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Antevisão jogos: The Last Plague: Blight

The Last Plague: Blight

Entre tantos outros do seu género, será The Last Plague: Blight um título capaz de sobreviver ao escrutínio atual dos gamers? O Central Comics lançou-se à aventura para descobrir.

Sinopse de The Last Plague: Blight

The Last Plague: Blight é um jogo de sobrevivência puro em desenvolvimento pela Original Studios, com lançamento previsto para breve. Após o surgimento de um misterioso fungo, a humanidade tardou pouco a sucumbir ao caos e à destruição causados pela rápida disseminação desta nova peste. Apenas com alguns vestígios de civilização dispersos pelo mundo, a extinção parece inevitável. É neste cenário que acordamos, apenas com algumas ferramentas e pouca comida na mochila, no meio de uma terra desconhecida em que temos de fazer todos os possíveis para sobreviver, incluindo caçar, recolher, construir, fabricar, combater e explorar. Pelo caminho, somos contactados por um misterioso grupo que afirma estar perto de descobrir uma cura para a peste, mas que precisa da nossa ajuda.

Acampamento

Antevisão de The Last Plague: Blight

Embora exista uma demo disponível para o público, a Original Studios teve a amabilidade de enviar ao Central Comics uma chave para a versão alfa de The Last Plague: Blight.

O género de sobrevivência esteve meio-adormecido durante um par de anos, talvez porque ficou completamente saturado com os milhentos títulos que foram lançados no seu auge de popularidade. Havia de tudo: os clássicos em que temos de controlar fome e sede, depois meteu-se a sanidade ao barulho, havia aqueles em que tínhamos de enfrentar zombies, outros em que tínhamos de enfrentar dinossauros, havia jogos passados em ilhas, na floresta, no espaço, no mar e no gelo, no futuro, no passado e no presente, e havia até alguns em que podíamos fazer cocó… enfim havia tanta coisa no género que este acabou por ficar sem o mais importante: inovação e, consequentemente, interesse! De modo que as coisas andaram calmas durante uns tempos… Até agora! Parece que há uma espécie de “survival revival” ao virar da esquina, com novos títulos com grande potencial no horizonte e algumas sequelas muito esperadas prestes a serem lançadas. Nesta nova vaga, The Last Plague: Blight promete dar que falar. Embora não sejam propriamente inovadoras, as mecânicas, a jogabilidade na 3.ª pessoa, a história que se está a compor e a atmosfera formam um projeto que acredito poder resultar num bom jogo, se bem que com algumas arestas por limar e com muito trabalho pela frente.

Inventário e fornalha

História de The Last Plague: Blight

Este é um jogo que nos volta a propor um cenário pós-apocalíptico. Contudo, desta feita, não temos de despachar zombies a torto e a direito como quem despacha mosquitos com o para-brisas na A2 a caminho do Algarve — pelo menos, por enquanto. Ainda em desenvolvimento, como todos os outros aspetos do jogo, a história de The Last Plague: Blight insere-nos num mundo devastado por uma peste, mas em que parece haver uma esperança de reverter as coisas. Para mim, este aspeto tem o potencial de me prender e fazer voltar ao jogo. Sem perder a vertente sandbox que tanto prezo em videojogos, especialmente no género de sobrevivência, este jogo oferece-nos um objetivo suficientemente vago para podermos fazer o que nos dá na real gana, enquanto permanece suficientemente tangível para almejarmos cumpri-lo. Após conhecermos um misterioso personagem que nos diz pertencer a um grupo de sobreviventes que estuda a doença, somos, de certo modo, recrutados para cumprir uma série de tarefas no sentido de ajudar a aprofundar os conhecimentos sobre o fungo que assola o mundo e, eventualmente, encontrar uma cura. No início, sabemos apenas que a peste é mortífera e que se alastra mais depressa quando está perto de fogo, mas à medida que exploramos áreas mais inóspitas, para as quais nos temos de preparar adequadamente, vamos descobrindo cada vez mais sobre o fungo e aproximamo-nos progressivamente de uma cura.

Noite

Gráficos e som

Não apostaria em nenhum prémio para os gráficos e o som de The Last Plague: Blight. Cumprem o propósito, mas não deslumbram. Contudo, este jogo ainda nem está em acesso antecipado e poderão não ficar assim, no que seria uma espécie de efeito Matthew Lewis. Porém, por agora, ainda estamos numa fase Neville Longbottom.

Jogabilidade

Estamos perante um puro jogo de sobrevivência. O nosso objetivo é sobreviver, custe o que custar. O pior é que, por vezes, custa muito… Para nos alimentarmos, temos de caçar o animal com armas ou armadilhas que temos de construir, esfolar o animal (com ferramentas que temos de construir), cozinhá-lo (em fogueiras construídas por nós e alimentadas por lenha que apanhámos) e comê-lo. Para beber água, temos recolher água (com um recipiente que temos de construir), fervê-la (na tal fogueira) e só depois bebê-la. Tudo tem muitos passos e as coisas demoram tempo a fazer. Para ser sincero, isto é uma questão de gosto. Há quem goste de coisas simples e há quem goste do grind que nos aproxima da realidade. Há quem prefira ir de carro a Fátima, mas há sempre quem prefira uma boa caminhada para melhor desfrutar do caminho. O resultado é o mesmo — toda a gente vai dizer olá à senhora que exagerou no blush enquanto tenta evitar permanecer em espaços fechados com senhores de batina — mas admito que a satisfação de alcançarmos os nossos objetivos é proporcional ao esforço que despendemos para o fazer… embora mas nos consigamos aguentar nas pernas se formos a andar. Já eu, prefiro algo equilibrado. Na minha humilde opinião, The Last Plague: Blight ainda está um pouco a puxar para o grind excessivo, mas com alguns ajustes, que acredito que a equipa de desenvolvimento vai fazer, acredito que ficará no ponto. A vista na 3.ª pessoa resulta para este jogo (mas nem sempre é assim), os combates ainda são simples (demasiado?) e o mundo ainda está um pouco vazio, ou, pelo menos, repetitivo. Tudo isto denuncia um jogo ainda em desenvolvimento, mas não me lembro de nada que possa dizer que esteja mal feito.

1.º dia

O que aí vem

A Original Studios parecem-me bastante ativa no desenvolvimento do jogo, com atualizações constantes (a mais recente a 22/02) e muitas implementações planeadas para o futuro. Ainda não há uma data oficial para o lançamento do jogo, mas já se sabe que sairá em acesso antecipado e que assim ficará durante cerca de um ano até à versão 1.0. Mal posso esperar pelo que aí vem e este é um daqueles para manter debaixo de olho!

Plataforma testada: PC

Trailer de The Last Plague: Blight:

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