Cinema: Crítica – Hell Fest – Parque dos Horrores (2018)
Com o aproximar do Halloween, eis que se inicia a temporada de filmes de terror a aparecer nas salas, a começar com Hell Fest – Parque dos Horrores.
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Apostando num elenco mais conhecido na Televisão, Hell Fest conta a história de seis amigos que decidem ir para um parque de diversões temático, repleto de diversões assustadoras, algumas delas bastante realistas. É quando Natalie (Amy Forsyth) e a sua melhor amiga, Brooke (Reign Edwards), se juntam ao seu grupo de amigos com entradas VIP, onde irão passar um serão que ficará para sempre na memória e com um homem obcecado em perseguir Natalie.
Ao acompanharmos o grupo enquanto visitam os diversos cantos do parque de diversões, há uma grande sensação que estamos perante um vlog de grande orçamento de um YouTuber qualquer, já que a acção demora um bom bocado a acontecer. Ainda que não seja inteiramente aborrecido – praticamente um quarto do filme é focado na exploração – a única intenção é de situar o local e criar algum clima de terror.
Quando as coisas começam a acontecer a sério, Hell Fest entra em modo homage, com quase todos os clichés tradicionais esperados dum slasher, sem nunca esquecer o sangue, os gritos e os grunhidos. No entanto, o local acaba por se revelar como o ideal para coisas más acontecerem sem ninguém dar por isso, já que existem áreas dedicadas a fãs à procura dum medo mais real.
Assim, durante praticamente o resto do filme, vemos os jovens a fugir do homem, o homem a perseguir os jovens e ninguém pelo meio a acreditar que há alguém para os matar. São também várias as vezes que o filme dá a impressão que irá fazer algo diferente e surpreendente, para depois acabar por jogar pelo seguro, inclusive quando mais perto do fim todos os momentos do filme tinham tudo para um derradeiro momento clássico à-lá-scream queen dos anos ’80, que tanto merecia.
Um dos grandes culpados desta pequena confusão é Gregory Plotkin, um realizador que tem mais trabalho em edição de vários filmes de terror da Blumhouse do que na realização. Todavia, está certamente ciente de todos os ingredientes necessários para fazer um bom filme de terror, mas com mais experiência na cadeira de realizador acredito que consiga fazer algo de qualidade superior com a oportunidade certa.
No fim, Hell Fest – Parque dos Horrores tem algumas boas ideias, todas elas que funcionariam bem no contexto do cenário apresentado, não fosse por um argumento quebrado e de más tomadas de decisão por parte das suas personagens. Fora isto, dou como aberta a temporada do terror. Bons sustos!
- Hell Fest – Parque dos Horrores estreia a 11 de outubro 2018 nos cinemas
Nota Final: 5/10
Ricardo Du Toit
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Fã irrepreensível de cinema de todos os géneros, mas sobretudo terror. Também adora queimar borracha em jogos de carros.