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Cinema: Crítica – Missão em Resgate (2023)

Gerard Butler tornou-se na década passada num dos grandes heróis de acção do cinema actual, às costas da saga Assalto…, onde teve oportunidade de proteger os presidentes dos Estados Unidos contra os seus inimigos. Foram um conjunto de filmes que efectivamente pioraram à medida que a trilogia se foi completando, mas ao mesmo tempo demonstrou ao mundo como Butler poderia calçar os mesmos sapatos que outros grande heróis do cinema explosivo, como Sylvester Stallone e Chuck Norris. Em Missão de Resgate, (Alerta Máximo, no Brasil) este muda um pouco a direção dos papéis habitualmente esperado.

Brodie Torrance (Butler) é um piloto de aviões comerciais prestes a fazer a sua última viagem do ano, antes de se juntar à sua família para a celebração. Devido a um erro de previsão meteológica por parte do inspector aéreo, o voo 119 é atingido por um relâmpago e despenha-se numa ilha remota no sudeste asiático, onde a lei é governada por bandidos e milícias. Neste voo está também Louis Gaspare (Mike Colter), um prisioneiro em processo de extradição. Cabe a estes dois homens fazerem tudo o que podem para sobreviver e proteger os outros passageiros, enquanto esperam por ajuda.

Creio que com Missão de Resgate, chegamos a três conclusões importantes: Que é possível sugar todo o espírito de um filme de acção; que é possível engonhar o suficiente para aproveitar não aproveitar o talento da dupla principal, e que ninguém devia deixar Jean-François Richet fazer um filme sequer perto de algo parecido com acção. Pode aparentar que esta crítica seja um pouco mais ruim que o que é devido, mas é completamente injustificável um filme com uma produção minimamente competente oferecer algo que é pouco mais que uma casca de amendoim.

Não é a primeira vez que Jean-François Richet está debaixo de fogo. A sua abordagem insonssa ao remake de Assalto à 13ª Esquadra, de 2005, prometeu um filme repleto de muitos tiroteios e intensidade, oferecendo em troca muito pouco disso. O mesmo acontece neste filme, oferecendo uma dupla de actores com experiência certificada em acção – Butler em filmes como Covil de Ladrões, e Colter na série da Marvel, Luke Cage – com um argumento que limita quase por completo o seu potencial conjunto de uma forma quase cruel.

Algures pelo meio o filme compensa-nos com a presença de Tony Goldwyn, como o gestor de crises Scarsdale; e a equipa de mercenários liderada por Shellback (Remi Adeleke), que proporcionam alguns momentos mais interessantes, mas são tão poucos e tão rápidos, que quando chega a altura para nos entusiasmar-mos, é muito provável já estar num estado de indiferença.

Com isto, Missão de Resgate é um filme que apesar da sua premissa simples, tinha algum potencial para cumprir os mínimos decentes de entretenimento, passando à redundância quando decidiu ser meio filme de desastre e meio filme de acção. A falta de compromisso acaba por nos deixar sem interesse, deixando passar uma boa oportunidade.

Nota Final: 4/10

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