Análise: Street Fighter V Champion Edition
Lançando em Fevereiro de 2020, a Champion Edition do Street Fighter V pretende ser a versão definitiva do jogo da Capcom lançado em 2016. Será que consegue?
Foram precisos 4 anos para recuperar, com um novo lançamento, o quinto capítulo desta que é uma das mais populares franquias de Jogos de Luta de sempre. Quando em Fevereiro de 2016 saiu Street Fighter V, este não foi muito bem aceite pelos fãs, de um forma geral. Daí a Capcom ter vindo a fazer várias actualizações gratuitas ao longo dos tempos. Ainda assim, e de forma a tentar recuperar o fulgor de outros tempos à medida que o outro jogo de luta e seu grande rival (já com mais de 10 capítulos) tem mantido os fãs satisfeitos.
Nesta edição foram adicionadas várias características, muitas novas personagens e fases, e uma enorme (demasiada?) variedade de vestuário. Os jogadores hardcore dirão que a palavra “demasiado” não deveria ser prenunciada, mas para mim, que venho do tempo da saga Renegade no ZX Spectrum, onde só tínhamos uma personagem com uma só roupa, e não sendo eu estilista ou apreciador de moda, acho que tal variedade não traz nada ao jogo. É só mais opção para atrapalhar entre menus e submenus. Para mim, os fighters, são para ser jogos rápidos onde jogamos algumas partidas de curta duração e saímos. Agora, personagens, sim. Isso é que aumenta a diversidade e o interesse. Daí esta nova adição de figuras ter sido um dos grandes pontos positivos desta “Champion Editon”, pois não só podes experimentar novas técnicas e golpes, como as combinações de batalha agora multiplicam-se, tornando a experiência muito mais variada e muito menos monótona.
E por falar em rapidez, não poderia deixar de criticar os tempos demasiado longos de carregamento do jogo. O arranque do jogo demora tanto tempo que a primeira vez que o experimentei pensei que tinha bloqueado e estive prestes a pensar que a instalação tivesse corrido mal. E depois, como falei acima, um jogo deste género quer-se esperar pouco tempo. Os gráficos são simples. Cada cenário é curto e limitado e temos só duas personagens interactivas em cada partida. No entanto, cada vez que vamos jogar, quase que dá tempo para ler um capítulo dos Maias, enquanto esperamos. Este é um ponto que me faz não o querer jogar tantas vezes. Como disse acima, eu venho do tempo dos Spectrum, onde para cada jogo demorava cerca de 5 minutos para carregar. Mas nos dias de hoje e sendo eu uma pessoa com muito pouco tempo livre, esse factor tempo é fulcral em todas as minhas decisões.
Outro ponto negativo é o facto de muito dificilmente conseguir jogar partidas online casuais ou de ranking. Não sei se é pelo facto de já haver poucas pessoas interessadas nestes modos, se é a minha baixa posição no ranking somado ao facto do jogo já ter 4 anos, faz com que exista poucos parceiros disponíveis para lutar contra mim. Algo que não percebo também, é mesmo que entramos para um saguão (lounge) e por exemplo estarem 4 jogadores (incluindo nós), dois vão começar uma partida e os outros dois são obrigados a assistir. Porque é que esses dois não se mantém na sala e não podem optar entre assistir ou jogar um contra o outro? Possivelmente, até há uma explicação lógica, mas confesso que sou muito pouco conhecedor de videojogos actuais, e particularmente da PS4 que só a tenho há um par de meses. Não percebo a lógica.
Entretanto uma das novidades que mais me interessou foi o modo Arcade, com 6 opções para escolher, emulando as características das versões anteriores, desde o primeiro jogo ao quinto, não esquecendo o Street Fighter Alpha. Sendo eu um nostálgico das velhas salas de arcadas, e da adrenalina que era levar um punhado de moedas e ter de tomar a decisão se queríamos meter mais uma moeda e continuarmos uma partida que perdemos, ou deixarmo-nos perder para começar de novo do princípio para assim ter mais uns minutos de tempo de jogo e fazer render o pouco dinheiro que tínhamos.
Dito isto, Street Fighter V Champion Edition é um jogo tecnicamente muito bem feito, com cenários e personagens incríveis e uma jogabilidade fluída, mas os longos tempos de carregamento e a grande dificuldade de poder jogar online com outras pessoas fazem-me muitas vezes escolher outros títulos para jogar no meu pouco tempo livre de lazer.
O Central Comics agradece a Ecoplay e à Sony
E para não perderes nada sobre o Central Comics no Google Notícias, toca aqui!
Além disso, podes seguir também as nossas redes sociais:
Twitter: https://twitter.com/Central_Comics
Facebook: https://www.facebook.com/CentralComics
Youtube: https://www.youtube.com/CentralComicsOficial
Instagram: https://www.instagram.com/central.comics
Threds: https://www.threads.net/@central.comics
Co-criador e administrador do Central Comics desde 2001. É também legendador e paginador de banda desenhada, e ocasionalmente argumentista.