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Cinema: Crítica – O Plano de Reforma

O Plano de Reforma mostra que ter um ator famoso não é suficiente para fazer com que o filme seja bom.

   O Plano de Reforma

Nicholas Cage, na minha opinião, é um fenómeno. Já fiz filmes bons, já fez filmes maus e já fez filmes assim-assim, mas manter-se na ribalta durante tantos anos e participar na quantidade de filmes que participa todos os anos é ridículo. No entanto, lembro-me de em tempos ter lido que às vezes integra o elenco de alguns filmes não pela questão monetária, mas sim pelo facto de se divertir durante a produção dos mesmos. Quero acreditar que este Plano de Reforma foi mesmo uma situação assim.

 

Neste filme de ação e comédia, Cage cumpre o papel de Matt, um ex-agente secreto que vive aposentado nas Ilhas Caimão. Afastado da família há já muitos anos, acaba por ter um reencontro um pouco diferente do habitual, na forma da sua filha Ashley (Ashley Greene) e a sua neta Sarah (Thalia Campbell) que lhe aparecem à porta, depois de se verem envolvidas numa situação perigosa por conta de um disco rígido roubado. Por conta das circunstâncias, Matt tem de voltar à ação e usar as suas habilidades para protegê-las dos criminosos (encabeçados por um maravilhoso Jackie Earle Haley) que as perseguem.

O Plano de Reforma

O filme acaba por ser uma mistura de humor e violência, com Nicolas Cage a mostrar o seu carisma e a sua loucura habitual. O filme tem algumas cenas divertidas e absurdas, principalmente nas interações de Matt com os vilões, pois nota-se que o personagem não quer utilizar as suas habilidades para tratar do assunto e, em certas situações, a forma como abordam uma certa peça de Shakespeare e como acaba por influenciar parte do enredo. O filme também explora a relação entre Matt e Ashley, que se ressentem um do outro por causa do passado, mas que acabam por se reconciliar e se unir contra os inimigos.

No entanto, o filme também tem muitos defeitos e inconsistências. O argumento é fraco e previsível, cheio de clichés e furos. As atuações são desiguais, com alguns atores a tentarem fazer drama e outros a fazerem comédia. A direção é confusa e amadora, com uma edição mal feita e uma fotografia sem graça. O filme também não aproveita bem o cenário Ilhas Caimão, que podia ser mais explorado e mostrado.

O Plano de Reforma

Resta concluir que, O Plano de Reforma é um filme que se apoia no carisma de Nicolas Cage, mas que não consegue ser nem um bom filme de ação nem uma boa comédia. O filme é superficial e esquecível, sem nada de original ou interessante. Porém, cumpre a sua função de entreter as pessoas, podendo ser uma boa opção para desligar o cérebro e aproveitar a estupidez em ecrã.

O Plano de Reforma encontra-se em exibição nos cinemas nacionais

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