Jogos: Aureole: Wings of Hope – Análise
Aureole: Wings of Hope transforma uma piada divina num platformer celestial.
Jogo: Aureole: Wings of Hope
Disponível para: PC, Nintendo Switch, PlayStation 5, Xbox One, Xbox Series
Versão testada: Nintendo Switch
Desenvolvedor: Team Stargazers
Editora: Jandusoft
Aureole – Wings of Hope é o resultado de levar a sério uma ideia que parecia apenas uma brincadeira. Imagina alguém dizer: “E se o Sonic fosse só sobre os anéis?” e depois decidir mesmo fazer esse jogo. Foi exatamente isso que a equipa que desenvolveu Aureole: Wings of Hope fez — e o mais surpreendente é que resultou numa experiência refrescante e divertida.
Em Aureole, o jogador não controla diretamente a personagem, mas sim a sua auréola. Ramila, uma anja preguiçosa, precisa de levar a alma do anjo Ryleth (agora preso no objeto sagrado) através de níveis cada vez mais perigosos no Céu, após uma invasão demoníaca. Lançar a auréola, controlar o seu voo, fazer investidas e embater contra superfícies faz parte de uma mecânica que mistura a velocidade de Sonic com a precisão de Celeste — com um toque muito próprio e celestial.
Não há movimento tradicional aqui — apenas física, inércia e impulso. Cabe ao jogador alinhar os lançamentos, combinar acrobacias no ar e enfrentar o relógio em percursos sinuosos e cheios de obstáculos. O objetivo? Conquistar medalhas de bronze, prata ou ouro e aperfeiçoar os tempos. Para os fãs de speedruns, há muito para explorar.
O jogo também surpreende com uma camada narrativa que toca em temas como fé e identidade, com diálogos longos e frequentes. Estão bem escritos, mas a ausência de uma opção para os saltar pode ser frustrante para quem quer apenas jogar.
Ainda assim, Aureole – Wings of Hope mistura charme, desafio e criatividade numa experiência indie que prova que até géneros clássicos ainda têm asas para voar.
Nota: 6,5/10
Um pequeno ser com grande apetite para cinema, séries e videojogos. Fanboy compulsivo de séries clássicas da Nintendo.