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Análises de Jogos indies com muito para descobrir!

Depois de meses a jogar várias das mais recentes propostas de jogos indie na Xbox, eis que hoje falarei dos vários títulos jogados, entre eles We Were Here ForeverStarstandCaverns of Mars: RechargedThe Redress of Mira Titanium Hound.

We Were Here Forever

Sejam bem-vindos a Castle Rock, um local sinistro onde tu e mais um prisioneiro têm que planear a vossa fuga iminente. Lançado em 2022 no PC, We Were Here Forever chega finalmente às consolas e é a mais recente entrada da série We Were Here.

Neste jogo, vocês controlam ambos prisioneiros, enquanto solvem puzzles que desbloqueiam mais salas, ao estilo de escape rooms. O facto de ser um jogo co-op força-nos a comunicar de forma clara e precisa, mas estes seguem algum tipo de fórmula certa, o que nos permite ter uma percepção de o que podemos ou não procurar. Entretanto, estes são muito desafiantes e bastante satisfatórios após a sua conclusão.

Enquanto que as mecânicas de jogo sejam intuitivas e fáceis de abordar, são detalhes como a utilização do walkie-talkie dentro do jogo que fazem com que a experiência seja um pouco mais diferenciada. Da mesma forma, os gráficos são muito sólidos, mesmo em ambientes aparentemente repetitivos, estes marcam pela diferença dentro do castelo, e os restantes cenários; junto com uma banda sonora arrepiante.

Assim, We Were Here Forever eleva a série a novos níveis, com um upgrade muito bem-vindo aos gráficos e puzzles muito desafiantes, num jogo perfeito para jogar com outra pessoa que goste deste género de desafios, e que certamente é uma excelente ferramenta para forjar amizades.

Nota Final: 8/10

Starsand 

O deserto é um lugar perigoso, mas em Starsand, este é o local perfeito para testar a nossa sobrevivência sob o calor e o vazio.

Esta é a proposta do jogo desenvolvido pela Tunnel Vision Studio, que testa os nossos limites, onde dia após dia, temos que aprender a chegar ao dia seguinte, enquanto tentamos perceber ao certo o que está a acontecer, por algo de muito errado está por perto.

Nisto, Starsand acaba por nos empurrar para uma situação desesperada por recursos e uma sobrevivência castigadora, nunca sabendo o que nos espera no dia a seguir. É uma experiência desafiante, por certo, mas que se assemelha das mecânicas doutros títulos do género.

Os elementos que temos no ecrã são relativamente utéis, desde da temperatura, à fome, hidratação e sobretudo, nível de saúde, tendem ser importantes durante a nossa busca de comida, água e armas. Entre plantas, árvores e animais, há muito para explorar neste mundo aberto, mas sempre com a consciência que tudo pode mudar de um momento para outro.

Acontece que à medida que os dias passam, o jogo torna-se um pouco monótono, e por vezes sem rumo. Houve momentos em que o tom do mesmo mudava de repente, distraindo-nos do nosso objectivo, com criaturas sobre-poderosas. As coisas nem sempre correm bem, e levantarmos de novo para enfrentar novos combates pode-se sentir ser uma tarefa mais árdua, mas cabe muito à persistência do jogador.

Assim Starsand é uma jogo com um conceito interessante, mas que na sua execução e necessidade de não se limitar a ser meramente um simulador de sobrevivência, acaba por não se espalhar por diferentes aspectos que não foram tão bem desenvolvidos.

Nota Final: 5/10

Caverns of Mars: Recharged 

Imaginem o ano 1981 e a Atari vos oferece um jogo que vos irá fazer perder muitas horas em frente da televisão. O Caverns of Mars original foi recebido como um dos jogos mais viciantes da sua era, ainda que fosse relativamente discreto na sua promoção. Era um daqueles jogos que muitos falavam mas poucos tiveram a oportunidade de jogar. Agora, a Atari reeditou o jogo para a era moderna, com Caverns of Mars: Recharged.

A mecânica é simples: uma nave espacial está a cair dentro de uma caverna e temos que destruir e/ou não atingir as muitas pedras que se metem pelo caminho. Com recurso a um foguetão e a diversas armas que irão ajudar a cumprir o objectivo.

É um jogo que através da prática vamos melhorando e fazendo decisões que fazem com que conseguimos chegar ao fim intactos, tornando-se no novo vício, tanto para fãs do clássico, que podem ter uma reacção mista aos visuais modernos; como para novos fãs que podem encontrar aqui uma boa distração.

Nota Final: 7/10

The Redress of Mira

No que toca a simuladores de exploração de espaços abertos, The Redress of Mira é um dos mais intrigantes já lançados. Controlando Mira, a heroína titular desta aventura, exploramos um mundo de fantasia repleto de segredos e histórias para conhecer.

É através de livros e contos que as histórias se desenrolam, culminando em grandes batalhas, com muita magia também envolvida. De um modo geral é uma abordagem simples mas que cativa bastante a curiosidade de uma forma experimental. Os diferentes tipos de mecânicas, que se alternam nos momentos apropriados, definem com facilidade o tipo de jogo está a ser, com uma intensidade variável.

A história de Mira também é ela repleta de detalhes, tanto pequenos como grandes, que fazem com que todo o jogo seja rico e de grande valor em explorar. O mesmo ainda contém finais alternativos que nos levam a reavaliar algumas das nossas decisões prévias e escolher outros caminhos, continuando a temática de ir à descoberta.

The Redress of Mira é um jogo que se estranha mas que rapidamente se entrenha, num jogo que nos intriga a curiosidade e recompensa-nos com uma aventura muito divertida.

Nota Final: 8/10

Titanium Hound

Para terminar, Titanium Hound leva-nos a um mundo cyberpunk em 2D, onde pilotamos um exoesqueleto, defrontando diversos inimigos através de uma variedade de funções oferecidas pelo fato, à medida que vamos explorando os diversos cenários desafiantes.

Toda a acção é acompanhada por uma mecânnica de jogo que é fácil de manejar, mas cuja conjugação pode ser relativamente frustante, entre disparar para os alvos e balancear isso com o nosso escudo. É um misto de perícia e sorte, e fazer tudo no tempo certo, por vezes não correndo como esperado. A isto é adicionado o facto aos ângulos de disparo limitados, que podem dificultar mais acertar de forma fluída naquilo que queremos destruir.

Enquanto que os gráficos ao bom estilo de 16-bit estão bem desenvolvidos, coloridos e pixelizados, perfeitos para inspirar a nostalgia. Infelizmente, tudo o resto cai ao lado, deixando-nos com um misto de sentimentos, que apesar de nos fazer voltar frequentemente ao jogo para avançar mais um pouco, a frustração de algumas experiências acaba por desmotivar.

Assim, Titanium Hound tinha uma boa oportunidade para oferecer um jogo simples e viciante, mas as suas limitações auto impostas, talvez em nome de um desafio maior, acaba por afastar aqueles que procuram um jogo com mecânicas mais naturais.

Nota Final: 5/10

O Central Comics agradece às editoras e distribuidoras.

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