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Ronda de análises para a Switch: Animal Shelter, Road Builder, Cyber Citizen Shockman e Blazing Beaks

Switch

O Central Comics experimentou quatro jogos diferentes para a Nintendo Switch. Eis o que pensamos de cada um dos títulos.

Animal Shelter Simulator (Switch)

Por vezes, cada coisa tem o seu lugar e, quando saem de lá, perdem muito do seu brilho. Foi o que aconteceu ao Usain Bolt quando foi jogar futebol e a Animal Shelter Simulator quando a Ultimate Games decidiu implementar o jogo na Nintendo Switch — ambos até nem são maus no novo meio que escolheram, mas o pensamento de que não pertencem ali está constantemente a vir-nos à cabeça.

Animal Shelter Simulator é um jogo de simulação por excelência, daqueles que nos tentam aproximar o mais possível da experiência real. Neste género, se os controlos não forem intuitivos e representarem um obstáculo à jogabilidade, temos um problema, e foi precisamente isto que aconteceu na minha experiência. Gráficos, som, loop do jogo, mecânicas e conceito — achei tudo bom ou, no mínimo, aceitável. Ou seja, encontrei todos os ingredientes para tornar o jogo divertido… até ter de controlar o meu personagem com um comando! Ter de abrir e fechar portas, dar festinhas a cães, atirar bolas, apanhar cocós e navegar entre menus com um controlador da Switch acrescentou stress a uma experiência que devia ser uma relaxante.

O preço de 14,99 € até me pareceria adequado para PC (mas 10,00 € ficava-lhe melhor), mas para a Switch penso que esperaria por uma promoção.

Classificação: 6/10

Road Builder (Switch)

Prosseguimos com um jogo de puzzle puro e duro trazido pela MS Games: Road Builder. Neste título, assumimos o papel de um engenheiro de tráfego e cabe-nos seguir de nível em nível a encontrar as melhores soluções para ligar pontos de partida e pontos de chegada, com classificações de uma a três estrelas consoante a eficácia alcançada. O típico. Em termos de jogabilidade, destaco a forma como escolhemos os níveis, em que temos de guiar um carro e estacionar perto do nível que pretendemos jogar — é tão relevante para a progressão como a homeopatia é para curar a tuberculose, mas não deixa de ser giro.

Em termos de gráficos e som, é um jogo muito agradável e merece louvores por isso mesmo.

Disponível para a Switch por uns justos 8,99 €, Road Builder é um título simpático e uma boa adição a qualquer biblioteca de jogos.

Classificação: 6,5/10

Cyber Citizen Shockman (Switch)

Saltando dos puzzles para as plataformas, a nossa já conhecida Ratalaika Games recuperou um clássico da LLC Shinyuden e lançou Cyber Citizen Shockman para a Switch. Neste jogo inteiramente representativo do seu género, encontramos uma mecânica em que podemos rebobinar e andar com o tempo para trás. É uma mecânica que, tal como a Catarina Furtado, não é nova, mas continua a ser bonita de se ver.

Gráficos e som emulam o estilo dos anos 80 à risca — quase demasiado, diria eu.

Não me encantou, mas a 5,99 €, também ninguém fica pobre. Parece-me um título adequado aos colecionadores de clássicos ou de jogos de plataformas.

Classificação: 5,5/10

Blazing Beaks (Switch)

Uma bela caça ao pato encerra esta ronda de análises. Mantendo o tom dos jogos fiéis ao seu género, Blazing Beaks é um roguelike de raiz desenvolvido pela Applava e distribuído pela QubicGames S.A. Na minha opinião, a palavra de ordem neste título é diversão. O jogo é relativamente simples, numa progressão em que assumimos o papel de um dos patinhos disponíveis e temos de enfrentar nível a nível, com dificuldade crescente, com algumas lojas ou tesouros pelo meio e dezenas de armas diferentes por onde escolher. A jogar sozinho, é bom, a jogar a dois, é extremamente divertido — decidi experimentar o jogo com a minha namorada e, durante as diferentes rondas e modos de jogo, as tivemos as mais intensas e hilariantes discussões que alguma vez aconteceram na nossa relação. Muito bom!

Os gráficos e a arte são bons, mas o som e a música são, na minha opinião, fenomenais e transmitem exatamente o sentido de ação e tensão que o jogo impõe.

Para mim, depois de experimentar, os 14,99 € que custam este título parecem-me adequados, mas suponho que não venha mal ao mundo se esperarem por uma promoção.

Classificação: 7/10

Para terminar, fica a dica indispensável: é engraçado notar que só a jogar videojogos é que podemos chamar traidora à nossa cara-metade entre uma boa gargalhada.

Plataforma testada: Nintendo Switch

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