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Cinema: Crítica – O Regresso de Mary Poppins (2018)

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Tudo é possível, até o impossível! A magia das sequelas da Disney renasce em O Regresso de Mary Poppins. Um filme para toda a família que promete manter-se fiel à sua origem clássica. Nos cinemas a 20 de dezembro 2018.

Realizado por Rob Marshall (Caminhos da Floresta, Chicago), Mary Poppins, interpretada por Emily Blunt, regressa para tomar conta das crianças Banks, Anabel (Pixie Davies), John (Nathanael Saleh) e Georgie (Joel Dawson) que vivem num ambiente extremamente melancólico após a morte da sua mãe. O seu pai, Michael Banks (Ben Whishaw), e respetiva irmã, Jane Banks (Emily Mortimer), fazem os possíveis para salvar esta família da miséria. Todavia, um empréstimo passado obriga-os a ponderar deixar a sua casa, sendo a sua única salvação as ações deixadas pelo pai de Michael Banks.

Mary Poppins e Jack (Lil Manuel Miranda), um acendedor de candeeiros de rua, esforçam-se para devolver a esperança a esta família. É fascinante como a personagem de Mary Poppins em O Regresso de Mary Poppins consegue funcionar como uma figura fantasma. Mais concretamente, continua a negar as suas ações mágicas que são criadas de um modo encantador pela equipa técnica do filme, mas também a forma como interage nas decisões da família Banks. As suas músicas são uma espécie de impulso e encorajamento para que esta família confie em si mesma e aprenda a tomar as decisões acertadas, havendo eventualmente uma ajuda mágica pelo caminho para que tudo corra bem.

Emily Blunt consegue encarnar na perfeição esta personagem, mostrando um lado seu completamente oposto a filmes como Um Lugar Silencioso ou A Rapariga no Comboio. A sua personalidade séria, determinada, mas também positiva e alegre, torna-se deslumbrante no ecrã e é capaz de transmitir bons valores à nova geração Banks. Existe sempre um equilíbrio entre a responsabilidade e diversão nas tarefas que entrega aos mais novos, demonstrando que é efetivamente um filme que entretém mas que pretende ensinar os pais e mais novos a reflectirem. Expressões claras como “Uma capa não é um livro” fazem parte das suas canções, a qual é provavelmente uma das músicas que se destacará mais no legado do filme. Além da letra estar bem construída, passa-se num mundo animado ao estilo clássico 2D da Disney que cria uma nostalgia enorme numa actualidade em que a maioria das animações são em 3D.

Além disto, é importante mencionar que todas as músicas estão bem implementadas no enredo e fornecem detalhes importantes ao mesmo. Desde coreografias à volta de um simples banho na banheira que vai dar a um grande oceano, os acendedores de rua a ajudarem a trazer luz e vida a Londres, uma viagem aérea com balões ou um momento pensativo acerca da mãe falecida. O filme cria um conjunto diverso de emoções com a sua banda-sonora original e personagens tocantes e fascinantes, o qual não seria possível sem o seu elenco excepcional, desde à nova geração Banks interpretada por actores extremamente jovens aos mais veteranos.

Por fim, resta mencionar o excelente trabalho de guarda-roupa, cenografia e efeitos especiais que tornam a magia do filme possível. É sem dúvida um dos melhores musicais lançados na última década e que oferece uma obra emocionante e optimista para toda a família.

  • O Regresso de Mary Poppins estreou a 20 dezembro nos cinemas

8/10

Tiago Ferreira

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