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Doclisboa 2025: os vencedores

A 23.ª edição do Doclisboa anunciou os seus vencedores, numa cerimónia realizada na Culturgest e seguida pela exibição de A Árvore do Conhecimento, de Eugène Green, filme de encerramento do festival. O evento marcou o fim de onze dias de celebração do cinema documental, que reuniu cerca de 20 mil espectadores e mais de 300 convidados internacionais.

O Grande Prémio Cidade de Lisboa foi atribuído a The Night Is Fading Away / La Noche Está Marchándose Ya, de Ezequiel Salinas e Ramiro Sonzini (Argentina). Segundo o júri, trata-se de “uma obra que celebra o cinema como a derradeira aventura colectiva, onde a imaginação e a solidariedade iluminam o caminho na escuridão.”

O Prémio Doclisboa do Júri da Competição Internacional distinguiu Tell Me a Fairy Tale / Ji Min Re Çîro Kek Beje, de Ebrû Avci (Turquia), “um filme elegante e honesto, que revela o quanto se pode dizer com tão pouco.”
Já o Prémio Médicos Sem Fronteiras – Portugal para Melhor Realização foi entregue a Fantasy / Fantaisie, de Isabel Pagliai (França), descrito como “um retrato íntimo e visceral do luto e do amor.”

Água Mãe, de Hiroatsu Suzuki e Rossana Torres
Água Mãe, de Hiroatsu Suzuki e Rossana Torres

O Prémio Doclisboa para Melhor Filme Português foi conquistado por Água Mãe, de Hiroatsu Suzuki e Rossana Torres, “uma obra elegante e corajosa que eleva o quotidiano ao sublime.”
O Prémio Sociedade Portuguesa de Autores distinguiu As Estações / The Seasons, de Maureen Fazendeiro, “um filme táctil e envolvente, que combina um passado descoberto com um presente fora do tempo.”

O Prémio Escola – ETIC foi entregue a Explode São Paulo, Gil / Gil, Let’s Explode São Paulo, de Maria Clara Escobar, um “trabalho colaborativo de sensibilidade punk e generosidade.” Complô, de João Miller Guerra, recebeu uma menção honrosa.

Na Competição Verdes Anos, o Prémio Conserveira de Lisboa foi para Ping Pong, de Tianji Yu, e o Prémio Pedro Fortes para Melhor Realização Portuguesa distinguiu Se Eu Não Morresse Nunca! / If I Would Never Die!, de David Falcão. A curta I Lit the Fire! / Men ottu kuyguzdum!, de Valeria Lemeshevskaya (Quirguistão, Bielorrússia, Azerbaijão), recebeu menção honrosa.

Se Eu Não Morresse Nunca!, de David Falcão
Se Eu Não Morresse Nunca!, de David Falcão

Na Competição Transversal, o Prémio Revelação – Doclisboa para Melhor Primeira Longa-Metragem foi atribuído a Under the Flags, the Sun / Bajo las Banderas, el Sol, de Juanjo Pereira (Paraguai), enquanto Do You Love Me, de Lana Daher (França, Catar, Líbano, Alemanha), recebeu menção honrosa.

O Prémio para Melhor Curta-Metragem distinguiu Baumettes Studio / Studio Baumettes, de Hassen Ferhani (França), e o Prémio Lugares de Trabalho Seguros e Saudáveis – Agência Europeia para a Segurança no Trabalho foi entregue a Wishful Filming, de Sarah Vanagt (Bélgica).

Nos prémios do público, Aurora, de João Vieira Torres, venceu o Prémio do Público Legal Partners Direitos e Liberdades, enquanto Soco a Soco / Punch for Punch, de Diogo Varela Silva, recebeu o Prémio Canais TVCine.

A cerimónia incluiu ainda uma homenagem à cineasta, montadora e atriz Patrícia Saramago, falecida na passada quinta-feira, recordada como uma presença fundamental do cinema português contemporâneo.

As sessões dos filmes premiados decorrem nos dias 27, 28 e 29 de outubro, no Cinema Ideal.

Com um balanço amplamente positivo, o Doclisboa 2025 confirmou-se como um dos mais importantes festivais de cinema documental da Europa, reafirmando o seu compromisso com a diversidade, o risco e o olhar crítico sobre o mundo.

O festival regressa em 2026, de 15 a 25 de outubro, com a Grécia como país convidado.

Ricardo Lopes

Começou a caminhar nos alicerces de uma sala de cinema, cresceu entre cartazes de filmes e película. E o trabalho no meio audiovisual aconteceu naturalmente, estando presente desde a pré-produção até à exibição.

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