Central Comics

Banda Desenhada, Cinema, Animação, TV, Videojogos

Análises: Bright Memory: Infinite, Arcadegeddon, e mais…

Bright Memory: Infinite

Foi no lançamento da Xbox Series X|S, em Novembro de 2020, que tivemos oportunidade de jogar Bright Memory, uma espécie de prologo deste jogo, que demonstrou todo o potencial do desenvolvedor a solo FYQD Studio. Foram precisos mais de ano e meio para a chegada de Bright Memory: Infinite, agora com o apoio de uma pequena equipa dentro da FYQD.

Pegando no trabalho feito originalmente, e dando-lhe uma nova e mais expansiva vida, Bright Memory: Infinite, mantém tudo aquilo que amámos. Muita acção intensa, altamente frenética, onde tiroteios constantes se tornam nas partes mais divertidas disto tudo.

Os gráficos foram melhorados, a jogabilidade também, mas sente-se muito que há algo em falta, sobretudo no que toca à parte da narrativa, que necessita de algum trabalho para ser consistente. Contanto a história de uma agente de uma força especial, especializada em fenómenos sobrenaturais, um dia o mundo acordou com vários buracos negros a surgirem inesperadamente por todo o mundo, dando inicio ao fim do mundo.

Infelizmente, este novo jogo acaba-se muito rapidamente, com a experiência a poder-se equiparar a um grande filme de acção e ficção científica, mas uma que vale muito a pena passar, nem que seja admirar os incríveis gráficos.

Nota Final: 8/10

Bright Memory: Infinite está disponível para PC e Xbox Series X|S (versão testada)

Book Quest

O regresso do 8-bit num mundo medieval é o grande centro de Book Quest, um RPG de acção, cheio de fantasia e muitos combates.

Vestindo a pele de um jovem que vê o roubo de um livro mágico, pertencente à sua família, o fantasma do seu avô incentivou a este para embarcar numa perigosa aventura, e trazer o livro de volta. Acontece que o mundo é um local verdadeiramente perigoso, onde tudo quer acabar com este jovem.

A inspiração dos jogos clássicos da Nintendo garantem que fãs familiarizados com o género não têm muito para se preocupar a nível de jogabilidade, mas independentemente disso, irão rapidamente notar a falta de uma história propriamente coesa que nos motive a continuar a jornada.

Os gráficos utilizam uma palete de cores relativamente limitada, com os mapas a serem principalmente compostos de relva e terra, por vezes mais coloridos quando outros monstros, como dragões, aparecem. Mas ainda assim, o jogo peca por ter alguns problemas de optimização, sofrendo de paragens a meio de uma luta de bosses.

O jogo também é composto de partes onde se transforma num side-scroller, o que inicialmente parece interessante, mas torna-se repetitivo muito de repente, infelizmente.

Assim, Book Quest é um jogo com algum potencial, pelo menos a nível de narrativa, mas que precisava de mais algum tempo no forno para atingir o pico.

Nota Final: 4/10

Book Quest está disponível para PC, PlayStation 4, PlayStation 5, Nintendo Switch, Xbox One e Xbox Series X|S (versão testada)

The Tale of Bistun

Inspirado pelo poema trágico de século XII “Khosrow and Shirin”, chega-nos The Tale of Bistun, que nos põe na pele de um pedreiro que acorda na montanha de Bistun, sem memória de como foi lá parar. A nossa missão é explorar tudo o que o mapa oferece e encontrar uma saída, descobrindo realmente o que aconteceu.

Desenvolvido pela Black Cube Games, este jogo de acção top-down, repleto de visuais coloridos e muito bonitos de se ver. Mas o seu grande trunfo é mesmo a narrativa com muito misticismo à mistura, que proporciona algo verdadeiramente original.

Ainda que seja um jogo relativamente curto, é um que exige alguma perícia e inspiração para se jogar, com níveis que se tornam cativantes à medida que vamos avançando. É igualmente um jogo desenvolvido com muita atenção, sobretudo na inclusão de uma banda sonora que acompanha bem a acção e uma dobragem bastante competente.

O único ponto menos bom são os problemas habituais que a câmara do jogo oferece, que por vezes pode interferir com a forma que vemos o mapa, forçando-nos a reiniciar o nível para resolver. Não é frequente, mas certamente algo a ter atenção.

Assim, The Tale of Bistun é um jogo que traz muito para a mesa, apelando a um grande leque de jogadores que procuram uma experiência imediata.

Nota Final: 7/10

The Tale of Bistun está disponível para PC, Xbox One e Xbox Series X|S.

Arcadegeddon

Não é frequente shooters cooperativos serem tão divertidos, mas Arcadegeddon é um dos que acerta no alvo com tudo o que tem para oferecer.

Misturando PvE e PvP, este roguelite leva-nos através de um conjunto de mapas virtuais, uma espécie de jogo dentro de um jogo, onde controlamos uma personagem cuja missão é apenas chegar o outro lado vivo. Pelo meio, vamos partindo caixas e derrotando os muitos inimigos, que tudo farão para nos impedir de ter sucesso.

Arcadegeddon é um jogo muito fácil de se pegar e viciar, à medida que vamos subindo de nível e melhorando a nossa experiência meta-virtual, com uma série de habilidades e novas armas, oferecendo sempre algo novo em cada volta que damos.

A jogabilidade é muito semelhante a de Fortnite, facilitando muito a abordagem que temos na acção constante e intensa. A solo, as coisas podem se tornar mais desafiantes à medida que a dificuldade sobe, mas no modo cooperativo, o trabalho de equipa sendo essencial, apresenta também muitos momentos altamente recompensadores.

Ainda que por vezes os mapas podem se tornar ligeiramente repetitivos, há todo um leque doutros benefícios que fazem com a experiência dejá vu seja muito menor, esforçando para que se formos parar algures novamente, que seja uma experiência que valha a pena explorar.

Assim, Arcadegeddon recomenda-se para quem quiser passar um excelente serão no mundo virtual, oferecendo sempre uma razão para voltar, sozinho, ou com um amigo.

Nota Final: 8/10

Arcadegeddon está disponível para PC, PlayStation 4, PlayStation 5 e Xbox Series X|S.

 

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Verified by MonsterInsights