Jogos: Bite The Bullet – Análise

Quem em jovem, ou até mesmo quando já era adulto não se lembra de jogar os clássicos Contra (os infame jogos da NES que toda a gente considerava imensamente difícil) ou mesmo Metal Slug (jogos míticos nas arcadas e que fazia sempre pedir uma moeda aos pais para experimentar jogar “nas máquinas”).

Era este o sentimento inicial que Bite the Bullet me dava e entusiasmava tanto… até que o joguei. E meu Deus, o erro que cometi ao jogar isto. Para vos contextualizar, estamos a falar de um jogo em que corremos de uma ponta à outra do mapa, de arma em punho preparados para matar e devorar tudo o que nos aparece à frente. Sim, leram bem! A mecânica principal do jogo é mesmo devorar tudo o que nos aparece, sejam eles inimigos, balas ou outros objectos que nos apareçam.

Com isto, vamos aumentando a nossa barriga aos poucos e poucos, perdendo a forma espectacular que a nossa personagem tem, mas, ao mesmo tempo também perdendo alguns dos pormenores que temos, como a corrida e o salto que podemos dar. Além disso, também temos várias classes, que nos parece transportar para um RPG, e como seria de esperar são definidas dependendo do tipo de coisas que comemos ao longo do jogo.

No entanto, se acham isto atractivo e o facto de o jogo ter um ambiente mais direccionado para os 16-bits, o que pode levar a que a vossa chama nostálgica se acenda no vosso estômago, a realidade é que estamos na mesma a falar de um jogo que tem uma data de problemas técnicos. Tanto a nível de linguagem, em que apenas acertaram no inglês, já que as restantes linguagens das duas, uma: ou estão cheias de erros ou estão cheias de palavras em outras línguas, tudo misturado. Diria que até parece um bolo de literatura.

Outro grande problema que Bite The Bullet enfrenta é referente aos controlos. É impossível acertar um salto ou até mesmo uma morte inevitável porque o jogo passa a vida a ter problemas de controlos que não respondem como deve ser, e quando o fazem acaba por ser uma miséria já que passamos as fases em que necessitávamos deles.

Resta concluir que, Bite The Bullet tinha uma ideia interessante e uma vertente nostálgica muito grande, mas, tal como as coisas nostálgicas, o sítio deste jogo é na nossa prateleira. Estamos perante um desastre em formato de videojogo e, para ser sincero, se querem matar tudo e todos existem outras propostas no mercado, como Doom ou até mesmo a Contra Collection.

Nota Final: 4/10