Jogos: Phantom Breaker: Battle Grounds Ultimate – Análise
Phantom Breaker: Battle Grounds Ultimate é tudo o que uma remasterização de um beat-’em-up deveria ser.
Jogo: Phantom Breaker: Battle Grounds Ultimate
Disponível para: PC, Nintendo Switch, PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One, Xbox Series
Versão testada: Nintendo Switch
Desenvolvedores: Rocket Panda Games Japan
Editora: Rocket Panda Games
Para quem não conhece Phantom Breaker: Battle Grounds, trata-se de um derivado dos jogos de luta Phantom Breaker, lançado originalmente em 2013. Nesta remasterização, o jogo foi reconstruído do zero na Unreal Engine 5, e não se limitou a atualizar os visuais: aperfeiçoou a jogabilidade, adicionou novas funcionalidades e expandiu a experiência de formas que os fãs esperavam há anos.
O jogo chama logo a atenção com a sua apresentação vibrante, em estilo chibi e sprites em pixel-art, que, combinados com cenários inspirados em manga, criam uma experiência nostálgica, mas elegante. Embora alguns possam achar os efeitos de brilho um pouco excessivos, o polimento visual é inegável. A nível de áudio, Battle Grounds Ultimate aposta forte no estilo retro. O design sonoro pode ser algo desequilibrado — alguns itens soam como toques de telemóvel dos anos 2000 — mas o jogo compensa com não uma, mas três bandas sonoras diferentes, incluindo uma versão remixada da banda sonora clássica.
Essencialmente, Battle Grounds Ultimate é um beat-’em-up clássico com um toque moderno. A acção é rápida, caótica e surpreendentemente profunda, graças a sistemas de progressão ao estilo RPG e a árvores de movimentos específicas para cada personagem. Seja a destruir máquinas de venda automática demoníacas ou a enfrentar otakus choramingas, há variedade suficiente para manter os jogadores envolvidos.
Embora o modo história — centrado numa missão de resgate através de fendas temporais — não seja particularmente inovador, cumpre bem a sua função, oferecendo estrutura e carisma. A dobragem é mínima, mas relevante, especialmente com o regresso de vozes conhecidas de Steins;Gate, que emprestam vida a personagens convidadas familiares.
As opções multijogador, tanto locais como online, aumentam significativamente a rejogabilidade, e a adição dos modos Arcade e Battle garante que não faltam actividades depois de terminar a história. Apesar de algumas pequenas falhas visuais e de controlo, Phantom Breaker: Battle Grounds Ultimate é um pacote coeso, vistoso e incrivelmente divertido.
Em suma, esta remasterização não é apenas uma actualização visual — é uma revitalização de um título que já tinha alma. Agora, tem também músculo a condizer. Fãs de beat-’em-ups, tomem nota: este jogo dá murros bem acima da sua categoria.
Nota: 8.5/10
Um pequeno ser com grande apetite para cinema, séries e videojogos. Fanboy compulsivo de séries clássicas da Nintendo.