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Antevisão jogos: Arms Race 2

Arms Race 2
Arms Race 2

O Central Comics foi espreitar Arms Race 2, um jogo de puxar pela cabeça… e pela paciência.

Sinopse de Arms Race 2

Vive a Guerra Fria do início ao fim e agarra as rédeas do destino da humanidade. À frente de uma de duas superpotências, terás de tomar decisões sobre investir recursos e tentar levar a melhor sobre a superpotância rival, seja através de diplomacia, poder militar, ou destruição total.

Arms Race 2 é um jogo de estratégia em grande escala a ser desenvolvido pela Alina Digital, com lançamento previsto para o próximo dia 5 de dezembro.

Superpotências em competição.

Análise de Arms Race 2

Arms Race 2 leva-nos de volta a um período histórico assustadoramente semelhante à atualidade,

em que União Soviética e Estados Unidos da América sofreram uma crise de testosterona adolescente e decidiram competir em tudo, principalmente no tamanho do míssil de cada um. O jogo coloca-nos à frente de uma destas duas superpotências e temos de tomar uma série de decisões estratégicas para vencer. Mas vencer como? Não sei muito bem, e esse seria o primeiro ponto que indicaria à equipa de desenvolvimento — o jogo é extremamente confuso e nada faz para nos indicar a direção certa.

Não é que não me tenha entretido durante alguns minutos com a experiência (quando comecei a perceber o que era e o que fazia cada coisa dentro do jogo), mas bastou pouco tempo para se tornar uma tarefa repetitiva e aborrecida.

Arms Race 2 é um jogo sobre a Guerra Fria, mas ainda não aquece nem arrefece. Há um longo caminho por percorrer até chegar ao bom jogo que este pode ser.

Confuso.

História de Arms Race 2

Em Arms Race 2, assumimos o controlo de uma das duas superpotências atómicas desde o início da década de 50 até 1990. O jogo segue uma linha mais ou menos fiel aos acontecimentos históricos verídicos em que, embora tenhamos liberdade para direcionar o desenrolar da história no sentido do desfecho que pretendemos, vamos sendo confrontados com certas mecânicas e eventos que recompensam uma maior proximidade à linha histórica factual. Isto transmitiu-me uma sensação semelhante a quando a minha namorada me diz que não liga nenhuma ao aniversário e não se importa de receber qualquer coisa de prenda, mas que era giro se fosse uma viagem ao México — eu até posso sobreviver à ira dela se não a levar a beber margaritas em Cancún, mas a minha existência será muito melhor se o fizer.

Factos históricos.

Jogabilidade de Arms Race 2

Apesar de a premissa ser cativante, ao prometer envolver tudo nas decisões estratégicas a tomar, desde força militar, passando por espionagem e diplomacia, até desenvolvimento científico, o desenvolvimento de cada ramo é muito superficial e resume-se apenas a uns cliques. Numa lógica inversa, os menus que deveriam ser simples e fáceis de navegar, são confusos e estão mal distribuídos, com informação pouco relevante escrita num inglês muito sofrido, o que afeta muito a experiência. A isto, alia-se um tutorial incompleto e de pouca ajuda. Pode parecer pouco, mas um bom tutorial é vital em jogos de estratégia em larga escala… a não ser que seja a Paradox Interactive, com a enorme base de fãs a fazer este trabalho de graça e de melhor qualidade na forma de conteúdo online.

Arms Race 2 tem ainda problemas ao nível do equilíbrio, sendo que me pareceu existir estratégias nitidamente mais recompensadoras que outras, como o investimento em pontos de consequência, que nos dá uma vantagem considerável sobre o adversário. Deu-me a impressão que a equipa de desenvolvimento tentou compensar este aspeto com a realização de eleições de 10 em 10 anos, com diversos presidentes e ministros com bónus distintos. Ainda assim, não posso dizer que me pareça um jogo com uma progressão equilibrada.

Governos com diferentes bónus.

Gráficos e som de Arms Race 2

Numa antevisão, este aspeto é, geralmente, pouco relevante, mas não posso deixar de referir que, em conjunto com os menus e IU confusos referidos acima, os gráficos e o som são muito básicos e parecem pertencer a um título lançado na década de 2000, ou até de 90. O mesmo se aplica ao som.

+++

Conceito, colocação histórica.

Confusão, falta de tutorial, e execução geral do conceito.

(Des)equilíbrio.

Expetativa

No geral, não fiquei muito impressionado com Arms Race 2, porém, ainda falta um pouco para o lançamento do jogo e só o tempo nos dirá se a equipa de desenvolvimento da Alina Digital estará à altura da exigente tarefa que tem pela frente para afinar o jogo. Falta também saber a que preço será disponibilizado o jogo, mas não o compraria se seguisse a linha do antecessor de 14,99 € — a isto tiraria 10 €, no mínimo.

Para terminar, fica a dica indispensável: ponham um bom podcast como som de fundo se decidirem experimentar a demo.

Plataforma testada: PC

Trailer de Arms Race 2:

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