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Análise: Kick-Ass – A Miúda Nova

Kick-Ass – A Miúda Nova, saiu a 10 de Junho, pela G. Floy Studio Portugal e foi um dos títulos que fez com que o criador Mark Millar atingiu o topo. Mas será que este novo álbum faz jus?

Kick-Ass: A Miúda Nova vol. 1Aí está, eis que Dave Lizewski volta a vestir o fato de mergulho amarelo e verde para desancar em mais alguns mauzões! Não espera, não é o Dave. Hã, deve de ser algum seguidor dele que lhe quer seguir os passos e fazer justiça pelas suas mãos. Hã, Também não. Aliás, além do fato, e da violência, esta nova Kick-Ass nada tem que ver com a anterior história que tão famoso tornou o seu criador Mark Millar. Neste novo livro, também ele desenhado por John Romita Jr. seguimos o regresso ao lar de uma recente veterana do exército norte-americano e que encontra a sua cidade-natal em deterioração e tomada por criminosos. Descobre ainda que o seu marido deixou-a desamparada com dois filhos para tratar e com uma dívida de 10 mil dólares.

A afro-americana Patiente Lee, perde a paciência e a única saída que encontra é começar a assaltar os criminosos e corruptos da cidade, para pagar as dívidas e dar sustento à sua família, partilhando o saque com instituições de caridade e com quem mais precisa, ao mesmo tempo que limpa a cidade dos delinquentes. O problema é que as suas acções acabam por formar uma grande bola de neve que acabar por persegui-la até sua casa.

Kick-Ass - A Miúda NovaÉ assim, numa faceta bem mais adulta e realista que este novo álbum de Kick-Ass se assenta.

Temos uma personagem principal, Patiente, muito interesse, bem construída e com um propósito credível para as suas acções. Uma série de mauzões a serem mauzões e uma ligação familiar que a faz duvidar dos seus desígnios e elevar a história a patamares mais complexos.

A arte-final e cores estão encarregues à mesma pessoa: Peter Steigerwald, que consegue tocar nos dois extremos: Embora tenha adorado as suas cores, principalmente quando retrata os flashbacks de Patiente no Afeganistão, nas várias texturas ao longo da história, e nos detalhes do sangue, já a sua arte-final gatafunhada e rabiscada não casa bem com o estilo de Romita Jr., que, apesar de não ter o brilhantismo e uma arte tão detalhada como já vimos em trabalhos anteriores, não desilude em fazer um trabalho, como sempre, no mínimo interessante.

E apesar de ter um final completamente satisfatório para quem quer apenas ficar por aqui, a verdade é que a série nos Estados unidos continuou com mais 2 álbuns, ou seja até ao número 18 (sendo este livro a compilação dos primeiros seis), mas desta feita escrita por Steve Niles, o que deixa no ar se será publicado em Portugal pela G. Floy. Mas repito, é um final completamente satisfatório e não necessitava de qualquer seguimento.

Kick-Ass A Miúda Nova tem a vantagem também, pelas suas grandes diferenças com os anteriores títulos da franquia, de poder agradar a novos leitores que não se identificaram muito com a anterior personagem criada em 2008.

O livro tem o formato comic, 160 páginas e capa dura. 4 páginas de extras com capas alternativas. O livro está em distribuição desde 10 de Junho e tem um valor de 16€.

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Hugo Jesus

Co-criador e administrador do Central Comics desde 2001. É também legendador e paginador de banda desenhada, e ocasionalmente argumentista.

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