Crítica: Missão Greyhound
Depois de ser o protagonista do aclamado O Resgate do Soldado Ryan e produtor executivo das séries Irmãos de Armas e The Pacific, Tom Hanks regressa à Segunda Guerra Mundial, com Missão Greyhound.
Tom Hanks é o protagonista e argumentista de Missão Greyhound, uma história inspirada em factos verídicos que aconteceram durante a Segunda Guerra Mundial.
Ao liderar um grupo de navios, numa missão através do Atlântico para levar milhares de soldados e mantimentos às forças aliadas, na sua primeira missão o Capitão Ernest Krause enfrenta uma intensa batalha para proteger os navios de ataques inimigos.
O argumenta adapta para o grande ecrã o livro “The Good Shepard” de C.S. Forester, romancista britânico que alcançou a fama com as suas histórias sobre batalhas navais históricas.
Esta história da Segunda Guerra Mundial é bastante modesta. Apesar da dramatização ser intensa e a batalha naval bastante empolgante, Missão Greyhound nunca chega a ser um épico da Segunda Guerra Mundial.
A bordo do USS Keeling, conhecido como Greyhound, durante 70 minutos assistimos às ordens do Capitão Krause. O desenvolvimento das personagens é praticamente inexistente. O filme começa com uma breve cena de Tom Hanks com Elisabeth Shue, onde o espectador fica a conhecer o que os une bem como a inexperiência da personagem interpretada por Hanks ao comando de um navio assim como em combate. A partir desse momento é um filme de acção. Todos os instantes são dedicados às batalhas, enquanto Krause e a sua tripulação tentam sobreviver aos constantes ataques dos submarinos na viagem pelas águas mortíferas do Atlântico.
O filme é realizado por Aaron Schneider (Get Low – A Lenda de Felix Bush) que assume a constante batalha para manter ritmo e acaba por evitar os cortes melodramáticos. Destaque ainda para a cinematografia de Shelly Johnson (Capitão América: O Primeiro Vingador) e a maneira como usa a cor, recuperando a fotografia usada na época em que o romance foi publicado, 1955.
Missão Greyhound é mais uma vítima do encerramento dos cinemas norte-americanos, tendo o lançamento acontecido na plataforma Apple TV.
Este filme deveria ser visto numa sala de cinema para desfrutarmos de toda a envolvência sonora e a grandiosidade da acção na tela.
Nota crítica 6/10
A Fábrica dos Sonhos (DREAMBUILDERS)
Começou a caminhar nos alicerces de uma sala de cinema, cresceu entre cartazes de filmes e película. E o trabalho no meio audiovisual aconteceu naturalmente, estando presente desde a pré-produção até à exibição.