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Cinema: Crítica – Willy’s Wonderland (2021)

Nicolas Cage é nesta altura do campeonato uma entidade que pode ser considerada um sub-género do cinema em si. Mais recentemente, o actor tem apostado em narrativas ligadas ao terror e ao fantástico, desta vez com um grande desafio, na forma de Willy’s Wonderland.

Um homem misterioso (Cage) acaba com os pneus furados numa pequena cidade no meio dos Estados Unidos. O mecânico, apenas aceitando pagamento em dinheiro para o arranjo, e o homem não conseguindo pagar, estes acordam um pagamento em forma de trabalho – a limpeza de Willy’s Wonderland. O que o homem não sabe é que por dentro escondem criaturas animatrónicas mortais, e que ele está prestes a ser sacrificado. Entretanto um grupo de jovens, liderado por Liv (Emily Tosta), fazem de sua missão libertar o homem do perigo, antes que seja tarde demais.

Este Chuck E. Cheese do inferno está repleto de momentos de filme de série-B, onde as circunstâncias criam tanto terror quanto comédia, mantendo as coisas num nível decente de entretenimento. Por vezes, a bizarria acaba por vir quando vemos os ditos monstros e as músicas que cantam antes e durante o causar o caos, fazendo alguma impressão.

Nada a não ser o presente interessa para o contexto de Willy’s Wonderland. Não sabemos quem é The Janitor, personagem a que Cage acaba por ser associado, nem porque não diz uma única linha de diálogo durante a hora e meia de filme, o que poderá ser considerado um decisão ousada e um desafio para o actor. Fora uma explicação superficial de como o restaurante acabou por ser o sítio mais infeliz na Terra, a acção é maioritariamente focada na sobrevivência, ou no caso de The Janitor, chegar de manhã com o local limpo, para reaver o seu carro.

Ainda que Kevin Lewis e G.O. Parsons sejam relativamente desconhecidos como realizador e argumentista, respectivamente, estes tiverem em mãos a possibilidade de fazer um autêntico midnight movie, que poderá chegar a ter um status de culto dentro do género, um bocadinho às costas da premissa semelhante ao jogo Five Night’s at Freddy’s e o legado de Nicolas Cage.

Independentemente disso, Willy’s Wonderland é com certeza um bom serão para ver Cage em cenas ultra violentas, limitado a uma narrativa básica, com elementos de um filme de orçamento reduzido, que fazem parte do charme. Pode nem sempre resultar, mas tem boas intenções, pelo menos enquanto vemos as cabeças dos animatrónicos a serem esmagados com toda a força.

Nota Final: 6/10

Willy’s Wonderland passou no MOTELX – Festival Internacional de Cinema de Terror de Lisboa, no Sábado, 11 de Setembro às 00h15 (Cinema São Jorge – Sala 3) e passará novamente Domingo, 12 de Setembro às 19:30 (Cinema São Jorge – Sala 2).

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