Jogos: Suicide Squad: Kill The Justice League – Análise
Suicide Squad: Kill The Justice League chega para mostrar uma forma diferente de ver jogos de super-heróis. Mas resultará?
Vou ter de ser sincero com os leitores: os jogos da Rocksteady baseados em Batman são das minhas obras favoritas. São jogos escritos e criados de uma maneira fantástica e que deixam qualquer jogador com água na boca. Obviamente, quando este Suicide Squad: Kill The Justice League foi anunciado, era um daqueles que fiquei entusiasmado, mas, ao longo do tempo, esse entusiasmo foi-se desvanecendo.
O jogo brilha com força através da sua jogabilidade principal. Cada membro do Esquadrão – Harley Quinn, Deadshot,King Shark e Captain Boomerang – possui habilidades e estilos de corrida únicos, levando a encontros de combate distintos e satisfatórios. Tiroteios fluidos, manobras acrobáticas e eliminações brutais criam uma fantasia de poder que se mantém envolvente, especialmente no cooperativo. A experiência da Rocksteady em design de mundo aberto traduz-se bem ao longo dos cenários que vamos visitando, acabando por oferecer uma exploração vertical e travessia ambiental que incentiva à experiência. Além disso, a introdução de Rick Flag como uma personagem que nos pode auxiliar ao longo do jogo é bastante bem-vinda.
No entanto, os problemas começam a aparecer na narrativa. O gancho inicial – uma Liga da Justiça controlada por mentes a causar o caos – perde força à medida que a história se desenrola, já que falha em capitalizar no conflito inerente e na ambiguidade moral. As interações entre personagens, embora ocasionalmente humorísticas, carecem da profundidade e complexidade esperadas das suas personalidades estabelecidas. Os vilões, apesar do seu charme, acabam por se sentir subutilizados, com as suas motivações e histórias relegadas a conteúdo secundário. E, se quisermos ser muito objetivos, existem situações ao longo do jogo que não lembram a ninguém, parecendo querer destruir um universo que a própria Rocksteady criou.
Por outro lado, problemas técnicos amortecem ainda mais a experiência. Estruturas de missões repetitivas, especialmente nos estágios posteriores, tornam-se monótonas, e o mundo aberto, embora vasto, sente-se despovoado e sem atividades significativas. Bugs e problemas de desempenho, embora não interrompam o jogo, podem ser perturbadores, especialmente no cooperativo online, que sofre com problemas ocasionais de conexão.
Em última análise, Suicide Squad: Kill The Justice League é uma mistura um pouco estranha. O seu loop central de jogabilidade é indubitavelmente divertido, e o potencial para uma narrativa convincente sobre personagens moralmente cinzentos é evidente. No entanto, missões repetitivas, uma história sinuosa e problemas técnicos impedem o jogo de atingir o seu potencial total.
Nota: 6/10
Suicide Squad: Kill The Justice League está disponível para Xbox Series, PlayStation 5 (versão jogada) e PC
Um pequeno ser com grande apetite para cinema, séries e videojogos. Fanboy compulsivo de séries clássicas da Nintendo.