Os polícias foram mortos, dizem na televisão. Alfredo sai em busca de respostas e, a caminho da escola, conhece uma menina albina, nua e subnutrida. Começara, no Porto, o fim do mundo em cuecas.

Biografia

António Massena, autor de Variante Mythos – A Morte veio ao Douro é o jovem romancista português 24 anos, licenciado em Marketing e mestre em Comunicação Digital.Leitor ávido de todos os géneros que consegue e conhecedor dos principais autores e obras do género fantástico, em livros, filmes e jogos. Vive e cria as suas personagens e cenas em Vila Nova de Gaia e gosta de caminhar pelas ruas do Porto, ambas as cidades cenário da primeira estória, de uma saga que já caminha para o segundo livro, num texto leve e atrativo, em ritmo de cinema ou banda desenhada.

O livro está à venda nas principais livrarias e nas plataformas por todo o mundo onde se lê em Língua Portuguesa, em 601 páginas impressas e também em e-book.  É uma obra de ficção portuguesa no subgénero universal romance apocalíptico, com ritmo de banda desenhada. Os cenários principais da estória são Vila Nova de Gaia e Porto. O primeiro livro da série Variante Mythos foi, inclusive, objeto da tese de mestrado do seu autor. A agenda do autor e o percurso da obra podem ser acompanhadas pelas redes sociais a partir de @variantemythos no Instagram e no Facebook.

Apresentação: Isabel Pina, produtora e realizadora, membro do Juri Internacional de Cinema Fantástico no Fantasporto 2025, realizadora do documentário “Fantasporto 40 Anos”, entre outros.

17.30

BAR BATALHA CENTRO DE CINEMA

MOVIE TALKS

Apresentação do romance “O Amanhã Mais Perfeito” de Beatriz Pacheco Pereira

Romance de Ficção Científica. Portugal. O Grande Desastre. Nos tempos que correm, de guerras entre super-poderes, a Democracia impõe-se como sistema político, apesar de frágil e imperfeito, mas sempre desejado. Para que o mundo não chegue à aniquilação. Este livro fala do que poderá acontecer a Portugal quando o mais temido tiver acontecido. Uma réstia de esperança. Um novo início.

Após o fim da civilização, um grupo de eleitos sai do subsolo e constrói a Esfera com todo o conhecimento que se conseguiu preservar. O desejo dos Iniciadores é fazer a Democracia perfeita. Numa sociedade nova e justa, um homem e uma mulher descobrem-se amantes. Mas pode a alma humana alguma vez deixar crescer a Perfeita Utopia?

Biografia

Beatriz Pacheco Pereira nasceu no Porto. Estudou nas Universidades de Coimbra e do Porto tendo-se licenciado em Filologia Germânica. Com actividade em diversas áreas da Cultura, é escritora, crítica e investigadora de cinema e escultora. Foi a primeira mulher a escrever crítica de cinema num jornal diário em Portugal e foi co-fundadora do Fantasporto – Festival Internacional de Cinema do Porto em 1981. Foi júri do ICA nas áreas de Argumento e Primeiras Obras. Tem vários livros publicados, de ensaio, crónica, conto e romance, entre os quais o romance  ”Alice e os Abutres” e a Antologia “Fantasporto 40 Anos: uma História de Cinema”. Pelo Fantasporto, é Medalha de Mérito Cultural e Medalha de Ouro da Cidade do Porto.

Quarta, 5 de Março

SALA 1

15:00

Peter Five Eight – Michael Zaiko Hall- 102’ (EUA)  SR- v.o.ingl leg port

Este filme menciona no título um versículo do Novo Testamento sobre o Mal, aqui está representado pela personagem de Kevin Spacey, actor que ilumina com uma grande interpretação todas as cenas em que entra. Em causa está a vida de uma jovem que em tempos fugiu para uma vida nova em que ninguém conhece o seu passado. Até que a encontram. Uma clássica história de reconstrução e destruição. Uma história de mistério realizada pelo responsável pelos efeitos visuais de “Cloverfield” ou “Pacific Rim”, entre outros . Com Rebecca de Mornay, conhecida actriz de “The Hand that Rocks the Caddle” “Risky Business” e “Runaway Train” ou da série Tv “Lucifer”.

