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Cinema: Crítica – Cats

Cats, o musical que esteve durante 18 anos na Broadway, chegou finalmente ao grande ecrã. Mas, será que esta adaptação de Tom Hooper mostra o que a obra realmente é?

Vamos começar pelo enredo. Seguindo um pouco a história da obra original, aqui conhecemos os gatos Jellicle que, durante uma noite, reúnem-se para festejar, e um dos membros ser escolhido como a “escolha Jellicle”. Mas, nas sombras, esconde-se Macavity, um gato trapaceiro e que quer ser o escolhido. A história parece simples e básica para dar asneira, correto? Errado! Todo o filme é a maior festa de desconexão que existe. Se quiserem entender realmente a história terão que conseguir ler nas entrelinhas das músicas, porque mesmo com vários nomes reconhecíveis no elenco, a realidade é que mal abrem a boca durante o filme para falar.

Falando do elenco, a realidade é que tinha um potencial absurdo. Temos James Corden, Judi Dench, Ibris Elba e Rebel Wilson. Um bom elenco que, definitivamente, não foi bem aproveitado. Especialmente quando retratados como gatos através de efeitos especiais. Aqueles efeitos especiais que utilizaram para criar as personagens é o maior pesadelo de qualquer pessoa. São gatos humanoides que à primeira estranha-se, depois estamos aos berros porque queremos sair da sala de cinema porque são horripilantes. Vá, existe algo de bom no meio daquele design. O facto de terem mãos e pés em vez de algo similar a patas é simplesmente hilariante.

Resta falar da banda sonora do filme que, naturalmente, é a única questão que realmente está bem neste filme. Para começar, “Memories” interpretada por Jennifer Hudson neste filme , continua a ser um momento de forte impacto e que, para os espectadores mais emocionais, vai causar um pouco de emoção. Mas, tenho de dar destaque ao arranjo no jeito de swing feito à música “Macavity The Mystery Cat”, que neste filme é cantada por Taylor Swift e que, dá uma voz fantástica ao filme. Por fim, um breve destaque à música “Mr. Mistoffelees” que, juntado a maioria dos atores, é um dos momentos mais divertidos do filme.

Em jeito de conclusão, Cats é um filme a evitar. Trata-se de uma adaptação mal feita do clássico da Broadway e, sinceramente, esperava mais de Tom Hooper que realizou obras fantásticas. Tom Hooper devia sentir-se culpado de ter estragado a obra original.

Nota Final: 3/10

Cats estreia nas salas portuguesas a 26 de dezembro

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