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Cinema: Crítica – Sou Sexy, Eu Sei! (2018)

Renee Bennett muda tudo sem mudar nada. Sou Sexy, Eu Sei! traz uma história inspiradora sobre a procura de autoconfiança.

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Sou Sexy, Eu Sei!

Os argumentistas Abby Kohn e Marc Silverstein de Prometo Amar-te (2012) e Como Ser Solteira (2016) estreiam-se na realização com Sou Sexy, Eu sei! Renee Bennett (Amy Schumer) é uma mulher comum que se sente insegura pelo modo como a sociedade a julga fisicamente. Ambicionada pelo seu interesse em cosmética e oportunidade de trabalhar como secretária numa empresa de beleza de luxo, decide entrar no ginásio. Após um treino intensivo cai da sua bicicleta estática e bate com a cabeça. Quando Renee acorda passa a ver-se mais bonita e sensual ao espelho, no entanto, nada mudou. Por consequência, o enredo vai trabalhando uma história de autoconfiança e reflexão interpessoal que se vai espalhando pelas restantes personagens e normas sociais atuais.

 

 

Sou Sexy, Eu Sei! tem uma premissa previsível e trabalha no género cómico e romântico. Porém, é um filme verdadeiramente divertido que inova nesta descoberta de autoconfiança, pois Renee tem efetivamente sempre o mesmo corpo para o espetador, mas para si mesma não. Amy Schumer consegue transitar entre as diferentes autoestimas de Renee, demonstrando o poder que a autoconfiança tem no modo as outras pessoas nos veem. O filme vai trabalhando os vários estereótipos da sociedade com a intenção de estimular o pensamento do espetador enquanto lhe oferece uma obra divertida. O elenco é vasto e contém nomes como Michelle Williams (Brokeback Mountain), Tom Hopper (Guerra dos Tronos), Adrian Martinez (Focus), Emily Ratajkowski (Gone Girl), entre outros.

Sou Sexy, Eu Sei!
Momento em que Renee se vê com um corpo novo, essencialmente mais esbelto, mas igual para o espetador.

No entanto, o protagonismo de Renee no seu cargo ambicioso da empresa de beleza não é constante. O filme sente a necessidade de cair na típica comédia romântica de forma a resolver a transformação psicológico que Renee vai criando sobre si e o seu corpo, dando-lhe a conhecer Ethan (Rory Scovel) que acaba por auxiliar na progressão do enredo. Por fim, há que salientar a maior referência deste filme que surge numa cena em que Renee vê o filme Big, interpretado por Tom Hanks. Este remete tanto para a transformação do corpo no decorrer do enredo, psicológica no caso de Renee e física na personagem de Hanks, como também para o título do filme, “big” (grande).

Por fim, a música do filme limita-se ao pop comum que retrata a indústria comercial atual, bem como a sua fotografia e cenários . Sou Sexy, Eu Sei! é um filme previsível, mas inspirador e divertido que irá suscitar interesse aos fãs do género.

  • Sou Sexy, Eu Sei! estreia dia 31 de maio de 2018 nos cinemas.

2,5/5

Tiago Ferreira

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