Michael Zaiko Hall

Mestre em Efeitos Visuais, é sobretudo conhecido pelo seu trabalho em “Cloverfield “, “Prometeus” e “Pacific Rim”, tendo trabalhado com Ridley Scott, Robert Zemeckis, Guillermo del Toro ou Roberto Rodriguez. Como realizador foi responsável por “Hotel Dunsmuir” (2022), vencedor do Melhor Filme no Festival de Horror de Denver, e “The Villains” (2020), entre outros.

17:15

Welcome to the Village – Hideo JôJô- 100’ (Jap) SR/OE- INTERNATIONAL PREMIERE v.o.leg ingl e port

Um jovem casal decidiu começar a sua vida em conjunto indo para uma aldeia remota. Lá confrontam-se primeiro com uma comunidade muito solidária que tudo faz para que se sintam felizes. Apesar da simpatia,  e embora sejam pressionados para terem um filho, sentem que há uma ameaça latente.  De facto, aquela aldeia alberga um segredo que os vai fazer mudar de opinião. A vida rural deixou de ser idílica.

Hideo Jôjô

Realizador japonês, nascido em Tóquio em 1975, com 10 prémio internacionais, conhecido por várias séries de televisão como “Urakku Jakku (2024), “95” (2024), “Burakku Famiria Shindô-ke no Fukushû (2023) e premiado por “Dangerous Drugs of Sex” no FilmOut San Diego em 2021, ou no Pink Film Award como Melhor Filme por “Lovely Chubby” (2019).

19:30

A Place Called Silence – Sam Quah – 119’ (China) – CF/OE- CENAS EVENTUALMENTE CHOCANTES – v.o.leg ingl e port

Uma original história de horror em contexto escolar. Uma rapariga muda é assediada violentamente pelas colegas. A mãe, que é empregada de limpeza da escola e faz dinheiro a vender compotas, vive o drama da filha sem que ninguém a ajude.  Zaifu, um homem a quem mataram a filha, parece ajudá-la. Uma vingança está a caminho. Mas todos parecem contribuir para que nada se faça, o que gera mais violência. Premiado no Festival de Taipé com Prémio do Público, um filme vindo de uma das maiores revelações do cinema chinês.

Sam Quah

Realizador nascido na Malásia, começa a sua carreira no cinema ainda estudante com “Sheep Without a Shepherd” (2019). Vencedor de 4 prémios internacionais, entre os quais com a curta “The Free Man” (2014), também vencedora do Eugene Film Festival como Melhor Curta-metragem Estrangeira. “A Place Called Silence” (2024) é a sua segunda longa-metragem.

21:45

Cielo – Alberto Sciamma – 107’ (Reino Unido) – CF- v.o.leg ingl e port

Uma menina de 8 anos com poderes especiais, parte numa viagem para levar a mãe para o paraíso, cumprindo o que lhe tinha prometido: matava-a primeiro e depois reavivava-a. Para isso tem de levar o seu corpo pelo deserto até ao céu, um local que elas achavam era tão real como qualquer outro. Uma fabulosa paleta de cores na paisagem árida da Bolívia onde foi totalmente filmado, este é um dos mais originais filmes fantásticos do ano, com realização de Alberto Sciamma de “Killer Tongue”, filme já apresentado no Fantasporto e vencedor do Festival de Roma em 1996.

Alberto Sciamma

Realizador e argumentista nascido em Barcelona, é conhecido por “Killer Tongue” (1996), apresentado no Fantasporto em 1996, “Jericho Mansions”  (2003) e “I Love my Mum” (2018) entre outros.

SALA 2

15:00

CURTAS-METRAGENS FANTÁSTICAS – COMPETIÇÃO  CF -1/3- 103’

Filmes exibidos em versão original

Films screened in their original language

Crazy Lotus– Naween Noppakun- 15’10’’ (Tailandia)

Os Bons Segundos podem aparecer quando se usam os óculos Distant Heart. A eterna busca da possibilidade e da felicidade. Se a vemos, sentimo-la. Selecção do Festival de Roterdão em que foi premiada com o Tiger Short Award.

