Cinema: Crítica – Amar-te à Meia-Noite (2018)
Um novo romance está a caminho dos cinemas. Será Amar-te à Meia-Noite um filme digno de se juntar à coleção dos mais românticos?
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Em Amar-te à Meia-Noite, Katie (Bella Thorne) sofre desde infância um problema de saúde que a impede de sair à rua durante o dia. A sua única companhia é o seu pai Jack (Rob Riggle) e a sua melhor amiga Morgan (Quinn Shephard). Devido à sua doença rara e a dificuldade em sair à rua, refugia-se na música. Uma noite, decide ir tocar guitarra numa estação de comboio para ganhar uns trocos e conhece a sua alma gémea, Charlie (Patrick Schwarzenegger). O problema de saúde de Katie vai piorando, entrando num dilema entre viver a sua vida ao máximo com o seu novo amor ou tentar sobreviver a esta doença rara.
O filme tem consciência do seu público-alvo, desenvolvendo uma narrativa já conhecida e emocionalmente fácil para o espetador se conectar. A história é bastante simples, possuindo um desenlace previsível com o típico cliché onde uma personagem não conhece o segredo de outra, desenrolando-se um problema amoroso e pessoal para ambos. No entanto, isto não seria nenhum problema se o casal fosse devidamente credível. A sua química é completamente embaraçosa, muito por culpa do ator Patrick Schwarzenegger, filho do célebre Arnold Schwarzenegger. A sua presença no ecrã é assim bastante incómoda, apresentando emoções pouco credíveis ou inconsistentes às cenas em que está inserido. É possível que isto se justifique pelo fraco guião, no entanto, este não é assim tão mau como a performance que o ator nos traz.
Em contrapartida, a protagonista Bella Thorne executa uma performance agradável. A sua idade, 17 anos, é pouco verosímil com a sua aparência, mas isto não introduz qualquer problema na narrativa. Kate tem uma química maravilhosa com o seu pai e a sua melhor amiga, sendo estas as cenas que conseguem carregar o filme e demonstrar a dificuldade desta doença, tanto para quem a possui como nas pessoas à sua volta.
Em relação à música, esta tem momentos agradáveis, algo necessário devido à sua importância para a protagonista. Existem assim, cenas em que a música original do filme e músicas cantadas pela protagonista conseguem transformar a história em algo para além do simples romance. Além disto, deve destacar-se a fotografia que torna o filme, em algumas situações, belíssimo ao olhar.
Amar-te à meia-noite é mais um típico filme de romance que tenta inserir uma problemática e um romance forçado. Irá certamente agradar a um público juvenil, mas que rapidamente será esquecido.
- Amar-te à Meia-Noite estreou dia 3 de maio nos cinemas
Classificação: 1,5/5
Tiago Ferreira
https://www.youtube.com/watch?v=SZ_EcgrnW-g
Sempre à espera de mais recomendações com esperança que a sua watchlist nunca acabe.
Operador de Câmara & AC Profissional.