Jogos: TOHU – Análise

Os point-and-click de outrora criaram muitas e boas memórias de horas passadas a explorar diferentes cenários, investigar cada detalhe e clicar, à espera que algo aconteça. Muitas vezes, o interesse das histórias eram amplificadas pela sua componente interactiva, algo que continuou a evoluir. No caso de TOHU, é um regresso a uma altura mais básica, onde cada mecânica tem um propósito para contar a sua história.

Conhecemos uma rapariga sem nome, com a habilidade de se transformar num robô forte, enquanto vive num mundo às costas de um peixe. É uma premissa algo bizarra, mas TOHU faz disso o seu charme; sobretudo quando vemos o nosso peixe-planeta à beira da morte, após a intervenção maliciosa de um homem sombra.

Com o objectivo bem definido, cabe a nós explorar cada um dos diferentes níveis, resolvendo diversos puzzles e desafios, esperando resolver a crise existencial actual. Acompanhado está uma belíssima arte visual, onde cada desenho parece estar ali por algum motivo, nem que seja para esboçar um sorriso na nossa cara.

Por outro lado, TOHU pode ser concluído num par de horas sem qualquer problema, apenas mostrando-se verdadeiramente desafiante em alguns puzzles de resolução menos óbvia, o que é relativamente frequente. Felizmente existe quantidade, variedade e alguma originalidade ao encará-los, desde ligar um sistema florestal, a utilizar um tabuleiro de Ouija, a preparar um ritual para um pequeno povo; uma vez concluídos, existe um enorme sentimento de satisfação de ter completado com sucesso o que nos foi posto à frente.

Mais que um jogo, TOHU é uma experiência muito divertida, cuja repetibilidade é atenuada pelos diferentes puzzles a cada momento e compensada pela incrível arte, que anima o jogo.

Nota Final: 8/10

TOHU está disponível para Xbox One (versão testada), PlayStation 4, Nintendo Switch, PC e Google Stadia.