Dark Globe– Donato Sansone- 4´ (Ita/Fra)

A cegueira e a destruição nas suas variantes, desde a mais evidente à mais tétrica.  Animação do realizador de origem italiana Donato Sansone, que já exibiu no Fantasporto “Portrait” em 2015 e multi-premiado por “Videogioco” (2019)

Marimonda– David David- 11’ 20’’ (Colombia)

Uma menina tem amigos que ninguém vê. A magia, a alegria e a dança colombianas, mesmo que seja com um homem sem cabeça. Entretanto, a menina despede-se da sua vida de criança.

Hush Now- Laen Sanchez- 4’ (Fra)

Feito com Inteligência Artificial, este filme revela como os ditadores de hoje têm aspecto humano embora nada no seu corpo faça descobrir a sua actuação sinistra. De Trump a Putin, os rostos da violência.

O realizador já apresentou “Plstc” no Fantasporto 2023.

La Visitante– Tony Morales- 10’ (Esp)

Uma mulher sozinha em casa ouve a campainha da porta. Vai ver. Ninguém.  Com câmaras por todo o lado, ninguém se vê. Até que se vê. O realizador Tony Morales tem muitas curtas  como “Hada” e “Black Eyed Child” já exibidas no Fantasporto e venceu a secção de cinema Fantástico curtas-metragens com Abracitos (2021).

Room Service- James Camargo de Alba- 9’ (Colombia)

A vida pode repetir-se. Um empregado de hotel vai-se ver enredado numa série de crimes, sem que consiga compreender o que se passa.

Happy People- Budavári Balázs- 15’ (Hun)

Um grupo de pessoas de várias idades esperam numa sala pela medição anual do grau de felicidade. Um homem está perto do limiar e se o nível estiver abaixo de 20, sabe que terá de o declarar. Um exemplo da originalidade do cinema húngaro.

Thorns– Nir Paniry- 8’ (EUA)- WORLD PREMIERE

Um ser estranho entrou no meu corpo, diz a jovem. Entrou através de uma tatuagem que não se lembra de ter feito. Como lidar com esse estranho no seu corpo?

Sisowath Quay- 16’ (Fra)

Nas ruas do Cambodja, um rapazinho procura saber se uma rapariga gosta dele. Uma animação cheia de música e exotismo com realização de dois franceses, Stéphanie Lansaque e François Leroy (vencedores do Prémio SACD no Festival de Clermont-Ferrand e do Prémio Melhor Filme do Festival de Valladolid com “Cadavre Exquis” em 2019.

The Sea Inside Her– Alyx Powles- 9’ (Nova Zelândia)- INTERNATIONAL PREMIERE

Uma avó trata da neta. Pode a poluição dos oceanos virar-se contra nós? Que bichos são aqueles? Um muito original filme vindo da Nova Zelândia.

17:00

CURTAS-METRAGENS FANTÁSTICAS – COMPETIÇÃO CF – 2/3- 104’

Filmes exibidos em versão original

Films screened in their original language

Mr Static- Mike Williamson- 9’ (EUA)

Uma jovem é obrigada pela voz que sai pela imagem da estática da TV a ver uma série de crimes brutais. Até que chega a vez dela. “Time to watch”, diz a voz. Do realizador Mike Williamson que já apresentou no Fantasporto “In the Wall” (2008) e “Deathly” (2016)

Una Volta – Joshua Boon – 8’ (Países Baixos)

Nas densas florestas da Itália de 1873, uma jovem mãe e o filho estão perdidos e desorientados. Sem o saberem, o seu destino está traçado por uma feiticeira que se esconde nas sombras das árvores.

Friend– Rana Safiyari – 14’ (Irão) WORLD PREMIERE

Um rapaz tem dois amigos e partilham a sua admiração por uma marionete. As fantasias e a empatia para escapar à realidade da adolescência. Um filme da jovem argumentista e realizadora iraniana independente Rana Safiyari.

Refugee– Suki- 3’ 41’’’ (Fra)

Um homem caminha com um urso polar. Depois do fim da Terra, só resta a nostalgia. No espaço, lamenta-se a beleza perdida e a incúria dos homens.

