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Festival Entre Olhares 2025: O Barreiro celebra o cinema

De 1 a 10 de novembro, o Barreiro volta a transformar-se num ponto de encontro entre cineastas, públicos e ideias com a nova edição do Festival Entre Olhares. Em 2025, o evento entra numa nova fase da sua história ao inaugurar, pela primeira vez, as competições oficiais de longas e curtas-metragens, distinguindo as obras com a Garça de Ouro, símbolo maior do festival.

Festival Entre Olhares 2025

Mais do que uma mostra cinematográfica, o Entre Olhares afirma-se como um espaço de diálogo com a realidade, promovendo o cinema como ferramenta de reflexão e partilha. A programação desta edição reúne filmes que exploram temas urgentes — do luto à imigração, da identidade à gentrificação —, traçando um retrato plural das inquietações contemporâneas.

A Memória do Cheiro das Coisas de António Ferreira
A Memória do Cheiro das Coisas

Entre as longas-metragens em competição, destacam-se A Memória do Cheiro das Coisas de António Ferreira, Somos Dois Abismos de Kopal Joshy, Filhos do Meio – Hip Hop à Margem de Luís Almeida, C’est Pas La Vie en Rose de Leonor Bettencourt Loureiro e Explode São Paulo, Gil de Maria Clara Escobar.

Na competição de curtas, marcam presença títulos como Pietra de Cynthia Levitan, Pássaro Azul de Miguel Munhá, Canto de Guilherme Daniel, Antígona, ou a História de Sara Benoliel de Francisco Mira Godinho, Francisco Perdido de Frederico Mesquita, Atom & Void de Gonçalo Almeida, Rui Carlos de Margarida Paias e Foi com o Mar de Matilde César, entre outros.

de Gonçalo Almeida, ATOM & VOID
ATOM & VOID

A secção Curtas à Primeira Vista reforça o compromisso do festival com as novas gerações, exibindo filmes de estudantes e jovens cineastas como Quatro em Linha de Clara Figueiredo, Pequeno País de Nicolau Botequilha, Turno da Noite de Pedro Cunha e Uma Mulher do Género de Raquel de Lima.

Já as secções não competitivas continuam a marcar o espírito aberto do Entre Olhares. Olhar o Mundo, Territórios, Narrativas em Contraste e Caminhos Alternativos exibem obras de realizadores como Bruno Carnide, Welket Bungué, Tiago Rosa-Rosso, José Magro e Ágata de Pinho, entre muitos outros.

Borbulha
Borbulha

O festival mantém uma forte aposta educativa, com a Secção Juvenil e sessões pensadas para escolas, incentivando a formação de públicos e a literacia cinematográfica. Na vertente profissional, a secção Indústria – Novos Olhares apoia cineastas até aos 35 anos através de um pitch competitivo que oferece serviços técnicos e logísticos para a concretização de curtas-metragens.

Com uma ligação estreita ao território, o Entre Olhares reforça a sua dimensão comunitária: os bilhetes mantêm preços acessíveis e o público beneficia de transporte gratuito nos Transportes Coletivos do Barreiro, promovendo a mobilidade e a inclusão.

UMA MÃE VAI À PRAIA Pedro Hasrouny
Uma Mãe Vai à Praia

Nascido com a ambição de colocar o Barreiro no mapa dos grandes encontros cinematográficos do país, o Entre Olhares consolidou-se como um festival de referência no panorama regional e nacional. Em 2025, reafirma essa vocação com uma programação que une descoberta, reflexão e futuro.

De 1 a 10 de novembro, o Barreiro volta a ser capital do cinema, transformando-se num espaço de encontro entre visões e vozes que, através da sétima arte, continuam a procurar novas formas de olhar o mundo.

Ricardo Lopes

Começou a caminhar nos alicerces de uma sala de cinema, cresceu entre cartazes de filmes e película. E o trabalho no meio audiovisual aconteceu naturalmente, estando presente desde a pré-produção até à exibição.

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