Central Comics

Banda Desenhada, Cinema, Animação, TV, Videojogos

Jogos: DreadOut: Remastered Collection – Análise

A série de terror indonésia DreadOut chegou finalmente às consolas modernas com a sua Remastered Collection, mas peca em alguns momentos.

   DreadOut: Remastered Collection

Jogo: DreadOut: Remastered Collection
Disponível para: Nintendo Switch, PlayStation 4, PlayStation 5
Versão testada: Nintendo Switch
Editora: SoftSource Publishing

DreadOut: Remastered Collection

Nesta nova versão, temos reunidos o DreadOut original e a expansão independente, DreadOut: Keepers of the Dark, onde somos convidados a reviver as aventuras sobrenaturais de Linda numa cidade assombrada na Indonésia.

A Remastered Collection oferece uma experiência familiar para quem já jogou a série Project Zero. Os jogadores assumem o papel de Linda, uma estudante do ensino secundário que fica presa, juntamente com os colegas, numa cidade abandonada e assustadora. As principais ferramentas para a sobrevivência são um smartphone e uma câmara SLR, ambos essenciais para enfrentar fantasmas e descobrir caminhos ocultos. A premissa, com alusões ao folclore e à mitologia indonésia, dá um toque refrescante ao género de terror.

Infelizmente, a execução deixa a desejar. Embora a atmosfera sombria por vezes consiga proporcionar sustos genuínos, a experiência é prejudicada por controlos desajeitados, objetivos repetitivos e mecânicas pouco intuitivas. O sistema de câmaras, que funciona tanto como arma quanto como guia, é afetado por uma implementação desajeitada e controlos pouco responsivos, tornando as batalhas contra bosses frustrantes e aborrecidas. O sistema de limbo, que permite a Linda reviver após a morte, também se torna um processo cansativo devido aos longos tempos de carregamento.

DreadOut: Remastered Collection

A dependência do jogo em puzzles vagos é outra grande desvantagem. Sem orientações claras, os jogadores frequentemente encontram-se a vaguear sem rumo, à procura de itens ou a tirar fotografias aleatórias na esperança de progredir. Esta abordagem pode agradar aos fãs mais dedicados de survival horror, mas é provável que frustre a maioria dos jogadores.

A expansão independente, DreadOut: Keepers of the Dark, destaca ainda mais os defeitos do jogo. Esta experiência de combate contra bosses envia Linda para diversos reinos para enfrentar espíritos poderosos, mas recicla muitos dos recursos do jogo original e reforça as suas falhas, resultando em jogabilidade superficial e poucas recompensas.

Visualmente, a versão remasterizada é dececionante. Apesar das texturas e da iluminação atualizadas, DreadOut continua a parecer datado. Os cenários assustadores e os designs dos fantasmas destacam-se ocasionalmente, mas são prejudicados por animações rígidas e ambientes sem vida. Já o design de som apresenta melhores resultados, com efeitos sonoros arrepiantes e uma banda sonora inquietante que adicionam a tão necessária tensão.

DreadOut: Remastered Collection

Em conclusão, a DreadOut: Remastered Collection é uma viagem nostálgica para quem experimentou o original no PC, mas luta para encontrar o seu lugar no panorama atual dos jogos de terror. Embora o foco no folclore indonésio seja digno de mérito, a jogabilidade desajeitada, os visuais ultrapassados e as mecânicas frustrantes tornam difícil recomendá-la a novos jogadores.

Nota: 5/10

António Moura

Um pequeno ser com grande apetite para cinema, séries e videojogos. Fanboy compulsivo de séries clássicas da Nintendo.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Verified by MonsterInsights