Gosto de Te Ver Dormir– Hugo Pinto- 7’41’’ (Port)- WORLD PREMIERE

Os pesadelos e a paranoia de um rapazinho que vive para o digital. Há outro dentro dele à espera, sabe ele,  mas eles não.  O sangue como culto, a morte como salvação. Ou não. Sou um bom menino, diz ele.  Com Catarina Lima e Diogo Pinto.

The Unbearing– Also Sisters- 15’ (EUA)

Quando uma mulher sabe que está grávida, a dúvida não é se consegue, se aceita a gravidez, se o companheiro vai gostar de ser pai, mas saber que bebé é aquele que nasce na sua barriga. Uma história de escolhas e de horror.

Sublime – Marie Heribel, Candice Yernaux, Juliette Buysschaert, Camille Leroy, Joséphine Vandeville, Martin Laurent, Lucas Foutrier – 8’ 20’’ (Fra)

Uma mulher numa casa muito estranha. O seu corpo sofre porque recusa o horror que outras aceitam.  Esse é o destino dos insubmissos. Uma curta-metragem inovadora vinda da conhecida escola de animação francesa Piktura School.

They Who Will Come–  Elvert Bañares- 8’ (Filip)

Um homem regressa à casa da infância e regressa também ao medo dos habitantes daquela terra que se recolhem ao crepúsculo. A casa está amaldiçoada e os espíritos acabam por levar todos, dizem. Um singular exemplo de bem filmar onde a sugestão do espectador é fundamental.

Huir- Kike Maillo, Alejandro Pereira 15’ (Esp)

Um pintor relutantemente abandona os pincéis para ouvir o que a mulher lhe pergunta. A decisão de ter ou não um filho leva-o a meter-se num carro e a sair para pensar. Mas essa viagem vai ser muito mais longa do que esperava. O co-realizador Kike Maíllo já apresentou no Fantasporto a longa-metragem “Eva”, Prémio Melhores Efeitos Especiais e também ganhador do Prémio Melhor Filme no Festival de Gérardmer em 2012.

Hymn of the Plague- Phillip Ivanov, Alexander Epikhov, Dimitry Gorbaty- 14’ (Alem/Russia)

Perto da sala onde uma pequena orquestra ensaia, um rapazinho espera. Subitamente o mundo agita-se e o que estava antes, deixa de estar. Os objetos movem-se e os efeitos da praga são terríveis. Prémio Leopardo de Prata do festival de Cinema de Locarno.

19.30

The Silent Planet – Jeffrey St. Jules – 94’ (Can) CF- v.o.ingl leg port

Com a Terra habitada por muitos povos, alguns extraterrestres, há pouco espaço para os criminosos. Alguns são mandados para um planeta árido onde têm de trabalhar na mina. O velho Theodore vive lá em isolamento à espera da morte que não chega. Em vez disso, vai ter a companhia de uma condenada. E as razões para a presença de Navya só podem ser assassínio, terrorismo ou traição.  Uma bela história num futuro possível.  Com o conhecido actor Elias Koteas (“The Thin Red Line” e “Harley Quinn & the Joker”) e Briana Middleton. Selecção do Fantasia Film Festival onde foi vencedor do Prémio do Público-Prata.

Jeffrey St. Jules

Realizador canadiano conhecido pela curta-metragem “The Tragic Story of Nling” (2007), Menção Honrosa no Festival de Nashville, “Bang Bang Baby” (2014) e “Cinema of Sleep” (2021) . ”The Silent Planet” é a sua 3ª longa-metragem, vencedor do Prémio Público -Prata como Melhor Filme Canadiano.

21.45

SESSÃO ESPECIAL DE CELEBRAÇÃO DOS 50 ANOS DO 25 DE ABRIL 1974

The Carnation Revolution– Einar Braathen e Anne Kjersti Bjorn – 51’ (Nor) -P&P- v.o. leg. Ing

Q&A (a confirmar)

Uma revolução como não há outra no contexto europeu e mundial. O olhar de um estrangeiro sobre o que se passou então e em que participou ao ponto de ter sido ferido, e o que os portugueses pensam agora, 50 anos depois. Um documentário que percorre as convulsões sociais e culturais e os seus principais mentores através das reflexões de nomes como Fernando Rosas, Francisco Louçã, Raquel Varela, Isabel Soares e muitos outros.

