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Crítica – La Femme de Mon Frère (IndieLisboa 2020)

Sophia (Anne-Élisabeth Bossé) é uma jovem recém-doutorada sem qualquer perspectiva do seu futuro. Nunca teve um trabalho nem uma relação amorosa de longa duração e o seu quotidiano é dependente do seu irmão, Karim.

Quando Karim (Patrick Hivon) se apaixona por Eloise (Evelyn Brochu), a médica que tratou do segundo aborto de Sophia, esta está confiante que a namorada do seu irmão não é a ideal para si, uma determinação que partilha afincadamente em todos os tópicos que discute que misturam ironia com a realidade do nosso mundo. Contudo, Sophia vai-se apercebendo que ainda tem muito para aprender e não pode viver para sempre na casa do seu irmão.

Apesar da ironia na estética do filme em reforçar o estereótipo do azul e rosa na humanidade, esta comédia romântica é focada no crescimento individual de Sophia, na sua relação com os pais, no modo como se protege dos seus problemas e procrastina a solução dos mesmos e o amor que possui pelo seu irmão, criando expetativas controversas para o decorrer da história, mas que acabam por não se realizar.

Por consequência, após o enredo nos interessar por uma personagem complicada de ser amada, tanto pelos espetadores como pelas personagens ao seu redor devido à sua forte personalidade, resulta num final apressado, previsível e desapontante.

Em suma, não contém a inovação esperada para um filme de abertura de um festival tão entusiasmante como o IndieLisboa, mas é o ideal para quem procura obter algumas gargalhadas nos tempos atuais ou refletir através de ironia e sarcasmo espontâneo.

Classificação: 5/10

  • La femme de mon frère foi o filme de abertura do IndieLisboa 2020 a 26 de agosto de 2020.

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