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Cinema: Crítica- O Rapaz Atrás da Porta

O Rapaz Atrás da Porta prepara-se para chegar aos cinemas portugueses com uma caça de gato e rato. Será o suficiente para agarrar os espectadores à cadeira?

Todos nós já vimos variadas histórias de rapto contadas no cinema. Poderia estar aqui a enumerar alguns filmes, como por exemplo Fragmentado e estaríamos aqui horas só a debater o conceito de rapto no cinema. No entanto, O Rapaz Atrás da Porta tenta mudar um pouco esse clichê do rapto, oferecendo um filme com um número de personagens que contamos pelas mãos, mas que, no final do dia, conseguem contar uma história surpreendentemente pesada e cativante.

Bobby (Lonnie Chavis) e Kevin (Ezra Dewey) são dois amigos que seguem o lema “Amigos até ao fim” que, num fatídico dia são raptados por uma misteriosa figura. Bobby consegue escapar quando chegam ao lugar de cativeiro, mas é incapaz de deixar Kevin para trás.

É aqui que começa a nossa história e que nos vai levar a momentos de completo desespero porque temos sempre vontade de saber o que vai acontecer. Pegando em alguns temas pesados, como o tráfico de menores e a pedofilia, a realidade é que David Charbonier e Justin Powell, que se sentam na cadeira de realizador e escreveram toda a película, conseguem criar um universo perturbador e cheio de pormenores que poderão escapar aos menos atentos. O ambiente em que a maioria do filme se passa, uma simples casa com demasiados quartos, pode fazer o espectador ficar curioso com o que se passa em cada uma das salas e se não existirão mais escondidas.

O Rapaz Atrás da Porta

Se o local de ação por si só já acaba por ser algo de interessante, a verdade é que a prestação dos atores mais jovens é onde este filme brilha. Chavis torna-se quase um super-herói para poder salvar o seu amigo das garras do raptor, conseguindo combinar alguns momentos de esperteza com outros que apenas estavam ali para dar continuação à história e sair-se bem em ambos. Porém, dizer que Ezra Dewey foi uma má aposta no elenco é algo que não pode ser dito, pois trabalhou bastante bem com o que lhe foi dado e protagonizou alguns dos momentos mais expressivos de toda a trama.

Devo, no entanto, dizer que é um filme que não aconselho aos mais fracos de coração, especialmente por culpa de algumas cenas mais violentas que vão aparecendo ao longo do filme e são capazes de causar algum mau estar e desconforto.

O Rapaz Atrás da Porta

Resta concluir que, “O Rapaz Atrás da Porta” é um daqueles filmes que estava escondido por aí algures e agora decidiu dar o ar da sua graça. Com um jogo do gato e do rato maravilho e cheio de momentos de tensão que, às vezes, podem parecer roçar o ridículo, está aqui uma boa aposta para um serão diferente, principalmente pela curta duração (o filme tem menos do que uma hora e meia) e pelas atuações de todos os envolvidos. Será que o leitor vai querer entrar nesta casa?

Nota Final: 7/10

O Rapaz Atrás da Porta (The Boy Behind the Door) estreou a 3 de fevereiro nos cinemas portugueses

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