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Análise jogos: Voltaire: The Vegan Vampire

Voltaire: The Vegan Vampire

O Central Comics aguçou os dentes e ferrou-os em Voltaire: The Vegan Vampire. Ficámos de barriga cheia, ou apanhámos uma barrigada de fome?

Sinopse de Voltaire: The Vegan Vampire

Voltaire nasceu em berço de sangue, no seio de uma das mais temíveis famílias de todos os tempos. Mas este príncipe das trevas, filho mais novo de Drácula, pertence à família errada… À semelhança de todas as outras crianças do mundo, Voltaire não quer comer o que os pais lhe põem no prato, contudo, ao contrário de todas as crianças do mundo, o que ele quer mesmo são verduras! O problema é que a família de Voltaire não acha piada nenhuma a esta escolha dietética e decide-se a destruir o pequeno vampiro vegano. A Digitality Games e a Freedom Games apresentam-nos Voltaire: The Vegan Vampire, um pequeno tower defense roguelite com aspetos de RPG.

Análise de Voltaire: The Vegan Vampire

Sem saber bem o que esperar quando peguei em Voltaire: The Vegan Vampire, acabei por ter uma agradável surpresa. Não sendo totalmente original, o conceito é muito divertido e bem executado. No jogo, vestimos a pele de Voltaire, um jovem vampiro que desenvolve uma forte consciência empática e decide deixar de se alimentar de sangue. Mas há um problema, não é nada fácil cultivar legumes vampíricos e a nossa poderosa família quer destruir-nos. Felizmente, contamos com a ajuda dos nossos tios, Frank e Stein, siameses de duas cabeças que partilham um corpo e nos ofereceram a sua casa. O meu primeiro elogio surge aqui, na forma como os criadores do jogo conseguem subtilmente passar mensagens importantes no contexto social atual sem nos forçarem a nada. Tal como uma música chata de qualquer artista de que até nem gostamos, mas estamos sempre a assobiar, durante o jogo, damos por nós a pensar em aspetos de consciência ambiental, empatia para com os animais e as pessoas, inclusão de género e orientação sexual… Não me vou alongar muito mais neste aspeto para vos deixar ter a vossa própria interpretação.

No campo dos gráficos, Voltaire: The Vegan Vampire segue um estilo que vai beber muito a Don’t Starve e à Klei Entertainment, com um toque próprio. Este é um jogo agradável aos olhos, mas inferior às suas influências. A música e o som também estão num bom nível e acompanham bem o jogo.

Quanto à jogabilidade, trata-se de um tower defense, já que o jogo se divide em duas fases, uma de preparação e outra de defesa de vagas de inimigos, com elementos roguelite e RPG ao estilo de Vampire Survivors, em que vamos ganhando e evoluindo poderes à medida que subimos de nível. Ao fim de sete rondas, enfrentamos o boss desse nível e seguimos em frente para outro mapa (também podemos ficar numa versão mais difícil do mesmo, se quisermos). Penso que é uma mecânica interessante e que resulta, pelo menos, durante algum tempo.

+++

Conceito, gráficos, som, execução – no seu conjunto, é um jogo bom e divertido.

Pareceu-me faltar alguma profundidade ao jogo. Passadas algumas horas, senti-me algo aborrecido e já me custava um pouco preparar para cada nova vaga de inimigos.

Classificação: 7,5/10

Quando iniciamos o jogo, lemos uma mensagem que nos indica que este projeto ainda está em acesso antecipado e que, com algum amor e feedback dos jogadores, Voltaire: The Vegan Vampire vai transformar-se num excelente jogo. Acredito plenamente que sim. Como está, não está mau, mas não lhe faria mal nenhum ganhar mais conteúdo e variabilidade. Os 14,99 € de preço de venda no Steam parecem-me adequados, especialmente considerando que lá existem promoções frequentes.

Para terminar, fica a dica indispensável: pessoal, comam verduras… mesmo que tenham dentes e sejam assustadoras.

EDIÇÃO 10/03: A Digitality Games é uma empresa portuguesa com grande potencial! (Obrigado pelo reparo, Alice Monteiro!)

Plataforma testada: PC

Trailer de Voltaire: The Vegan Vampire:

2 thoughts on “Análise jogos: Voltaire: The Vegan Vampire

  1. E para quem não sabe, a Digitality Games é portuguesa:
    “We’re a small team from Portugal that is really passionate about videogames and game development. We love to make our ideas come to life in a fun but challenging way. ‘HordeCore’ is our first indie game title.”

    Fantástico!

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