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Cinema: Crítica – Skin (2019)

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Escrito e realizado por Guy Nattiv, o vencedor do óscar de melhor curta-metragem em 2018 com o mesmo título, Skin, demonstra-nos o violento mundo de Bryon/Babs (Jamie Bell), cujo foi criado por skinheads de uma comunidade de supremacia branca. Ao conhecer Julie (Danielle Macdonald) e as suas três filhas, Babs decide mudar completamente o seu agressivo modo de vida e abandonar os valores malignos com os quais cresceu.

Skin possui sem dúvida um protagonista pelo qual é dificil de criarmos uma ligação emocional devido às suas crenças xenófobas e racistas. Com um início violento e tenso, o filme demonstra-nos o modo de vida desta comunidade e o seu foco diário pelo ódio social. Por consequência, a transição de Babs para uma mentalidade socialmente educada e correta tem um ritmo incerto, situando-nos na mesma situação que a sua recém namorada que não tem a confiança e esperança alta para que Babs se afaste dos skinheads.

Contudo, a garra para salvar a sua nova família acaba eventualmente por criar a empatia necessária e aumentar o nosso ódio por esta comunidade e pessoas que se consideram parte da mesma. Num registo visual semelhante a Green Room (no qual skinheads perseguem intensamente uma banda), com uma atmosfera sombria, obscura, misteriosa e, ao mesmo tempo, crua, Skin demonstrar-nos um mundo pobre e violento onde a sobrevivência leva os indivíduos para os piores caminhos e onde a única salvação é a ajuda mútua.

Deste modo, destaca-se a importância de Daryle (Mike Colter) nesta narrativa, que apesar de pouco tempo de ecrã, transmite uma mensagem a reter e uma firmeza excecional. Daryle é um ativista de direitos negros que mantém as suas expectativas positivas para que estes skinheads mudem a sua mentalidade, sendo um dos pontos de fuga nesta ruptura física e psicológica de Babs.

Todavia, Skin apesar de conter as suas mensagens e imagens fortes e provocantes, contém um ritmo previsível desde o momento que observamos o protagonista nos primeiros minutos a transformar-se fisicamente em cenas de remoção de tatuagens, para além da sua narrativa recheada de ódio que nos faz desejar estar a observar algo com uma estrutura diferente ou mais criativa.

6/10

  • Skin estreou a 3 de outubro nos cinemas.

Tiago Ferreira

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