Crítica: Sentinel
Sentinel é o mais recente álbum bifurcado de Luís Louro, e a sequela directa de Watchers. Se a ideia de lançar Watchers em duas edições diferentes com finais alternativos foi bem conseguida, o facto de Sentinel ter também duas edições, agora com inícios diferentes, mas com o mesmo final, torna irrelevante a escolha que o leitor fez anteriormente.
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De resto, este álbum é muito na linha do seu antecessor, ou seja, explora o mesmo tema. Mantém um enredo simples e directo, e novamente criticando, de uma forma divertida, a dependência e obsessão pelas redes sociais que vivemos nos dias de hoje.
A leitura poderia ser muito rápida, não fossem as imensas referências e easter eggs, tanto no texto – nas caixas de comentários aos vídeos, com montes de nomes conhecidos, não só da cultura pop, como de pessoas ligadas à banda desenhada nacional – assim como na arte, quase como se de um “Onde está o Wally” se tratasse. Aliás, o próprio Wally aparece. Procurem! 🙂
Não esperem um argumento fora de série, mas também não é preciso. Esperem antes uma banda desenha acessível e comercial, e que falta faz este género de BD em Portugal.
Com uma arte e cores acima da média, página após página, podem contar sair bem entretidos da leitura deste(s) álbum(ns).
Argumento e arte: Luís Louro
Editor: Edições Asa
Argumento: 6
Arte: 9
Legendagem: 5
Encadernação: 8
Veredito Final: 7
Amadora BD 2019: Entrevistas a Polvo e Arte de Autor
Co-criador e administrador do Central Comics desde 2001. É também legendador e paginador de banda desenhada, e ocasionalmente argumentista.