Jogos: Análise – Lunar Lander Beyond
“Lunar Lander Beyond” é uma reimaginação moderna do clássico jogo de arcade “Lunar Lander”, desenvolvido pela Dreams Uncorporated e publicado pela Atari.
O jogo mantém a essência da jogabilidade original baseada em física, onde os jogadores controlam uma nave espacial para completar uma série de missões que envolvem aterragens precisas e a coleta de recursos, enquanto navegam por ambientes perigosos. No entanto, ele adiciona elementos contemporâneos, como gráficos atualizados, uma narrativa mais robusta, e mecânicas de progressão, incluindo a gestão de pilotos e a introdução de diversas naves e habilidades desbloqueáveis.
Globalmente:
Confesso que foi a nostalgia que me levou a querer experimentar este jogo e saber se aquilo que traz de novo o elevaria para outro patamar. Nesse sentido há que destacar a jogabilidade precisa e desafiadora do jogo, que decalca o original, e as adições modernas como novos poderes e diferentes tipos de naves fazem marcar de facto a diferença. Infelizmente achei a jogabilidade muito penosa apesar da suavidade. Diria mesmo frustrante devido à grande dificuldade de manobrar a nossa nave e às missões que podem ser excessivamente complicadas.
Num ponto positivo, a inclusão de uma narrativa dá maior contexto e profundidade às nossas missões apesar de que podia ter sido executado de uma outra forma mais orgânica. Toda a estrutura de campanha é um complexo emaranhado de informação que se transforma num excesso de ruido visual que complica a nossa leitura e acaba por quebrar todo um ritmo de jogo entre cada missão. Por isso considero uma ótima ideia, mas pobremente executada.
Como disse anteriormente temos o poder de jogar com várias naves diferentes, mas também temos a oportunidade de jogar com vários pilotos. Podia ser só uma questão estética, mas não é. A introdução de mecânicas de gestão de stress e saúde mental dos pilotos á uma das novidades que me surpreendeu por ser uma adição única e inovadora, aumentando a profundidade do jogo.
Gráficos e Som:
Quanto ao som e banda sonora não deslumbra mas também não compromete fazendo os mínimos olímpicos para se adequar ao jogo em questão. Apesar de não haver cenas cinematográficas (exceto a maravilhosa sequência animada de introdução) somos “brindados” por uma narração em voz off, sobre um ecrã parado, que, não estando a mais, acaba também ser algo totalmente indiferente se também não a tivesse, pois não acrescenta nada.
Os gráficos claro que foram atualizados e o estilo artístico usado, apesar de não seja de encher o olho, acaba por se acomodar ao que se quer do jogo, que é manter alguma da sua essência do jogo original. Por isso percebo o querer manter algumas coisas mais simples ou a parecer “amadoras”, no intuito de tentar manter alguma da simplicidade do jogo de 1979.
Conclusão:
“Lunar Lander Beyond” é uma tentativa ambiciosa de atualizar o clássico das arcadas para uma nova geração, com adições que trazem tanto inovação quanto desafios. Apesar disso e também da estética modernizada, não me conseguiu convencer muito devido ao excesso de informação e da tentativa de complicar e muito aquilo que se queria simples, mas também à grande dificuldade de controlo da nave, principalmente na primeira que temos, com os seus controlos muito duros e dececionantes capazes de nos levar a um ataque de nervos.
Classificação: 6.5/10
Jogado numa Playstation 4
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Co-criador e administrador do Central Comics desde 2001. É também legendador e paginador de banda desenhada, e ocasionalmente argumentista.