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Cinema: Crítica – Presa Branca (2018)

Será que se consegue ensinar um lobo selvagem? A 7 de junho descobre o incrível destino de Presa Branca!

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Presa Branca

Presa Branca, a primeira longa-metragem realizada por Alexandre Espigares e baseada no best-seller de Jack London, conta a história de um lobo selvagem ao estilo do clássico filme de animação Spirit – Espírito Selvagem. O filme inicia-se com uma luta de cães e posterior salvamento do xerife local. De seguida, existe um flashback longo que nos mostra a forma como Presa Branca chegou até aquele momento. Retrata os momentos de infância com a sua mãe no seu habitat natural e o encontro com um grupo de índios amigáveis que o tornarão num cão de trenó. O enredo acaba por ter umas reviravoltas violentas que levam o nosso Presa Branca a tornar-se num cão de luta e a ser massacrado pelos vilões desta história.

Presa BrancaO modo como a história está concebida torna clara a sua progressão, bem como a personalidade das personagens devido às suas aparências estereotipadas. Presa Branca, apesar de não falar, tem várias interações ao longo do filme com animais e humanos. Os indivíduos que o irão ajudar são facilmente identificáveis, tal como os vilões. Estes últimos têm a sua habitual expressão zangada, um modo de vestir desengonçado e uma oralidade bruta e malvada. A luz e cenários em que se encontram acentua ainda mais a sua personalidade, posicionando-os em locais sombrios e escuros onde decorrem ações humanas ilegais. Pelo contrário, os heróis desta história estão constantemente em locais bem iluminados e possuem vozes simpáticas. Deste modo, os cenários tornam o enredo previsível, mas o filme proporciona um grande entretenimento.

Presa BrancaO protagonista, Presa Branca, cria uma relação rápida com o espetador e existem momentos excessivamente intensos e violentos que nos levam a questionar o público-alvo deste filme. A animação nota-se que provém de uma base independente e existe uma clara diferença entre os humanos e animais, tornando os movimentos e expressões de alguns pouco verosímeis. No entanto, os lobos e paisagens, seja das montanhas, florestas ou locais urbanos, é inquestionavelmente lindíssima. A música de Bruno Coulais, aliada a um estilo indígena e clássico, eleva a qualidade do filme e consegue criar momentos visual e sonoramente belos.

Presa Branca é um filme previsível que tenta trazer uma moralidade à natural violência dos animais selvagens, sendo inevitável a presença de cenas visualmente fortes. No entanto, o protagonista, Presa Branca, e a agradável dobragem portuguesa tornam esta história intensa e fascinante para fãs de animação e , principalmente, amantes de animais.

  • Presa Branca estreia dia 7 de junho de 2018 nos cinemas

3/5

Tiago Ferreira

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