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Jogos: Forspoken – Análise

Forspoken chega como exclusivo à consola de última geração da Sony e ao computador, mas será tudo o que a Square Enix prometia?

Forspoken  

Falar de Forspoken pode ser uma conversa um pouco complicada de se ter, especialmente por toda a polémica em que se envolveu na comunidade mundial de jogadores, porque, vamos ser sinceros, a primeira impressão que tivemos do jogo através de uma demonstração gratuita proporcionada pela Square Enix não foi, definitivamente, das melhores. Era um jogo que prometia mundos e fundos, mas que, no final de contas, oferecer uma experiência medíocre aos olhos da maioria dos jogadores que estavam curiosos por experienciar esta nova aventura.

A história que nos é apresentada em Forspoken é um tipo de história que acaba por ser já bastante repetida, a história do herói relutante. Neste caso, o nosso herói é uma heroína chamada Frey, que é transportada juntamente com uma bracelete mágica de Nova York para o mundo de Athia. Mundo este que está sob o reino de Tantas e amaldiçoada por um poder corrupto chamada Break, que infetou a maioria dos animais e humanos que naquele mundo vivia. Uma história simples que, com a ajuda de algumas personagens que até vão ficar nas nossas memórias nos próximos tempos, é construída ao longo de 12 capítulos.

Forspoken

No entanto, é em Athia que nos deparamos com o nosso primeiro grande ponto fraco: o cenário. Compreendo perfeitamente a ideia de tudo estar em ruínas, especialmente para dar uso a uma habilidade que mais frente vou falar, no entanto, o facto de termos cenários fantásticos de um lado e um campo demasiado vazio do outro, acaba por deixar o jogador um pouco indeciso, pois não sabe qual a visão artística da produtora em relação ao jogo. Aproveitando que falamos em pontos fracos, gostaria de referir que os diálogos definitivamente não são os melhores: Frey é uma personagem que vem de uma cidade enorme e, por culpa das circunstâncias, acaba por ter um pouco de palavreado “de rua”, levando a que algumas das situações que consideraríamos sérias se tornem uma valente risota pela forma como são tratadas pela nossa personagem principal. Em contraste, “Cuff”, a nosssa bracelete, consegue ter um diálogo mais sério, mas que mesmo assim, continua bastante fraco.

Por outro lado, existem dois pontos fenomenais neste jogo, nomeadamente o sistema de combate e exploração e a banda sonora do jogo quando existente. Vamos por partes: o sistema de exploração e combate tem como base uma ideia que acaba por ser bastante aprofundada no jogo, nomeadamente o parkour. Durante todo o jogo temos a possibilidade de andar às cambalhotas, saltos e a correr feitos doidos por Athia, habilidades essas que também vamos melhorando ao longo do jogo, fazendo com que cada manobra que façamos seja completamente diferente dependendo do momento de jogo em que estamos. Combinando este pormenor com os poderes da bracelete, torna-se interessante a forma como conseguimos esquivar do inimigo enquanto o atacamos e tentamos melhorar o nosso estilo de combate. Além disso, quando existe banda sonora, é interessante ver a mescla entre a música urbana e a música medieval, levando a que em certos momentos, estes dois géneros completamente distintos se entrelacem.

Forspoken

Resta concluir que, Forspoken é um jogo que prometeu demais e só conseguiu entregar um pouco dessas promessas. Não quer isso, no entanto, dizer que se trata de um jogo mau, antes pelo contrário, é um jogo divertido que poderá trazer momentos de diversão aos jogadores e uma história épica (com falas épicas no mau sentido) que irá satisfazer quem o jogar.

Nota Final: 8/10

Forspoken está disponível para PlayStation 5 e PC

 

Developer: Luminous Productions

Editora: Square Enix

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