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Cinema: Crítica: Flight Risk – Voo de Alto Risco

Mel Gibson está de regresso à realização nos céus com Flight Risk – Voo de Alto Risco. Mas será que o filme terá uma aterragem firme?

Existem filmes cuja existência e propósito é deveras inexplicável. Por muito fã da sétima arte, de vez em quando encontrar uma justificação plausível para desfrutar de hora e meia de uma obra. Como tudo, a arte é subjectiva, até ao momento que a sua qualidade torna-a em algo muito objectiva, e é o caso de Flight Risk – Voo de Alto Risco.

Realizado por Mel Gibson, Flight Risk – Voos de Alto Risco conta a história de Winston (Topher Grace), um ex-contabilista da mafia, que após ser capturado em fuga pela agente dos U.S. Marshals Madelyn Harris (Michelle Dockery), torna-se num informador com informação preciosa. Para isso, terão que apanhar um voo num avião pequeno, pilotado por Daryl Booth (Mark Wahlberg), revelando que a sua missão não será fácil.

O que seria um filme prometer muita emoção em 90 minutos, contido em praticamente num só local – o pequeno avião – com um número limitado de personagens? Já vimos anteriormente outras obras a fazerem muito com muito pouco, e a impressionar, mas de alguma forma este filme está repleto de momentos de vergonha alheia, parecendo que nos quer irritar propositadamente, indo de encontro superficialidade que estas pessoas, verdadeiramente idiotas e que questionamos como sobreviveram tanto tempo.

Existem raras excepções que os clichés consegues fazer um fazer um filme mau num filme medíocre, e Flight Risk – Voo de Alto Risco precisava desesperadamente da salvação de algo previsível e tradicional, invés de se fiar nas liberdades criativas na construção de personagens; que contribuem para todo um conceito a roçar no ridículo. Entre assassinos natos a com ameaças vazias, reviravoltas de reviravoltas, um ajudante étnico inesperado e uma avioneta claramente feita de um material tão bom que não devem ter um nome para ele, a apreciação é binária: ou se tem a capacidade de desligar o cérebro por completo, ou existe uma incapacidade de o fazer e repensar todas as decisões tomadas que nos levaram a ver este filme.

Apesar de toda a controvérsia a que Mel Gibson está associado, o mesmo ainda tinha algum direito de admiração pela realização de A Paixão de Cristo e Apocalypto; perdendo todo esse respeito neste filme, que assenta quase como testemunhar uma implosão em tempo real. Ninguém é capaz de compreender, e é possível que exista um medo real perguntar o que aconteceu para chegarmos a este ponto.

Assim, Flight Risk – Voo de Alto Risco é um filme a evitar por completo, sem conteúdo palpável, e com zero a contribuir de modo positivo ao dia de seja quem for. 

Nota Final: 2/10



Ricardo Du Toit

Fã irrepreensível de cinema de todos os géneros, mas sobretudo terror. Também adora queimar borracha em jogos de carros.

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