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Cinema: Crítica – Sonic 2: O Filme (2022)

No universo de adaptações para cinema baseado em videojogos – algo já discutido previamente noutras críticas de filmes do género – Sonic é aquele que parece que tem mais sucesso no grande ecrã. Depois do desenvolvimento do primeiro filme, onde uma grande legião de fanáticos fez cyberbullying ao estúdio, para mudarem a aparência do ouriço azul, a sua estreia foi bem recebida por miúdos e graúdos, ainda que não tenha propriamente descoberto novo território. Mesmo assim, uma sequela foi garantida em poucos dias após a sua entrada em cartaz, trazendo-nos agora Sonic 2 : O Filme.

Depois dos eventos do primeiro filme, Sonic (pela voz de Ben Schwartz) está a tentar encontrar o seu lugar como o herói da cidade, mas que nem sempre tem grande sucesso. Adoptado por Tom (James Marsden) e Maddie (Tika Sumpter), que o acolheram em sua casa como um filho, vêem a sua vida a dar uma reviravolta quando descobrem que Dr. Ivo Robotnik (Jim Carrey) está de volta e com ele está Knuckles (pela voz de Idris Elba). Mas Sonic também tem um novo aliado, com Tails (Colleen O’Shaughnessey) também a chegar ao planeta Terra para ajudar.

Considerando o panorama de sequelas, a verdade é que Sonic 2: O Filme podia ter corrido muito pior do que alguma vez imaginávamos, continuando o tom divertido e casual, enquanto expande o seu universo no lado cinematográfico, simplificando algumas das partes mais complexas da história de Sonic nos videojogos, e mantendo-a interessante q.b. para os espectadores perceberem quem é quem e de onde vieram. É incrivelmente notável ver esta parceria entre a Paramount e a SEGA, investidos em criaram aqui um franchise não apenas rentável, mas com filmes que não se reduzem a simples demonstrações das personagens à qual é baseado.

A introdução de Knuckles e Tails neste filme, permite conhecermos mais sobre o mundo destas personagens e como elas interagem. Se já na cultura pop, é já natural considerar estes amigos, o filme não obstante disso, vai ao ponto de criar uma história de origem decente para os integrar neste universo do grande ecrã, sem grande esforço. É, de longe, uma das adaptações mais consideráveis vistas no cinema, tendo em conta a reputação que as mesmas têm.

Todos os actores cumprem as suas funções, sobre tudo no departamento das vozes. Schwartz continua animado como sempre, enquanto Elba é capaz de soar ameaçador o suficiente para nos convencer da sua dureza. No caso de O’Shaughnessey, a mesma é a voz de Tails desde 2014, mantendo a consistência entre os meios. Naturalmente, Carrey regressa em força com o cientista louco, oferecendo muitos momentos cómicos.

Assim, Sonic 2: O Filme pode aparentar cair na infantilidade da sua comédia, mas é uma excelente adaptação de videojogos. Mesmo não reinventando o género, é capaz de se apoiar nas suas duas horas de película para oferecer um serão altamente divertido, perfeito para miúdos e graúdos.

Nota Final: 7/10

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