Jogos: Atomic Heart – Análise
Atomic Heart chega aos principais sistemas com a vontade de ser um sucessor espiritual de Bioshock. Mas será que vontade é o suficiente?
Quando ouvi falar pela primeira vez em Atomic Heart, fiquei curioso, principalmente porque parecia apostar num visual arrojado e numa história que, por norma, não é olhada com demasiada atenção. Acabamos por falar de um mundo distópico, que serve como uma realidade alternativa em que a União Soviética ainda existe e controla grande parte do mundo.
Porém, um dos ponto-chave deste jogo acaba por ser a convivência em harmonia entre humanos e robôs, algo que já foi explorado nos mais variados tipos de media. No entanto, em Atomic Heart parece ter um foco especial, pois parte da história está à volta do momento em que as máquinas decidem revoltarem-se contra os seus criadores. Mais uma vez estamos a falar de um tema já explora, mas que, ao mesmo tempo acaba por tornar-se interessante por conta da qualidade gráfica e pela história que nos é contada pelo caminho.
Além disso, a jogabilidade é incrivelmente…má. Temos acesso a uma luva com vários poderes e funções, mas a forma como a podemos utilizar por vezes não é a mais correta e acessível. Para terem noção, depois de me terem explicado durante alguns momentos como utilizar funções da luva, senti que não estava a conseguir progredir nem a conseguir fazer o que queria por conta do esquema de botões que tínhamos de utilizar. As armas, por outro lado, estão bem conseguidas e são utilizáveis o quanto basta, são armas, não é preciso um raciocínio demasiado grande para as utilizar.
Graficamente, tal como já disse, Atomic Heart é um dos jogos que em termos de visual na nova geração está incrível. Parece mesmo que o jogo foi feito para esta última geração com o propósito de mostrar o que está para vir por aí. Porém, em termos técnicos consegue falhar um pouco a mais do que devia, pois, o jogo encontra-se cheio de problemas de performance e bugs. Por vezes, para completar uma secção é preciso reiniciar o jogo pois as coisas de que necessitamos não estão presentes no momento necessário, tornando-se assim um jogo um pouco aborrecido por conta desses problemas.
Resta concluir que, Atomic Heart é um jogo com um tema bastante interessante e que podia ser uma demonstração técnica e gráfica do que poderá surgir nos próximos anos, mas por conta dos seus erros e problemas de performance torna-se um jogo passável e que apenas com várias atualizações poderá ascender ao território de um grande jogo. Por enquanto, torna-se apenas uma experiência que ficou aquém das expectativas.
Nota Final: 6/10
Atomic Heart está disponível para PlayStation 5, PlayStation 4, Xbox One, Xbox Series X e Series S e Microsoft Windows
Desenvolvedora: Mundfish
Editora: Focus Entertainment
Um pequeno ser com grande apetite para cinema, séries e videojogos. Fanboy compulsivo de séries clássicas da Nintendo.