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Jogos: PGA Tour 2K25 – Análise

PGA Tour 2K25 dá uma grande tacada, mas no final acaba por falhar.PGA Tour 2K25Jogo: PGA Tour 2K25
Disponível para: PC, PlayStation 5, Xbox Series
Versão testada: PlayStation 5
Desenvolvedor: HB Studios
Editora: 2K

PGA Tour 2K25

Não se enganem, PGA Tour 2K25 chegou em grande ao oferecer uma das melhores experiências de golfe digital dos últimos anos. Construído sobre uma base sólida dos seus antecessores, o jogo aprimora a mecânica, introduz uma personalização inteligente da dificuldade e apresenta um modo carreira envolvente. No entanto, quando parece encaminhar-se para um verdadeiro hole-in-one, acaba por tropeçar devido a uma economia interna predatória que prejudica a experiência.

O jogo brilha especialmente na execução dos golpes. As mecânicas TrueSwing e EvoSwing permitem um elevado nível de planeamento e precisão, garantindo que cada drive, chip e putt seja recompensador, pois baseia-se inteiramente na habilidade do jogador. É possível ajustar o swing, considerar o vento e o efeito da bola, e executar tacadas especiais com precisão. O sistema de swing analógico mantém-se intuitivo e, para quem prefere um método mais clássico, a opção dos três cliques também está disponível.

A personalização é um dos grandes destaques. Os jogadores podem ajustar as definições de dificuldade e as assistências para moldar a experiência ao seu gosto, semelhante ao que acontece em jogos de corrida como Forza Motorsport. Os novatos podem ativar ajudas para um jogo mais acessível, enquanto os veteranos podem desativá-las para um desafio adicional e recompensas de experiência. É um sistema bem concebido, permitindo escolher entre uma experiência mais arcade ou uma simulação hardcore.

PGA Tour 2K25

O modo carreira expande o que foi feito anteriormente, permitindo aos jogadores moldar a sua jornada no golfe. Cinco arquétipos definem diferentes estilos de jogo, e a personalização do personagem é bastante detalhada. O modo integra patrocínios, rivalidades e até escolhas de entrevistas baseadas na personalidade, dando mais profundidade à progressão.

No entanto, o modo carreira não está isento de falhas. A narração repetitiva e algumas animações pouco naturais continuam a ser um problema. Além disso, o excesso de ecrãs de transição e tempos de carregamento prejudica o ritmo do jogo. A ausência de alguns campos e eventos icónicos também continua a ser uma desilusão para os fãs de longa data.

Infelizmente, o maior problema do jogo é a sua abordagem agressiva à moeda virtual (VC). A progressão—seja para adquirir novos tacos, roupas ou melhorar habilidades—está fortemente ligada à VC, que pode ser obtida jogando, mas a um ritmo incrivelmente lento. Pior ainda, a 2K reduziu silenciosamente os ganhos de VC após o lançamento, aumentando drasticamente o tempo necessário para evoluir totalmente um personagem.

PGA Tour 2K25

No final, PGA Tour 2K25 tinha potencial para ser o melhor jogo de golfe da década. A mecânica de tacadas é excecional, o modo carreira apresenta melhorias significativas e a possibilidade de personalizar a dificuldade torna-o acessível a todos os tipos de jogadores. No entanto, a economia interna exploradora acaba por comprometer a experiência, forçando os jogadores a escolher entre um grind interminável ou gastar dinheiro real.

Nota: 7/10

António Moura

Um pequeno ser com grande apetite para cinema, séries e videojogos. Fanboy compulsivo de séries clássicas da Nintendo.

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