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Critica: Bioshock Infinite

bioshock infiniteEu bem sei que isto se chama indieground mas como o que importa é dar a conhecer bons jogos, discutir-se a indústria e coisas mais, trago hoje a análise ao fantástico Bioshock Infinite. Um shooter passado nos no início do século XX, na cidade aérea Colômbia.[fbshare]

Gráficos:
Os gráficos são fantásticos, os personagens bem animados e cheios de vida. O problema acabam por ser as texturas do jogo (dos objectos e de algumas superfícies). O que ao longe é lindíssimo, se olharmos de perto apercebemos-nos de que não é tão detalhado como aparentava ou deveria ser para esta altura do campeonato na indústria. Um arbusto com flores parece à distancia algo deslumbrante, mas quando nos aproximamos vemos que as flores estão pouco detalhadas.
bioshock infiniteMas o que brilha mesmo neste jogo, e brilha literalmente porque o jogo é uma explosão de cores! Somos banhados por telas de diferentes tonalidades quando viajámos pela cidade aérea de Colômbia. Sempre que entrámos numa divisão, uma nova área, é como se fosse aplicado um filtro de cor que torna tudo muito mais apresentável e belo. Os efeitos de luz são simplesmente fantásticos. Raios de sol a invadir a cidade, a iluminação esta belíssima, as sombras muito bem feitas. A Elizabeth é uma sidekick lindíssima, muitíssimo bem animada. O resto dos personagens são bastante bons também apesar que com a acção frenética, e muitas vezes a reduzir os inimigos a pó, não dá muito tempo para apreciar.

Jogabilidade:
bioshock infiniteO jogo é um shooter e segue as mecânicas básicas deste apenas com o twist de ter-mos vigors, poções que o personagem ingere que lhe conferem poderes que pode aplicar em combate. Podemos atacar em melee, usar as nossas armas, usar os vigors para matar os inimigos ou então usar certos vigors que servem de support para depois terminarmos os adversários com a arma.
Existem diversas armas, cada uma com um feeling único mas parece-me que acabámos por ficar presos a algumas pelo seu poder excessivo/superioridade evidente em relação a outras. A jogar em normal, a meio do jogo até ao fim, levei sempre comigo o revolver e o lança granadas original, apenas trocando pontualmente o lança-granadas pela chaingun que alguns dos inimigos largavam.
Em certas alturas é possível também que o protagonista salte para uns rails usados pela polícia originalmente para viagens rápidas, para nos deslocarmos dum lado para o outro ou para rondar uma área com inimigos e executar kills especiais, ou ate matá-los de longe.
Podemos encontrar ao longo do jogo equipamento também que confere ao personagem principal perks como vigors mais fortes, ataques melee com hipótese de usar algum efeito, etc.
A Elizabeth não é um sidekick estático, está constantemente presente no jogo e mesmo nas lutas, ajuda a personagem principal de diversas formas. Dados os seus poderes, pode abrir, dada a indicação do nosso herói, tears para outras dimensões ou locais podendo trazer para o campo de batalha itens que nos auxiliam como kits de vida, ganchos para nos elevarmos no campo ou até mesmo ‘’turrets’’ que atacam os nossos inimigos.  Além disto pode atirar munições, packs de salts (a nossa capacidade de sar vigors, ou seja a ‘’mana’’), vida ou durante a exploração moedas para nos ajudar.
bioshock infiniteO jogo tem também um sistema de upgrades que nos permite melhorar-mos as armas, os nossos vigors e em jeito de ‘’hidden-packages’’ umas garrafas que nos deixam escolher entre aumentar vida, armadura ou os nossos salts.
Um ponto que considero negativo é os upgrades às armas não serem visíveis. Dado que no primeiro Bioshock isto acontecia – num título da série isto já não acontecer parece-me um downgrade desnecessário, até porque visualmente as armas eram mais chamativas e davam ao jogador um sentimento de acomplishment ao ver a sua arma favorita toda modificada.

Durabilidade:
O jogo tem a duração de cerca de 14 horas, com algumas sidequests para fazer, procurar os improvements, cofres, etc.

Audio:
As vozes estão fenomenais, com os personagens a transmitirem bastante bem as emoções que sentem. Os efeitos são igualmente bons, com as armas a terem sons únicos , e os ambientes completos com tudo o que se passa ao seu redor, como o funcionamento das máquinas, conversas das pessoas presentes, entre outros.
A música que preenche o ambiente é típica da época e dá ao jogador um aspecto de emersão. Por vezes, em jeito de easter egg, a Elizabeth pode detectar certas tears donde ouvimos músicas dos anos 80, conhecidas a todos nós.

Historia:
Apesar de ser o 3º jogo da série Bioshock, nao existe nenhuma referencia aparente aos primeiros dois jogos, o que significa que mesmo para quem não jogou os dois primeiros/os acabou (como é o meu caso), pode desfrutar na totalidade deste jogo.
Passado no ano 1912, controlámos Booker DeWitt, um ex Pinkerton, agora contratado por uma entidade desconhecida que lhe pediu que resgatasse uma rapariga, Elizabeth, de forma a perdoarem-lhe as dívidas, presa na cidade Colômbia.
Tal como nos outros Bioshock’s, este presenteia-nos com uma guerra de ideias extremistas. Dum lado um nacionalista americano, que vê o seu povo como puro defendendo o consumismo de tudo o que é americano e também a pureza de raça, do outro uma extremista negra que defende a equidade de raças através de qualquer meio, seja matar toda a gente, inocente ou não, seja através de planos de dominação.
bioshock infinitePara não dar muito spoil, porque qualquer pedaço da história acaba por ser essencial,
neste jogo está envolvido viagens no tempo, viagens dimensionais e por sua vez todas as supostas consequências e alterações que poderão ser feitas. Digamos que os twists são tantos que dá que pensar em todo o desenvolvimento e progresso no jogo.

Geral:
É um muitíssimo bom jogo, bastante sólido e bonito. É realmente uma pena que a jogabilidade na parte de shooter seja tão simples e repetitiva, mas de qualquer maneira este defeito é facilmente coberto pela beleza do jogo, de todos os cenários e personagens, os diálogos excelentes e a arquitectura da cidade.

Veredicto:
Um jogo que vale muito a pena e que é uma excelente adição a serie Bioshock. Joguem, desfrutem da história com atenção e abusem desses vigors!

Hugo Santos

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2 thoughts on “Critica: Bioshock Infinite

  1. Considerando realmente que não haja referencia aos jogos anteriores é irônico dizer que o Bioshok 3 seja uma continuação.

  2. @Roney Colella De Souza

    “Apesar de ser o 3º jogo da série Bioshock, nao existe nenhuma referencia aparente

    O bioshock infinite oferece alguns esclarecimentos para os anteriores, mas se não se jogou/acabou os mesmos, consegue-se desfrutar do jogo na totalidade.
    No texto está escrito da forma que fiz quote para evitar spoilers e explicar que apesar de ser a 3ª entrada, pode ser jogada por qualquer um.

    Obrigado pelo feedback.

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