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Jogos – Análise: Gotham Knights

A história de Batman e os seus parceiros no mundo dos videojogos continua com Gotham Knights, existindo agora uma mudança de foco em termos de personagens.

Gotham Knights    

Escrever e jogar um jogo baseado no vigilante da DC depois dos fantásticos jogos da série Arkham, pode tornar-se um pouco complexo. Existe toda uma panóplia de comparações que podem ser feitas entre os jogos da série que teve começo em 2009 e este Gotham Knights, mas, de uma forma impressionante a WB Games Montreal conseguir mostar que existe ainda muitas histórias para contar numa franquia enorme e que podem ser bem feitas.

Porém, devo primeiramente dizer que a experiência inicial com o jogo não foi a melhor. As atualizações do 1º dia ainda não tinha sido colocadas nos servidores da Sony, o que levou a algumas situações caricatas, como a BatCycle conseguir ignorar completamente a colisão da cidade de Gotham, enquanto exploravamos o mundo aberto e até, em certas situações, os locais em que deveriamos entrar não estarem abertos para conseguirmos continuar a campanha. Erros estes que fizeram com que tivesse de reiniciar o jogo algumas vezes, até sair a tão aguardada atualização, onde foi feita a maioria desta análise.

Gotham Knights

Avançando agora estes pequenos problemas que surgiram durante as tentativas de jogar inicialmente, deixem-me explicar-vos a história deste jogo. O Batman morreu numas situações um quanto estranhas, numa fantastica sequência de abertura que faz questão de moldar o ambiente do jogo que iremos começar a jogar 10 minutos depois (sim, a sequência de abertura é enorme). Quando findam esses 10 minutos, temos então a oportunidade de escolher um dos Gotham Knights, disponíveis no jogo: Robin, Batgirl, Red Hood e Nightwing, que agora têm a missão de descobrir o que aconteceu a Batman e proteger a cidade de Gotham. Se há algo de impressionante nestas personagens, é que todas elas tem habilidades diferentes, mostrando assim que não são a mesma personagem com fatos diferentes, aplicando assim momentos de força bruta, outros momentos em que nos encontramos apenas a espiar e, até mesmo momentos em que provamos que conseguimos ser tão bons ou melhores que o melhor detetive do mundo. A este quarteto ainda podemos adicionar o mítico Alfred que nos ajuda durante todo o jogo com alguns conselhos bastante interessantes.

No entanto, não pensem que é um jogo completamente desprovido de Batman, já que mesmo que não o controlemos, temos a hipotese de interagir com ele através dos tutorias que nos são oferecidos no nosso esconderijo. A participação do Morcego é curta, é verdade, mas ao mesmo tempo acaba por mostrar que continuamos naquele universo que todos conhecemos. Principalmente, porque o combate mesmo com personagens diferentes assemelha-se muito ao que vemos na série Arkham. As personagens contra quem combatemos, se excluirmos os gangues, também parece que ganham uma nova vida, como por exemplo, a Harley Quinn que acaba por adoptar uma espécie de postura em que continua a ser uma vilã com uma pontinha de heroísmo, sem nunca falhar à sua visão. Outras personagens carismáticas também fazem uma aparição, como o Pinguim e o Clayface.

Gotham Knights

Convém, no entanto dizer que, o Court of Owls é o nosso principal inimigo. Com uma história incrivel, são oponentes formidáveis que nos vão dar demasiado trabalho. A introdução deste grupo de inimigos é algo de especial que os jogadores poderão viver e pode até mesmo ser considerado magistral. Essencialmente, nos primeiros momentos de aparição sentimos que são uma ameaça credível e capaz de nos derrotar a qualquer momento. Porém, também fazem parte de uma das maiores reviravoltas que ocorrem durante o jogo. Portanto, podemos dizer que a inclusão do Court of Owls em Gotham Knights é completamente justificável e irremprensível.

Como ponto fraco do jogo, está a inclusão do multijogador. É possível completar o jogo a solo, não se enganem. No entanto, se quiserem ter a possibilidade de jogar com um amigo no modo multijogador é possível, mas, infelizmente tal só pode ser feito online através dos servidores do jogo. Isto quer dizer que, se quiserem juntar-se com amigos numa noite fria em casa e explorar a cidade de Gotham, tal não vai ser possível a não ser que passem o comando uns aos outros, pois a modalidade de jogar localmente não é permitida no jogo. Infelizmente, este é o ponto mais fraco do jogo.

Gotham Knights

Por outro lado, gostava apenas de deixar uma nota ao som e aos gráficos de Gotham Knights. Graficamente é impressionante e falha com o facto de nas consolas estar fechado a 30 frames por segundo. Porém, com tanta acção a decorrer no ecrã não se nota e estão completamente estaveis durante todo o progresso do jogo. Em termos sonoros é algo inacreditável, a forma como conseguiram captar o ambiente de uma cidade como a de Gotham, cheia de conversas, sons dos carros, reações por parte dos habitantes e até mesmo a reação dos gangues que encontramos pelo caminho.

Resta concluir que, Gotham Knights foi um grande e belo passo dado na série de jogos do Batman. É uma nova forma de ver o universo da DC e na companhia de algumas das melhores personagens adaptadas para videojogos.

Nota Final: 9/10

 

Gotham Knights está disponível para PlayStation 5, Xbox Series S|X e PC (Steam e Epic Games)

Desenvolvedor: WB Games Montreal
Distribuidora: Warner Bros. Interactive Entertainment

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