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Cinema: Crítica – Papillon (2018)

Um arrombador de cofres é injustamente incriminado por homicídio e condenado a prisão perpétua. Conhece a história verídica de Papillon a 30 de agosto nos cinemas.

Papillon 30 de agosto de 2018

Inspirado nos livros autobiográficos e sucessos mundiais Papillon e Barco, o filme, realizado por Michael Noer, segue a surpreendente e emocionante história de Henri Papillon Charrière (Charlie Hunnman), um hábil arrombador de cofres que é subitamente incriminado por homicídio e condenado a prisão perpétua na colónia penal da Ilha do Medo. Papillon decide que irá escapar deste lugar, mas precisa de uma grande quantia de dinheiro. Cria assim uma aliança com um falsificador de documentos, Louis Dega (Rami Malek), que irá financiar a sua fuga em troca de proteção.

Papillon 30 de agosto de 2018

Papillon surge inicialmente como uma figura rebelde, mas movido pelo seu grande amor, Nenette (Eve Hewson), cuja mantém a sua consciência estável durante o seu duro caminho por esta horrível prisão. É um homem fisicamente resistente e capaz de ultrapassar várias adversidades passageiras. Durante a sua “estadia” na ilha do Medo, o diretor da prisão refere constantemente as regras dos prisioneiros, realçando que se estes tentarem fugir do local ou agredir um guarda irão parar 2 anos à solitária e 5 anos se ocorrer uma segunda tentativa. O diretor Barrot, interpretador por Yorick van Wageningen consegue criar a figura autoritária ideal para o tipo de narrativa, oscilando entre malvado e generoso conforme as conveniências.

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É aqui que Papillon revela ser uma personagem bastante destemida. A sua confiança pelos outros indivíduos é quase mínima para além do seu interesse em comum, fugir desta horrível prisão. Papi (como os amigos lhe chamam) acaba por conhecer o valioso Louis Dega que é procurado por todos os prisioneiros da prisão devido à grande quantia que esconde dentro do seu corpo. Dega, movido pela confiança jurídica imposta na sua mulher, refere que não precisa de escapar, mas irá ajudar Papillon no seu grande plano em troca de proteção.

Papillon 30 de agosto de 2018

Começa assim a ligação entre estes dois indivíduos que vai crescendo gradualmente de modo natural e emocionante. Em conjunto, irão experienciar cenas altamente violentas que irão fortalecer a sua amizade e confiança, mas também as suas personalidades individuais. Papillon terá de aprender a controlar melhor o seu lado físico e fortalecer a sua mente, demonstrando-nos pormenores visualmente criativos da consciência de um indivíduo durante um longo período em locais isolados. Dega irá tornar-se um personagem menos egocêntrico e dependente de dinheiro, caindo ainda nas boas graças de alguns indivíduos.

Em relação ao plano infalível, este irá sofrer vários percalços devido essencialmente à confiança que Papi acaba por criar com algumas personagens. Uma das fraquezas deste filme é efetivamente o modo como desconfia constantemente de todos os indivíduos, mas aceita rapidamente um certo novato no seu grupo secreto. No entanto, tudo contribui para que a narrativa se torne mais épica e imprevisível.

Papillon 30 de agosto de 2018

Por fim, o filme contém um ambiente profundamente violento em contraste com a natureza que o rodeia, desenvolvendo imagens inesquecíveis e uma emocionante história de amizade entre dois indivíduos.

  • Papillon estreia a 30 de agosto de 2018 nos cinemas

8/10

Tiago Ferreira

One thought on “Cinema: Crítica – Papillon (2018)

  1. O segundo livro não é BARCO. É BANCO.
    Não vi o filme (nem pretendo ver), mas no livro, a ilha não é a “ilha do medo” mas sim a “ilha do Diabo”.

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