Jogos: WWE 2K25 – Análise
A 2K regressa aos ringues com WWE 2K25, que regressa como um gigante, mas ainda com algumas feridas antigas.
Jogo: WWE 2K25
Disponível para: PC, PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One, Xbox Series
Versão testada: PlayStation 5
Desenvolvedor: Visual Concepts
Editora: 2K
Vindo de um velho fã de Wrestling, tenho jogado todos os anos os jogos da gigante da luta livre norte-americana. Além disso, acompanho semanalmente as histórias que se desenrolam no ringue e não perco um único evento, estando sempre atento. Claro que, quando WWE 2K25 foi lançado, tive de saltar para a primeira fila para ver o que havia de novo.
Não se enganem, WWE 2K25 mantém a fórmula estabelecida: um misto de combate baseado em simulação e jogabilidade de reação rápida. Carregar freneticamente nos botões não levará a parte alguma, pois reversões e contra-ataques bem cronometrados desempenham um papel crucial na vitória. O regresso do Chain Wrestling adiciona uma camada estratégica, mas algumas mecânicas continuam frustrantes — especialmente o sistema de esquiva, que parece pouco responsivo se dependermos apenas dos comandos no ecrã.
Os finishers e movimentos assinados continuam com animações longas, uma marca da série que pode ser emocionante ou cansativa, dependendo da paciência do jogador. Entre as novidades, destacam-se os combates intergénero e um mini-jogo de submissão reformulado, que trazem mais variedade. Além disso, os saltos contra barricadas e as melhorias nas lutas de escadote introduzem novas dinâmicas aos combates mais extremos.
WWE 2K25 vem carregado de conteúdo. O MyRise apresenta um modo carreira envolvente, onde os jogadores guiam um Superstar personalizado numa jornada estilo RPG. Este ano, a história gira em torno da guerra entre o NXT e o main roster, oferecendo caminhos alternativos e boa rejogabilidade.
O Universe Mode continua a permitir aos jogadores gerir os seus próprios espetáculos, agora com a capacidade adicional de criar rivalidades e promos de forma mais orgânica. Já o MyGM regressa com melhorias na mecânica de booking, exigindo uma gestão cuidadosa do plantel para equilibrar a satisfação dos fãs e dos lutadores. A inclusão de eventos PLE (antigos PPV) com múltiplas marcas é uma adição bem-vinda.
O modo The Island, exclusivo para consolas de nova geração, serve como um centro online onde os jogadores podem explorar distritos, completar desafios e enfrentar batalhas sociais. No entanto, a ausência de um mapa pode tornar a navegação frustrante.
O Showcase Mode centra-se na linhagem samoana do wrestling, destacando Roman Reigns, Yokozuna e os Headshrinkers. Embora o conceito seja forte, a execução tropeça. Os combates exigem que os jogadores realizem movimentos altamente específicos, o que pode parecer mais uma tarefa aborrecida do que um desafio envolvente. Além disso, algumas imprecisões históricas (como erros nos comentários) podem irritar os fãs mais exigentes.
Visualmente, WWE 2K25 mantém um nível elevado, mas sem dar um grande salto face ao seu antecessor. Os modelos dos lutadores estão detalhados, mas algumas personagens apresentam expressões faciais estranhas, como Alundra Blayze e Rocky Maivia. As animações continuam fluidas e a reação do público está mais dinâmica, aumentando a imersão.
A banda sonora mistura rock, hip-hop e metal, com algumas faixas de destaque. No entanto, as vozes nem sempre convencem, com alguns Superstars a oferecerem performances convincentes, enquanto outros parecem desinteressados. Os comentários continuam a ser um ponto fraco, muitas vezes sem a energia e precisão que os fãs esperam.
No entanto, apesar do polimento geral, o conteúdo reciclado é notório. O MyRise reutiliza recursos de jogos anteriores e algumas animações parecem intocadas. A IA pode ser frustrantemente agressiva, castigando os jogadores com ataques incessantes que soam mais injustos do que desafiantes. Além disso, as práticas de DLC continuam polémicas, com lutadores populares bloqueados atrás de paywalls.
Resta concluir que, WWE 2K25 é uma edição sólida da franquia, mas carece de inovação significativa. As mecânicas familiares e os pequenos refinamentos fazem deste o melhor jogo da série até à data, mas os jogadores veteranos poderão sentir um forte déjà vu.
Nota: 8/10
Um pequeno ser com grande apetite para cinema, séries e videojogos. Fanboy compulsivo de séries clássicas da Nintendo.