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Crítica – Patti Smith. She has the power

A Iguana é a nova editora da Penguin Random House Grupo Editorial Portugal. Vai dedicar-se, em exclusivo, a banda desenhada, biografias ilustradas e novelas gráficas. Iguana: Patti Smith

“Patti Smith. She has the power” é, como o nome indica, a biografia ilustrada de Patti Smith. Neste livro, Ana Müshell desvenda com precisão e paixão a trajetória da “madrinha do punk”: desde a sua infância na zona rural de Nova Jérsia até à sua estadia no boémio Chelsea Hotel em Nova Iorque.

A obra é um tributo à história de Patti Smith e às histórias por ela proporcionadas. O texto está bem alinhado com as ilustrações, balançando adequadamente os temas.

Müshell optou por imagens que caracterizam a figura homenageada, a sua personalidade e gostos, quase sempre o preto e branco, de plano único e com incidência no pormenor.

A autora dirige-se diretamente ao leitor, informalmente, e incentiva-o a participar na homenagem. Há risco e inventividade na estrutura narrativa, aproveitando a elasticidade da narrativa gráfica.

“Patti Smith. She has the power” é um ato de amor que tanto pode ser compartilhado com fãs como apresentado aos que pouco conhecem a artista. Trata-se de uma leitura sensorial em todas as fases do caminho, das mais superficiais às mais profundas.

É conteúdo revelado com rigor na exposição dos factos, imerge e acompanha quem a lê, mergulhando profundamente nos sonhos e nas conquistas deste conto. Invoca energias e convoca-nos com muito Rock And Roll!

No entanto este livro não se trata de uma novela gráfica. Embora tenha uma linguagem que pode ter algumas proximidades com a banda desenhada, devido ao seu grande destaque da ilustração, e até ao seu estilo orgânico, acaba por ser “apenas” um livro ilustrado, o que não deixa de desiludir os fãs da arte sequencial que esperavam mais da Iguana, chancela esta que foi promovida com pompa e circunstância, mas até hoje só ainda lançou um livro de BD, nomeadamente “O Seu Nome é Banski“.

O livro tem um formato perto do A5, capa dura, e um papel mate muito agradável, envolvido numa excelente encadernação.

Ao estilo de Patti Smith:

That the people have the power
To redeem the work of fools
From the meek the graces shower
It’s decreed the people rule

Autora: Ana Müshell
Ilustração: Ana Müshell
Género: Biografia
Editora: Iguana
Argumento: 10
Arte: 9
Legendagem: –
Veredito final: 9

 

One thought on “Crítica – Patti Smith. She has the power

  1. se não é BD porque escrevem sobre esse livro?
    se é para ser livro com ilustrações mais vale ler os livros dela de texto só!
    E as ilustrações são feias!
    uma vergonha se a senhora Smith visse este pedaço de comercialismo barato!
    nuff said!

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