Análise: Capital e Ideologia segundo o Livro de Thomas Piketty
De onde vêm as desigualdades e porque perduram? Da escravatura ao hipercapitalismo, como justificam as sociedades humanas os seus regimes económicos e políticos?

Um estudo límpido e com toques de humor para melhor compreender a obra de Thomas Piketty, cujas análises e propostas marcam o pensamento económico de há vinte anos a esta parte.
Pierre, o proprietário rural. Jules, o capitalista. Marguerite, a jornalista. Christine, a professora…
Da Revolução Francesa até aos nossos dias, oito gerações atravessam as épocas para nos fazer viver a evolução das riquezas e dos modelos sociais.
Até Léa, uma jovem contemporânea que vai descobrir o segredo pesado que se encontra na origem do património familiar.
E, então, a pequena história vai unir-se à grande…

Segundo Piketty, tal tendência é uma ameaça à democracia e deve ser combatida através de impostos sobre as grandes fortunas.
Piketty coloca como solução para as desigualdades sociais nada mais nada menos do que medidas políticas que taxem severamente os mais ricos (assim como o Robin Hood fazia ao xerife de Nottingham
).


Assim sendo, os nossos diferentes protagonistas vão passando por diferentes eras, como a revolução francesa e o seu pensamento iluminista acompanhado das desigualdades sociais e uma crise económica que gerou fome e mortes, a Primeira Guerra Mundial, a Grande Depressão, os anos 30 e 40 e a segunda guerra mundial, a queda do muro de Berlim ou mesmo a pandemia da covid-19.

O desenho cartunesco de Adam fez por várias vezes lembrar o de Friz Freleng da pantera cor de rosa as não me perguntem porquê, talvez visse o inspector Clouseau nalguns rostos, mas cumpre bem o seu propósito nesta BD.
Com uma linguagem gráfica muito característica simplificada, contendo gráficos e quadros que esclarecem a linguagem técnica destas temáticas, aprende-se bastante sobre estes assuntos e ficamos muito mais conscientes do que este célebre economista escreveu no seu livro “bestseller” fazendo-nos pensar nas suas teorias e chegar às nossas conclusões do que será mais certo ou errado na nossa sociedade e nas suas desigualdade sociais que sempre irão existir.
Interessante…

O Carlos gosta tanto de banda desenhada que, se a Marvel, a DC, os mangas, fummeti, comic americano e Franco-Belga fundissem uma religião, ele era o primeiro mártir. Provavelmente morria esmagado por uma pilha de livros do Astérix e novelas gráficas 😞 Dizem que cada um tem um superpoder; o dele é saber distinguir um balão de pensamento de um balão de fala às três da manhã, depois de seis copos de vinho e um debate entre o Alan Moore e o Kentaro Miura num café existencial em Bruxelas onde um brinde traria um eclipse tão negro quanto dramático, mas em que a conta era paga pelo Bruce Wayne enquanto o Tony Stark vai mudar a água às azeitonas.