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Cinema: Crítica – Os Estranhos: Capítulo 1

De todos os franchises de filmes de terror, Os Estranhos era talvez a menos esperada para ter qualquer tipo de regresso, seja em forma de re-qualquer coisa, ou qualquer coisa-quela; e no entanto, passados 16 anos depois do filme original, estamos aqui perante o que será o primeiro filme de uma trilogia, realizada por Renny Harlin, a ser lançada com poucos meses entre os filmes, algo que todos podemos concordar como ousados na indústria, mas considerando o hábito do binge, vindo dos serviços de streaming, que entregam os conteúdos na íntegra quase sempre de forma imediata. Em muitas formas que Os Estranhos: Capítulo 1 espelha a ideia passada pelo streaming, podendo ser contado praticamente como o primeiro episódio de uma mini-série.

Os Estranhos - Capítulo 1

Neste primeiro filme, acompanhamos Maya (Madelaine Petsch) e Gregory (Gabriel Basso), um casal, que durante a sua viagem pára na pequena vila de Venus, onde após terem problemas com o carro, são forçados a passarem a noite numa cabana na floresta. Quando a casa é atacada por três estranhos, o casal está sozinho para se defender como podem, tornando-se no pior pesadelo da vida deles.

Como um todo, o primeiro capítulo faz o suficiente para estabelecer as personagens e o perigo, ficando-se por aí. É, com muitos sentimentos, uma experiência anti-climática, ao passarmos hora e meia para deixar a história mal no início. É correcto que há muitos e bons sustos neste capítulo, mas tornam-se limitados por toda a temática e que acabam por não ir mais além – nem é suposto, para manter fechada a primeira parte dedicada ao terror.

Não sabemos ao certo para onde a série irá seguir, abordando as personagens em mais duas histórias, podendo até decifrar muito daquilo que o filme não abordou na altura, expandindo o universo para outras temáticas. Neste sentido, não podemos censurar muito a falta de direção, quando estamos perante apenas um terço da obra completa. Fica difícil julgar assim, com tanto ficando aquém.

Assim, Os Estranhos: Capítulo 1 não é mais que apenas aquilo que diz no seu subtítulo, o primeiro de três capítulos, e acima de tudo, um compromisso do espectador em eventualmente ir acompanhar a restante história, seja no grande ou pequeno ecrã. Pode ser que uma vez olhando para o todo esta divisão faça sentido, mas avaliando na sua forma individual, é com alguma reticência para o futuro que podemos considerar esta nova série de Os Estranhos.

Nota Final: 5/10

 

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