Jogos: Fairy Tail 2 – Análise
Fairy Tail 2 mergulha no mundo do aclamado anime/manga, trazendo um RPG de ação que recria o arco do Império Alvarez.
Jogo: Fairy Tail 2
Disponível para: PC, PlayStation 4, PlayStation 5, Nintendo Switch
Versão testada: PlayStation 5
Desenvolvedor: Gust
Editora: KOEI TECMO
Quando o primeiro jogo de Fairy Tail saiu, não dei grande atenção e não o joguei, principalmente porque é um anime que pouco me diz. No entanto, decidi dar uma oportunidade a esta nova entrada em termos de videojogos.
Fairy Tail 2 começa com grande intensidade, apresentando a invasão implacável do Império Alvarez, e só a guilda Fairy Tail, com a ajuda de aliados, pode enfrentar esta ameaça. A narrativa segue fielmente o arco final do anime, o que é ótimo para os fãs que procuram autenticidade, mas pode parecer previsível para quem já conhece a história. Para os novatos, a falta de contexto mais profundo e de dinâmicas entre as personagens pode ser um desafio, embora o jogo faça um esforço decente para introduzir figuras-chave como Erza, Lucy e Natsu.
No entanto, a narrativa por vezes parece apressada. Os capítulos condensados não dão muito espaço para momentos mais calmos, e as missões secundárias resumem-se a tarefas pouco inspiradas de busca e entrega.
O sistema de combate é o ponto mais forte de Fairy Tail 2. As batalhas são rápidas e fluidas, com mecânicas de RPG de ação que permitem criar combinações de ataques espetaculares e usar devastadores Unison Raids com os membros da equipa. Cada personagem traz habilidades únicas, proporcionando flexibilidade na formação das equipas. O meu trio preferido — Erza, Wendy e Juvia — revelou-se uma força imbatível.
Ainda assim, a diversão pode vacilar ocasionalmente. Os inimigos podem ser excessivamente resistentes, especialmente na reta final, transformando combates em maratonas demoradas. As habilidades de campo e as árvores de habilidades acrescentam alguma variedade, mas não revolucionam a experiência. Apesar de o sistema de combate ser divertido, a repetição torna-se evidente ao longo do tempo.
O mundo de Fairy Tail 2 é colorido e fiel à estética do anime, mas carece de profundidade. A exploração é demasiado guiada, com o jogo a apontar constantemente para o próximo objetivo. Embora existam áreas abertas para explorar e obstáculos a superar, há pouca motivação para se desviar do caminho principal. Os inimigos são previsíveis tanto na colocação como no comportamento, o que reduz o sentido de descoberta.
Os visuais, embora vibrantes, não estão à altura de outros RPGs mais polidos. No entanto, a atuação de voz japonesa é excelente, e a banda sonora dinâmica dá vida às batalhas e aos momentos mais importantes. A ausência de uma dobragem em inglês pode desiludir os fãs do elenco inglês do anime, mas, para os puristas, as vozes originais são uma escolha acertada.
Resta concluir que, Fairy Tail 2 é um RPG decente que agrada aos fãs do anime e do manga. Captura a essência da magia e camaradagem de Fairy Tail, mas a sensação de baixo orçamento e a falta de inovação impedem-no de alcançar a excelência.
Nota: 6.5/10
Um pequeno ser com grande apetite para cinema, séries e videojogos. Fanboy compulsivo de séries clássicas da Nintendo.