Einar Braathen

Professor investigador da Universidade Metroplitana de Oslo, com particular interesse nas Ciências Políticas, especialmente na Democracia, no Desenvolvimento Urbano e na Sustentabilidade. Sobre os países de fala portuguesa, como Portugal, Brasil ou Moçambique, tem publicado diversos estudos por universidades internacionais. Esteve em Portugal durante o 25 de Abril de 1974, sendo “The Carnation Revolution” (2024) o seu primeiro documentário, estreado no dia 25 de Abril na Universidade de Oslo.

Anne Kjersti Bjorn

Realizadora e argumentista norueguesa, foi premiada no Festival de Cracóvia pelo seu filme “Ung, vakker ogbegavet/Young, Beautiful and Gifted” (2001). Realizou ainda “Drommen om OL/The Dream of the Olympics”(2016) e “Da Kvinnen Kom till Verden/When the Woman Came to the World” (2023).

A Norwegian director and screenwriter, she won an award at the Krakow Film Festival for her film 

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16.00

BAR BATALHA CENTRO DE CINEMA

MOVIE TALKS

Apresentação do livro “Na Mesa ao Lado” de Margarida Fonseca

Margarida Fonseca é natural de Luanda, Angola, onde nasceu em 1960, veio, com a sua família, para Portugal, quando era adolescente. Sonhava ser médica, mas um concurso fê-la recuar nas suas expectativas e começou a carreira de jornalista no semanário regional Defesa de Espinho de onde veio a sair para o diário O Primeiro de Janeiro. Foi, no entanto, no Jornal de Notícias que mais tempo permaneceu: 32 anos. Deixou os quadros deste diário, onde chegou a editora, em Maio de 2024, com 43 anos de jornalismo. Fez rádio, esteve ligada ao Festival de Cinema de Animação de Espinho (Cinanima) e deixou várias crónicas publicadas.

Apresentadora: Alexandra Ferreira Martins, editora de “Na Mesa ao Lado”, é licenciada em Comunicação Social e Mestre em Ciência Política. Para além de editar livros, frequenta o doutoramento em Estudos Globais.

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17.30

BAR BATALHA CENTRO DE CINEMA

MOVIE TALKS

Apresentação do livro “O Escritor de Epitáfios” de Pedro Gil Vasconcelos

Um livro sobre um homem que lida com mortos. Em cada dia que passa, ele próprio se apercebe do seu destino e dos que o rodeiam. Um dia, decide partir para fazer uma caminhada no Parque Nacional da Peneda Gerês. Perde-se no Caminho, mas encontra-se mais à frente. Uma obra que parte do dia-a-dia e nos leva pela História e por sendas de bruxas, fantasmas e lobos, até ao fim do caminho, onde começa um novo destino. Quando se parte, os mundos interior e exterior fundem-se e revelam-se.

Biografia

Pedro Gil Vasconcelos nasceu no Porto e é licenciado em Cinema e Audiovisuais pela ESAP – Escola Superior Artística do Porto. Iniciou a carreira de jornalista em 1983, na Rádio Delírio. Em 1991, iniciou-se na RTP, fez parte do lançamento da NTV e iniciou-se na produção de conteúdos para televisão. De 2004 até 2010, dedicou-se à comunicação, liderando a equipa de R.P. do El Corte Inglés Gaia Porto. A partir de 2010 dedicou-se a gerir os seus projectos, sendo de destacar o filme Teratron – As Cobaias (cinemas ZON) e os programas 4 Tempos (RTP3) e Romaria do Meu Coração (RTP1). Como realizador destaque para os documentários vencedores de vários prémios internacionais, The Magic is Lost, O Meu Caminho e O Nosso Caminho. É autor do livro Caminhos que Faço Meus, tendo ainda inúmeros textos publicados nas áreas da mobilidade, viagens e caminhadas. É um caminhante regular e apaixonado por desportos motorizados, tendo sido praticante, e desportos de ar-livre, nomeadamente trekking e um apaixonado confesso pelo Caminho de Santiago. Participou nos juris do Fantasporto do Prémio de Cinema Português. Em 2025 faz parte do júri da Semana dos Realizadores.

 

 

 

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