Jogos: Be Brave, Barb – Análise
Be Brave, Barb é uma aventura de plataformas divertida, mas com falhas.
Jogo: Be Brave, Barb
Disponível para: PC, Nintendo Switch, Android, iOS
Versão testada: Nintendo Switch
Desenvolvedor: Thomas K. Young
Editora: Thomas K. Young
Thomas K. Young conquistou um nome de destaque no universo dos jogos indie com a adorada série Dadish. O seu mais recente lançamento, Be Brave, Barb, mantém a sua assinatura de humor peculiar, visuais cativantes e plataformas desafiantes.
Desta vez, os jogadores assumem o controlo de Barb, um corajoso cato com a missão de derrotar o Rei Nuvem e os seus lacaios, navegando por níveis que desafiam a gravidade à semelhança de Gravity Rush.
Desde o início, a apresentação do jogo é marcante. A estética cartoonesca reflete os trabalhos anteriores de Young, conferindo a Be Brave, Barb um aspeto familiar, mas distintivo. O humor na escrita e a inesperada presença de um minúsculo rato terapeuta, que oferece afirmações motivacionais, acrescentam um charme único à experiência. A banda sonora, embora envolvente, pode tornar-se algo repetitiva ao longo do tempo.
O jogo apresenta 100 níveis, cinco bosses e a narrativa excêntrica característica do desenvolvedor. Nos seus melhores momentos, Be Brave, Barb é um desafiante e gratificante jogo de plataformas com puzzles, onde as mecânicas de gravidade proporcionam formas criativas de explorar os níveis. Aprender a pensar como Barb e dominar as mudanças de perspetiva pode ser extremamente satisfatório.
No entanto, o jogo não está isento de frustrações. O ângulo fixo da câmara torna a avaliação dos saltos pouco intuitiva, levando a mortes desnecessárias e repetição de secções. Como o movimento de Barb é maioritariamente guiado, um pequeno erro pode significar repetir um nível inteiro, o que rapidamente se torna frustrante. Além disso, os controlos parecem surpreendentemente imprecisos em comparação com o movimento refinado de Dadish, tornando algumas secções de plataformas mais difíceis do que deveriam ser. As lutas contra bosses também desiludem, carecendo do design intuitivo que tornou os combates dos jogos anteriores de Young tão agradáveis.Apesar destas falhas, Be Brave, Barb continua a ter bastante carisma. É um jogo de plataformas divertido e inventivo, que mantém o humor e a estética que os fãs adoram, mesmo que as suas mecânicas nem sempre atinjam o alvo. Pode não ser o melhor jogo de Young, mas continua a ser uma aventura interessante para quem estiver disposto a abraçar as suas excentricidades.
Nota: 6/10
Um pequeno ser com grande apetite para cinema, séries e videojogos. Fanboy compulsivo de séries clássicas da Nintendo.